Come Out And Play

Crítica – Come Out And Play

A refilmagem de ¿Quien Puede Matar A Un Niño?!

A história é igualzinha: um casal vai passar as férias em uma ilha distante do continente. Ao chegar lá, descobrem que todos os adultos sumiram. E também descobrem que todas as crianças têm atitudes suspeitas.

Aliás, não é só a história que é igual. Come Out And Play (também chamado de Juego de Niños) é uma refilmagem quase quadro a quadro. Tudo é recriado exatamente igual ao original.

Quando aparece o nome do filme na tela do cinema, está escrito “Makinov’s Come Out And Play“. Nunca tinha ouvido falar antes deste Makinov. Procurei informações, o imdb não tem nada sobre ele. Este Come Out And Play é o seu único filme por enquanto. Mas acho que ele pode se declarar o “dono” do filme – segundo o imdb, ele foi o diretor, roteirista, produtor e fez a edição, fotografia e foi o responsável pelo som. O cara fez tudo, o imdb só cita mais um outro nome nos créditos inteiros. Gostei disso!

Plasticamente, esta refilmagem é mais bonita que o original, as imagens são mais bem feitas, os cenários são mais belos. Mas, por outro lado, achei as crianças todas muito fracas. Nenhuma criança consegue ser assustadora.

Tem outro problema: devido ao mundo politicamente correto, as cenas violentas envolvendo crianças são quase todas editadas demais. Exemplo: mostra a criança, corta, mostra o cara sendo esfaqueado, corta, mostra a criança. Se fosse bem feito, tudo bem. Mas a edição falhou aqui.

No elenco, os pouco conhcidos (apesar dos longos currículos) Vinessa Shaw e Ebon Moss-Bachrach fazem o feijão com arroz.

No geral, acho que Makinov fez um bom trabalho ao resgatar um filme clássico e semi obscuro. Mas quem gostar desse, recomendo ver o original. Apesar das falhas técnicas, o original ainda é melhor.

p.s.: Não achei o poster do filme no google. Peguei uma foto de uma cena.

O Livro do Apocalipse – Nryu Myeongmang Bogoseo

Crítica – O Livro do Apocalipse – Nryu Myeongmang Bogoseo

Filme apocalíptico coreano… Ok, vamos ver qualé.

Três pequenas histórias, mostrando três diferentes cenários apocalípticos: um vírus que transforma as pessoas em um misto de zumbi com vampiro; um robô de um templo budista alcança a iluminação espiritual e é visto como uma ameaça; e um meteoro em rota de colisão com a Terra.

Como quase todo filme em episódios, O Livro do Apocalipse é irregular. A primeira história, Brave New World, tem seus bons momentos, mas é bobinha; a segunda, Heavenly Creature, traz uma premissa interessante, mas é chaaata; a terceira, Happy Birthday, é a melhor, com uma boa dose de humor nonsense.

A primeira e a última história foram escritas e dirigidas por Yim Pil-Sung (autor do filme original que virou a refilmagem O Mistério das Duas Irmãs). Por terem o mesmo autor, ambas têm o mesmo tom de comédia – Brave New World tem alguns momentos engraçadíssimos, como o debate na TV; Happy Birthday é nonsense desde a premissa de uma gigantesca bola de sinuca alienígena que virou um asteroide. Heavenly Creature, a história “cabeça”, foi escrita e dirigida por Kim Jee-Woon (o mesmo do faroeste O Bom, o Mau e o Bizarro, que passou no Festival uns anos atrás). Curiosamente, os outros filmes que conheço de cada diretor são de estilos diferentes…

A parte técnica é muito bem feita – o robô da segunda história parece saído de uma produção hollywoodiana. E o asteroide também não deixa a desejar, assim como a maquiagem da primeira história.

Conheço pouco do cinema coreano, mas reconheci um nome do elenco: Joon-ho Bong, o diretor de O Hospedeiro, trabalha como ator aqui, ele está no debate na TV em Brave New World. Ainda no elenco, Doona Bae e Ji-hee Jin.

