Crítica – Selfie Para o Inferno
Sinopse (imdb): Depois que sua prima vem visitar e adoece, uma mulher começa a receber mensagens estranhas de celular.
Mama e Lights Out foram dois curtas de terror que viraram longas depois de viralizarem pela internet. Como os resultados foram bons, por que não repetir a ideia com outro curta?
Nem sempre vai funcionar…
Mama e Lights Out tinham dois caras talentosos por trás, respectivamente, Andy Muschietti e David F. Sandberg – depois de fazerem versões em longa metragem dos seus curtas, Muschietti ano passado dirigiu It e Sandberg, Annabelle 2. Ambos souberam fazer a transição entre o curta de baixíssimo orçamento e o longa comercial.
(Fede Alvarez, que dirigiu o novo Evil Dead e O Homem nas Trevas, também veio da internet, mas não fez uma versão longa metragem do seu curta viralizado Ataque de Pánico.)
Erdal Ceylan é o culpado aqui. Seu curta Selfie From Hell é até divertido. Mas ele errou feio na adaptação para longa. E, vendo os créditos, nem dá pra livrar a cara dele: ele está creditado como diretor, roteirista, produtor e ainda trabalhou nos efeitos especiais.
Selfie Para o Inferno parece um filme amador, no mau sentido. Parece que um grupo de amigos sem nenhum talento para cinema resolveu comprar uma câmera para brincar de filmar – sem nenhum compromisso.
Os atores (desconhecidos) são todos muito ruins. O filme é curtinho (73 minutos), mas se arrasta. Mas acho que o pior de tudo é o roteiro. Como não dá pra esticar dois minutos em mais de uma hora, o roteiro alterna momentos de tédio com elementos que não têm nenhuma lógica (tipo o vilão apresentado na parte final).
Acho que foram os 73 minutos mais longos do ano até agora… Evitem!