O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Ontem fui naquele evento onde colocam uma tela gigante no Jóquei Clube, na Gávea, Rio de Janeiro. (Cada ano eles mudam de nome, ano passado era Vivo Open Air, este ano virou Vale Open Air. Qual será o nome ano que vem?) Era a pré estreia do novo filme do diretor Terry Gilliam, “O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus”!
A trama: nos dias de hoje, uma trupe teatral no estilo daquelas que a gente vê em filmes medievais circula por aí. É dirigida pelo Doutor Parnassus, que tem um misterioso pacto com o diabo.
Terry Gilliam tem um estilo visual único – aliás, foi por isso que escolhi este filme para ver na tela gigante. As imagens de sonho, no tal “mundo imaginário” do título, são fantásticas. Figurinos, fotografia, direção de arte, efeitos especiais, o cuidado do diretor neste sentido é enorme, vide obras como “Brazil”, “As Aventuras do Barão Munchausen”, “Os 12 Macacos” e “Medo e Delírio”. Os efeitos especiais de seus filmes já nos tiravam o fôlego numa era pré-computador, e agora, com os ilimitados poderes dos cgi, a sua criatividade atinge patamares nunca antes imaginados.
Gilliam é muito talentoso, mas é um cara azarado. Frequentemente, seus filmes têm problemas na produção. Se “Munchausen” chegou a ser cancelado antes de finalizado, e o filme sobre Dom Quixote que ele tentou fazer nem mesmo ficou pronto, “Doutor Parnassus” perdeu um de seus atores principais. Heath Ledger, que faz Tony, morreu durante as filmagens. Mas a solução encontrada foi muito boa: chamaram outros três atores diferentes, e cada vez que Tony entrava no “mundo imaginário”, ele mudava de cara. Talvez em outro tipo de filme isso não funcionasse, mas aqui, ficou genial! Assim, temos, além de Ledger, outros três Tonys, interpretados por Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell. Além deles, o elenco conta com Christopher Plummer como o Doutor Parnassus, Tom Waits, Lily Cole, Verne Troyer e Andrew Garfield.
O resultado final do filme é meio confuso, não sei se a morte de Ledger teve algo a ver com isso. Mesmo assim, o filme merece ser visto, nem que seja só pelo visual deslumbrante.
Por fim, acredito que todos aqui sabem que Terry Gilliam é ex-membro do Monty Python, lendário grupo de humor inglês. Pois bem, uma das cenas é a cara do Monty Python, aquela que mostra policiais cantando e dançando. Muito boa esta cena!
Categorias: Christopher Plummer, Colin Farrell, Cult, Fantasia, Heath Ledger, Johnny Depp, Jude Law, Terry Gilliam, Tom Waits, Verne Troyer
Olá!
Gosto bastante de seu blog, acompanho sempre suas críticas sobre filmes,
me identifico bastante, tens muita autencidade, originalidade e muito bom humor.
Está em falta pessoas que escrevem críticas e suas opiniões sem fazer ofensas
às opiniões alheias.
Eu admiro bastante seu blog por isto, por ser diferente e por ser ministrado por alguém singular, ético e com bom humor.
PARABÉNS PELO BLOG E PELOS ESCRITOS.
Virei sempre que puder. ADORO AQUI.
um abraço, de coração.
Pois é, filme com visual fantástico mas roteiro confuso. Gosto de Gilliam, “Brazil” é uma obra prima, e gosto também de “Munchausen”, “O Pescador de Ilusões” e “Os Doze Macacos”.