O Livro do Apocalipse é a cara do Festival do Rio. Não deve ser lançado no circuito, mas deve aparecer nas locadoras daqui a um ano ou mais, possivelmente com outro título…

Você Não Soube Me Amar – O Curta

Você Não Soube Me Amar – O Curta

O post de hoje é diferente. Em vez de escrever uma crítica, vou falar sobre a produção de um filme novo. O meu primeiro filme!

Há anos que estou desenvolvendo um musical. Uma história simples: um casal se conhece, fica junto, briga, se separa, descobre que ainda se gosta, se reencontra e termina junto. O detalhe: quase sem nenhum diálogo falado, quase todos os diálogos são cantados – usando trechos de músicas de rock nacional dos anos 80!

Tentei montar uma peça de teatro. Mas trabalhar com teatro é burocrático demais, por incrível que pareça. Depois de tentar por um tempo, desisti e quase larguei o projeto.

Passei mais de um ano com a ideia guardada. Até que bateu um estalo: por que não tentar cinema? Sei que é difícil, mas pelo menos heu estaria trabalhando em algo com a minha cara (vejo vários filmes por semana, enquanto vou ao teatro duas ou três vezes ao ano).

Cheguei a pensar em fazer o longa, de uma hora e meia, na marra, tudo com produção amadora. Mas me deram uma dica que hoje vejo que foi o melhor caminho: fazer um curta pra mostrar a minha ideia para possíveis produtores. Mas resolvi começar com um curta – mais fácil, mais rápido e mais barato. E agora estou pensando no longa!

Chega de papo. Vejam o filme! Podem comentar lá embaixo o que acharam. Chegou a minha vez de ser criticado! 🙂

Valheu!

Créditos:
Elenco
Zoraide – Suzana Muniz
Johnny – Rodrigo Rosado

Direção – Helvecio Parente

Produção – Helvecio Parente e Dany Valle
Assistente de Direção – Oswaldo Lopes Jr.
Roteiro – Helvecio Parente
Edição — Everaldo Santos
Assistente de Produção – Marcelo Melo
Câmera – Dantas Jr
Câmera – Guilherme Kuhnert
Inestimáveis pitacos e sugestões: Dany, Oswaldo, Marcelo, Dantas e Guilherme

Trilha sonora gravada por Elemento Surpresa e Dany Valle
Elemento Surpresa é:
Vocal – Carlos Costa
Guitarra – Paulo Guilherme
Baixo – Nema Antunes
Bateria – Rabicó
Teclados – Helvecio Parente
Vocal Adicional – Dany Valle

Mixado no Estúdio Azul por Marcio MM Meirelles

Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros

Crítica – Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros

Em uma época de muitas ideias requentadas, taí um argumento que sai do lugar comum: vampiros na história de Abraham Lincoln sendo um dos principais motivos da Guerra da Secessão!

O jovem Abraham Lincoln vira um caçador de vampiros quando descobre que um deles matou sua mãe. Quando se torna o 16º presidente dos EUA, abandona o ofício de caçador, mas terá que voltar à atividade durante a Guerra da Secessão.

Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros é o novo filme de Timur Bekmambetov (O Procurado). Quem conhece o estilo do diretor russo já sabe o que vai encontrar: muita câmera lenta e muitos ângulos inusitados, tudo num visual muito estilizado.

O filme foi baseado no livro homônimo de Seth Grahame-Smith (também autor do roteiro), que chamou atenção quando escreveu Orgulho e Preconceito e Zumbis, um livro que coloca zumbis na clássica história de Jane Austen.

Com uma premissa dessas e com Bekmambetov na direção, claro que o filme não se leva a sério. Quem estiver atrás de um filme sério, é bom evitar. Mas quem entrar na onda pode curtir.

Além do estilo exagerado característico da câmera de Bekmambetov, Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros ainda traz um monte de boas lutas coreografadas. Algumas sequências são bem legais – gostei da briga no meio dos cavalos.

Porém, nem tudo funciona. Não gostei dos vampiros de dia. Não adianta, vampiro não pode andar de dia! Tá, não é ruim como Crepúsculo, mas mesmo assim, não rola!

O roteiro também tem suas falhas. Algumas coisas acontecem abruptamente – como a falta de explicação sobre o início do relacionamento entre Abraham e Mary (ela era comprometida!), ou o grande salto temporal até ele virar presidente. Isso é compensado com grandes doses de ação, pelo menos nisso Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros funciona bem.

