Crítica: Star Wars The Bad Batch
Sinopse (imdb): O ‘lote ruim’ de clones experimentais e de elite abrem caminho por uma galáxia em constante mudança logo após as Guerras Clônicas.
Até um tempo atrás, a gente estava acostumado a esperar uma semana para o novo episódio da série que estávamos acompanhando. Veio o streaming, e algumas séries tiveram a temporada inteira lançada de uma vez, levando a galera a fazer binge watch. A Disney voltou a trazer episódios semanais e mostrou pra gente as vantagens de uma série vista assim. Depois de Mandalorian, veio Wandavision, depois Falcão e o Soldado Invernal, sempre às sextas. Menos esta semana. Por que guardaram a estreia de Star Wars The Bad Batch pra terça?
Pra quem não sabe, dia 4 de maio é considerado o “dia de Star Wars”, por causa do trocadilho em inglês – May the fourth, aí guardaram o Star Wars novo pro dia 4.
(Curioso que tem uma galera que acha que o dia de Star Wars deveria ser 25 de maio, porque o filme estreou 25/05/77. Mas 25/05 acabou virando dia do orgulho nerd, ou dia da toalha (em referência ao Guia do Mochileiro das Galáxias).)
Star Wars: The Bad Batch é a nova série de animação de Star Wars. Sim, animação. Sei que muita gente tem preconceito, e até entendo. Vi todos os filmes, mais de uma vez cada, e não vi tudo o que de animações – vi Rebels, vi parte de Clone Wars, não vi Resistance… Vou te falar que também tenho um certo preconceito, reconheço. Quando vi Mandalorian e a Ahsoka citou o nome do Grande Almirante Thrawn, pulei da cadeira só de pensar em vê-lo – e esqueci que ele já tinha aparecido em Rebels. Mas, olha, vi e gostei muito deste novo Bad Batch.
Foram anunciados 16 episódios. Logo saem mais episódios, então não vou entrar muito na trama, porque certamente ficarei desatualizado.
A trama segue os acontecimentos de Clone Wars. Não vi todo Clone Wars, mas sei que os Bad Batch apareceram em alguns episódios daquela série, vou até catar o arco onde eles aparecem.
O primeiro episódio de Bad Batch começa no momento que a Ordem 66 é executada. O que a gente conhece da Ordem 66 foi no Star Wars 3, bem legal ver isso acontecer visto de outro ângulo. Uma curiosidade: o padawan que aparece no início quando crescer vai virar o Kanan, um dos principais personagens de Rebels (foi até dublado pelo mesmo ator, o Freddie Prinze Jr., que acho que é o único nome conhecido no elenco deste episódio). Tem outro personagem de filme / série que aparece aqui, mas desta vez não digo quem é por causa de spoilers.
Somos apresentados ao time dos Bad Batch, clones modificados (e por isso “defeituosos”, daí o nome “bad batch” / “lote ruim”), cada um com suas características, e, reconheço: são bons personagens, carismáticos, engraçados, e se não a série não fosse sobre eles, heu ia querer vê-los em algum outro filme ou série. Um episódio e já virei fã do time.
A parte técnica da animação é excelente. Os primeiros Clone Wars tinham um desenho quadradão, estilo do Genndy Tartakovsky, mas depois o traço foi se modernizando. Não sei se as últimas temporadas de BB já tinham o traço como esse BB, mas posso dizer que os detalhes enchem os olhos. Mas… Como fã chato, preciso reclamar de uma coisa: os uniformes dos Stormtroopers em Kamino são pintados de vermelho com uma textura que não combina muito com o Império. Parece uma pintura artesanal, combinaria mais com os Bad Batch do que com os Stormtroopers que sempre foram muito certinhos. Pelo menos ficou bonitão.
Agora aguardemos os outros episódios. A série começou bem, que continue mantendo o nível!