Crítica – Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
Não sei por que, nunca fui muito fã da série Piratas do Caribe. Vi todos os filmes no cinema, são bons filmes de aventura, mas, sei lá, não estava ansioso pelo quarto filme. Mas como amigos recomendaram, fui ao cinema ver qualé.
O capitão Jack Sparrow reencontra uma mulher do seu passado, que acaba o colocando em um uma corrida entre ingleses, espanhois e o temido pirata Barba Negra, atrás da Fonte da Juventude de Ponce de Leon.
É uma continuação, mas é também meio que um “reboot” da série. Alguns personagens foram trocados, assim como o diretor. Sai Gore Verbinski, que dirigiu os três primeiros (e recentemente fez a animação Rango), entra Rob Marshall, mas conhecido pelos musicais Chicago e Nine.
No elenco, o Jack Sparrow de Johnny Depp dividia o posto de protagonista com o casal formado por Keira Knightley e Orlando Bloom. Os dois não estavam agradando os fãs, então foram cortados – agora Depp tem espaço para brilhar sozinho. Não tenho nada contra Knightley e Bloom, mas é inegável que o carisma de Jack Sparrow é muito maior.
Mas Sparrow não está sozinho. O Barbossa de Geoffrey Rush também está ótimo, e foram introduzidos novos personagens para acompanhar Sparrow. Penelope Cruz e Ian MacShane funcionam bem como Angelina (um contraponto romântico para Sparrow) e Barba Negra. E Keith Richards volta em uma ponta, novamente como o pai de Sparrow (Depp nunca negou que se inspirou nos trejeitos de Richards para criar seu personagem).
São bons atores e bons personagens, mas o roteiro se estende demais por cenas desnecessárias, e o filme fica cansativo com suas duas horas e dezesseis minutos. Algumas sequências são muito boas, como a fuga de Sparrow no início do filme, ou toda a parte das sereias. Mas por outro lado, achei desnecessária a participação dos espanhois, pouco importantes para a trama; assim como o romance do novo casal, a sereia e o religioso -acho que eles devem voltar no provável próximo filme.
“Ué, próximo? Será que vai ter um quinto filme?” Rola uma cena depois dos créditos que deixa claro que existe a intenção de mais. Enquanto houver ouro pelas bilheterias dos sete mares, a franquia não vai morrer…
Enfim, vai divertir os fãs da franquia, e também quem curte um bom filme de aventura. Mas poderia ser melhor.
p.s.: Rola uma cena depois, mas definitivamente isso não é divulgado. Vi o filme no Via Parque, e fui o único dentro da sala de cinema até o fim dos créditos…
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