No elenco, nenhum destaque – Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros é o tipo de filme que não deixa muito espaço para grandes atuações. Benjamin Walker lidera o elenco que conta com Mary Elisabeth Winstead, Dominic Cooper, Rufus Sewell, Anthonie Mackie, Marton Csokas e Jimmi Simpson.

Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros não chega a ser um grande filme. Mas quem entrar no clima proposto vai se divertir.

Sessão de Curtas – RioFan

Brutal Relax, o melhor dos curtas da programação

Sessão de Curtas – RioFan

E vamos ao fim da minha curta participação no RioFan deste ano!

Sexta feira heu tinha dois filmes para ver no festival, um às 15:30, o outro às 19:30. O que fazer no intervalo? Aproveitei a sessão de curtas RioFan Shorts, com alguns curtas fantásticos gringos.

Eram cinco curtas. Um deles, espanhol, muito bom, muito engraçado. Dois deles eram interessantes mas irregulares; os outros dois eram bem ruinzinhos. Vou falar um pouquinho de cada um deles.

Brutal Relax, de David Munoz Palomares (Espanha)

Um sujeito, por recomendações médicas, vai para uma praia relaxar. Só que um ataque de monstos vindo do mar pode atrapalhar seus planos.
O curta se resume a mostrar mortes engraçadas e exageradas, com muito, muito gore. Hilariante! De longe, o melhor de todos os curtas do programa.

Pra quem tiver curiosidade, tem no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=_B26aTRmMB4&feature=related

Bariku Light, de Asier Abio (Espanha)

Um cara vê tv enquanto come batatas fritas e começa a comer o próprio corpo.
Duas ou três risadas pelo nonsense da história, que por sinal não faz o menor sentido.

Leyenda, de Pau Teixidor (Espanha)

Uma menina viaja no carro com os pais. Quando uma mulher misteriosa aparece, coisas começam a dar errado.
História envolvente, boa atuação do diminuto elenco. Pena que o fim (ou a ausência de fim) põe tudo a perder.

Ethereal Chrysalis, de Syl Disjonk (Canadá)

Copiando a sinpose do imdb: “Enter the multidimensional maze of the Ethereal Chrysalis, where the doors of perception become the annihilation of all rational thoughts.”
O filme não tem história, é uma sequência de imagens viajantes. Parece um estudo sobre efeitos especiais. Mas deve ser um trabalho de meio do curso de efeitos, alguns deles são bem toscos.

Je suis le responsable de la mort de Michel Foucault, de René Ballesteros (França)

Dois funcionários de um restaurante matam tempo com o superior deles.
Papo cabeça desnecessário. A cena com os três dançando é engraçada, mas completamente fora de propósito, e confirma a picaretagem do filme: “já que não temos conteúdo, criemos uma cena nonsense”.
E, pra piorar, era o único curta que não tinha nada de fantástico.

(Seo-bu-yeovj-hwa / Western Movie, de Lee Hynry-suk, estava programado para a sessão, mas a cópia não estava boa e o filme não foi exibido)

Enfim, fica a conclusão que heu já desconfiava: os longas valem mais a pena…

Wanderlust

Crítica – Wanderlust

Um casal nova-iorquino se vê desempregado de repente. Após uma rápida passagem pela casa do desagradável irmão dele, em Atlanta, eles arriscam viver em uma comunidade hippie.

Wanderlust foi dirigido pelo pouco conhecido David Wain, mas a produção é de Judd Apatow, de vários filmes famosos, como O Virgem de 40 Anos, Ligeiramente Grávidos e Tá Rindo Do Quê?. Reconheço o talento de Apatow, mas admito que não sou muito fã do seu estilo de humor – na minha humilde opinião, comédia é Mel Brooks, Monty Python e Zucker Abrahams Zucker. Apatow faz uma “dramédia” (se é que essa palavra existe), são dramas com toques engraçados. Wanderlust é a cara de seu produtor e segue essa linha de “dramédia”. Uma risada aqui, outra ali… Não é ruim, mas não é exatamente o meu estilo favorito de comédia…

(E ainda rolam uns momentos bobos e até constrangedores, como a cena que Paul Rudd fala “sujo” diante do espelho.)

