Quarentena
Antes de começar: pra quem não sabe, essa é a refilmagem americana do espanhol REC, um dos melhores filmes dos últimos anos.
Como é uma refilmagem, quase cena a cena, e bem recente, a comparação é inevitável. E a primeira pergunta é: vale a pena ver esse, ou o original é melhor?
Claro que o espanhol é melhor. Mas esse até que não é uma total perda de tempo. Tem seus pontos positivos…
Vamos à comparação. REC é melhor porque:
– Veio antes, ora! É, portanto, mais original!
– A idéia de se fazer um “reality cinema”, de se fingir que isso tudo realmente aconteceu, funciona melhor quando não conhecemos os atores. A versão hollywoodiana é cheia de rostos quase famosos, a começar por Jennifer Carpenter, de Dexter. Tem até o croata Rade Serbedzija, de Missão Impossível 2, Snatch, Eurotrip, 24 Horas…
– A versão original enrola menos o início. Na refilmagem, as cenas dentro do quartel de bombeiros são looongas…
– A Angela Vidal espanhola é bem mais bonitinha que a americana… 🙂
Mas, por outro lado, Quarentena vale a pena porque:
– As imagens me pareceram mais claras. O público que gosta de ver detalhes vai apreciar mais essa versão. É como se a câmera americana tivesse uma imagem melhor que a espanhola…
– Apesar de ser uma cópia, consegue manter bem a tensão proposta no filme original.
Agora o que achei estranho é que a refilmagem tenta explicar algumas coisas que são propositalmente deixadas de lado no original. Ao longo do filme, ficamos sabendo mais ou menos o que acontece, de uma maneira mais clara que antes. Mas na parte final, a “parte escura” do filme, tem um monte de explicações importantes no original que foram deixadas de lado na refilmagem. Estranho isso. Só se for pensando em Quarentena 2. O que, aliás, é a cara de Hollywood…
Categorias: Câmera Subjetiva, Jennifer Carpenter, Rade Serbedzija, Refilmagem, Terror
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