Monty Python Em Busca Do Cálice Sagrado

Crítica – Monty Python em Busca do Cálice Sagrado

Depois de ver uma montagem da peça musical Spamalot, semana passada, na Uni Rio, Urca, tive vontade de rever mais uma vez o genial Monty Python Em Busca Do Cálice Sagrado, filme no qual a peça se baseou.

Gosto da sinopse que está no imdb: “King Arthur and his knights embark on a low-budget search for the Grail, encountering many very silly obstacles.” (“Rei Arthur e seus cavaleiros embarcam em uma busca de orçamento baixo ao Santo Graal, encontrando vários obstáculos muito bobos.”)

Pra quem não sabe: Monty Python era um grupo inglês de seis comediantes: Graham Chapman, Eric Idle, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones e Terry Gilliam, que tinham um programa de TV (Monty Python Flying Circus) e depois fizeram alguns filmes para o cinema. O estilo de humor deles era de uma genialidade ímpar, sem dúvida um dos marcos mais importantes da história da comédia no cinema.

É complicado falar de Monty Python Em Busca Do Cálice Sagrado, escrito pelo sexteto e dirigido por Terry Gilliam e Terry Jones em 1975. Quem gosta de Monty Python já viu e reviu; quem não curte o estilo do grupo inglês não deu bola antes e não vai dar bola agora. O que posso dizer depois de rever mais uma vez é que, se o visual do filme está um pouco velho, o humor continua afiado. Dei boas gargalhadas, mesmo já conhecendo todas as piadas.

Nem mesmo a produção de recursos escassos escapa. Como era complicado usarem cavalos de verdade, eles usaram cocos para imitar o barulho dos cascos de cavalo – e fizeram piada sobre como os cocos foram parar na Inglaterra na Idade Média. Ou, quando chegam perto de Camelot, o personagem de Terry Gilliam avisa: “mas é só uma maquete!”. Isso sem contar com várias piadas sensacionais, hoje clássicas, como o Cavaleiro Negro, os Cavaleiros que dizem Ni e o terrível coelho assassino…

Monty Python Em Busca Do Cálice Sagrado é o segundo longa do Monty Python, mas na verdade é o primeiro filme com uma história inédita. Antes, em 1971, eles lançaram And Now For Something Completely Different, que era uma compilação de esquetes tiradas do programa de tv. Eles ainda fariam A Vida de Brian (1979), Monty Python – Ao Vivo no Hollywood Bowl (1982) e O Sentido da Vida (1983). Desde então, nunca mais estiveram todos reunidos – e a partir de 89, a tarefa se tornou impossível, com a morte de Graham Chapman. Mas heu ainda espero por uma produção que reúna os outros cinco.

Deu vontade de rever os outros filmes… E amanhã voltarei à Uni Rio para rever Spamalot!

E se por um acaso você gosta de comédia e nunca viu nada do Monty Python, faça um favor a você mesmo e procure este filme. Nem precisa agradecer depois…

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