Sinopse (imdb): Prestes a embarcar em uma turnê mundial, a cantora pop Skye Riley começa a viver experiências aterrorizantes e inexplicáveis. Tomada pelo horror e pela pressão da fama, Skye é forçada a confrontar seu passado.
A regra em Hollywood é clara: se um filme de terror barato faz sucesso, logo vem a continuação.
Mais uma vez escrito e dirigido por Parker Finn, Sorria 2 (Smile 2, no original) é bem semelhante ao primeiro Sorria, tanto nos pontos positivos quanto nos negativos. De positivo, preciso dizer que gosto da direção de Finn, gosto de como ele posiciona e movimenta sua câmera. Sorria 2 tem alguns planos sequência bem legais, inclusive a sequência inicial é um impressionante take único, que se heu estivesse vendo em casa, certamente ia voltar pra rever. (Ainda tem pelo menos dois bons planos sequência, um com a protagonista arrumando as malas em casa, outro com ela fugindo do hospital).
Agora, o final tem uns elementos que não gostei, como quando aparece uma desnecessária criatura, mas é uma criatura que também estava no primeiro filme. Ou seja, são elementos que têm a ver estarem aqui, mas, na minha humilde opinião, não foi bom da primeira vez, e continua não sendo bom.
Sorria 2 tem outro problema: é longo demais. São duas horas e sete minutos, e nada justificava uma duração tão longa. E aí a gente lembra que tem momentos musicais longos que poderiam facilmente ser reduzidos ou mesmo cortados.
Assim como no filme anterior, Sorria 2 tem vários jump scares. E tem algumas cenas onde o gore é bem explorado. Agora, tem uns momentos que acho que a ideia era fazer algo assustador, mas na verdade me causou gargalhadas, como as alucinações com o corpo de bailarinos perseguindo a protagonista.
No elenco, Naomi Scott (Power Rangers, Aladdin, As Panteras) está muito bem, e consegue trazer a intensidade necessária a uma personagem desesperada porque não consegue controlar suas alucinações. A personagem dela tem um detalhe interessante: ela tem um passado de uso de drogas, então para as pessoas em volta, essas alucinações poderiam ser algo ligado a isso. Ainda no elenco, uma curiosidade: o namorado da protagonista, morto no acidente, é interpretado por Ray Nicholson, filho de um tal de Jack Nicholson.
O fim do filme abre um gancho pra um terceiro filme que tem o potencial de expandir essa proposta da maldição que passa de pessoa pra pessoa. Pode ser legal, mas pode dar muito errado. Aguardemos.