Minha Obra Prima

Crítica – Minha Obra Prima

Sinopse (imdb): Arturo é um negociante de arte inescrupuloso e Renzo um pintor socialmente desajeitado e amigo de longa data. Dispostos a arriscar tudo, desenvolvem um plano extremo e ridículo para se salvarem.

Perdi o novo filme do argentino Gastón Duprat quando passou no Festival do Rio. Por sorte, entrou no circuito!

O melhor de Minha Obra Prima (Mi obra maestra, no original) está nos dois personagens principais. A princípio não tinha gostado muito do marchand Arturo, mas ele conquista o espectador ao longo do filme – já o rabugento pintor Renzo é um daqueles personagens que a gente gosta logo de cara. É não só os personagens são bons, como os atores Luis Brandoni e Guillermo Francella também estão ótimos.

O roteiro (de Gastón Duprat e seu irmão Andrés) tem algumas escorregadas (não gostei da mudança da personalidade de um dos personagens), mas traz um plot twist bem legal (não vou me aprofundar por spoilers). E o filme, apesar de ser um drama, tem toques de humor negro, e algumas cenas engraçadíssimas (Renzo sem dinheiro no restaurante é impagável!).

Não dá pra fazer o trocadilho óbvio, Minha Obra Prima não é uma obra prima. Mas, apesar dos escorregões, os dois personagens principais valem o ingresso.

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