Crítica – Rua do Medo 1666 – Parte 3
Sinopse (imdb): As origens da maldição de Sarah Fier são finalmente reveladas conforme a história se completa em uma noite que muda a vida dos Shadysiders para sempre.
Por ser a conclusão da trilogia, Rua do Medo 1666 parte 3 é um pouco diferente dos dois anteriores. Como a história precisa de um fim, o terceiro filme é dividido. Na primeira metade temos a história que se passa em 1666, e na segunda metade voltamos a 1994 pra encerrar a trama.
Na minha humilde opinião, isso trouxe um problema. Porque achei a primeira metade do filme muito corrida, enquanto a segunda metade foi besta. Acho que seria melhor dedicar mais tempo em 1666, e só os últimos minutos em 1994.
A ambientação de 1666 é ótima. O visual lembra A Bruxa, mas o clima é mais leve, com cara de seriado teen – usaram os mesmos atores das duas primeiras partes, agora vivendo outros personagens, claro. Aliás, achei bem legal essa ideia de reaproveitar o elenco em outros papeis. Primeiro porque a gente já conhece aqueles rostos, então, fica mais fácil do espectador se afeiçoar aos personagens; segundo porque isso pode trazer uma ideia de que estes são antepassados daqueles que vemos depois (mesmo que para isso a gente precise de uma licença poética relativa a etnia de alguns personagens, que, historicamente, não sei se estariam lá). Alguns dos personagens têm pouco espaço nesta parte do filme, provavelmente mais uma consequência de ter uma história contada em menos tempo. Mas mesmo corrida, gostei de como a história foi apresentada.
Já a segunda metade do filme é mais fraca. Tudo meio lugar comum, muita correria, armadilhas a la Esqueceram de Mim – e algumas delas sem nenhuma lógica. E finalmente a conclusão da história.
Achei o encerramento um pouco mais do mesmo. Mas, na verdade, acho que, empolgado pelo segundo filme, criei uma expectativa para o encerramento. O encerramento não é algo genial e fora da caixinha, mas os outros filmes também não foram. O terceiro filme é apenas no nível de toda a trilogia: um bom slasher, nada de revolucionário, mas que vai agradar aos fãs. Problema do meu head canon.
(Mas afirmo que, assim como Guerra nas Estrelas e Mad Max, o segundo filme é o melhor da trilogia.)
Achei que iam explorar as outras criaturas que acompanham a “turminha do barulho da Sarah Fier”, mas o filme só mostrou flashes do passado de cada um. Provavelmente vão abordá-los num novo filme ou quem sabe num seriado. Aparentemente o formato funcionou, não acharei estranho ver de volta esse universo Rua do Medo.
Por fim, queria falar que gostei deste novo formato, de um filme com formato de seriado, lançado com intervalo pequeno por um streaming. Não foi a melhor produção da história da Netflix, mas me diverti acompanhando. Aguardarei novas produções semelhantes.