E assim o filme segue. Algumas boas piadas no meio de outras sem graça. E isso no meio de várias situações previsíveis…

O elenco é centrado no casal Paul Rudd e Jennifer Aniston, que fazem o feijão com arroz de sempre. Mas o melhor está no elenco coadjuvante. Justin Theroux, um rosto não muito conhecido, tem o melhor papel, uma espécie de guru hippie. E o filme ainda conta com Malin Akerman, Alan Alda, Lauren Ambrose, Michaela Watkins e Ken Marino (também co-roteirista).

Já falei aqui antes, não me lembro exatamente quando, vou repetir. Não tenho nada contra nudez masculina, principalmente quando faz parte da trama do filme. Wanderlust tem um personagem naturista, então faz sentido o cara ficar peladão o filme inteiro. Agora, o que acho errado é mostrarem o nu frontal do cara mas quando a Jeniffer Aniston tira a camisa (numa cena que também tem tudo a ver com a trama), não aparece nada de nudez. Se pode mostrar o cara feio, deveria mostrar também a mulher bonita!

Enfim, Wanderlust pode até agradar os menos exigentes. Mas tem coisa melhor por aí.

A Espiã

Crítica – A Espiã

O filme “novo” do Paul Verhoeven!

Na Holanda ocupada por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, uma cantora judia se une à Resistência, e se infiltra nos quarteis generais alemães, onde vira a amante de um oficial.

As aspas lá em cima são porque na verdade A Espiã (Zwartboek no original, Black Book em inglês) é um filme de 2006, seis anos atrás. Mas é o mais recente filme de Verhoeven – na verdade, por enquanto é o único filme que ele fez depois que largou a fase hollywoodiana de sua carreira. Entre 1985 e 2000, ele dirigiu sete filmes, alguns muito bons (Conquista Sangrenta, O Vingador do Futuro, Robocop), alguns não tão bons mas mesmo assim muito legais (Tropas Estelares, Instinto Selvagem) e alguns não tão bons e não tão legais (Showgirls, O Homem Sem Sombra). Verhoeven estava sumido desde 2000, até que este A Espiã foi lançado. Heu já tinha o blu-ray, mas estava com preguiça de ver…

A Espiã foge um pouco do Verhoeven das décadas de 80 e 90 – é um drama de guerra. Mas a qualidade é bem superior ao seu filme anterior (O Homem Sem Sombra). O tema “Segunda Guerra Mundial” já está bem batido no cinema, mas pelo menos vemos por um ângulo pouco usado: a vida na Holanda ocupada. A trama, cheia de reviravoltas, prende a atenção do início ao fim e não deixa um filme de quase duas horas e meia ficar cansativo.

Pelo que li por aí, a trama de A Espiã começou a ser rascunhada ainda nos anos 70, antes de Verhoeven ir para Hollywood. Ele teria tido a ideia quando fez O Soldado de Laranja, também passado na Holanda ocupada por nazistas. Mas só agora no sec XXI, de volta à Europa, é que ele deu continuidade ao projeto.

A Espiã pode ser diferente da filmografia hollywoodiana do diretor holandês, mas uma marcante característica continua presente. Verhoeven tem um modo peculiar de mostrar sexo e violência em imagens graficamente fortes. Isso está presente em cenas como a morte de Smaal, ou quando Ellis pinta os pelos pubianos (alguém mais se lembrou da cruzada de pernas de Instinto Selvagem?). Verhoeven não decepciona seus fãs!

No elenco, o único nome cohecido é Carice Van Houten, de Operação Valquíria e Os Coletores, e que esteve na última temporada de Game of Thrones. Ainda no elenco, Sebastian Koch, Thom Hoffman e Halina Reijn.

Quando A Espiã foi lançado, pensei “legal, Verhoeven largou voltou à ativa!” Mas já se passaram seis anos, e este ainda é seu único filme desde a virada do milênio. Será que agora ele parou de vez? Sendo que ele já tem quase 74 anos (faz aniversário amanhã!), é capaz de ter se aposentado. Tomara que não!

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Se você gostou de A Espiã, o Blog do Heu recomenda:
Conquista Sangrenta
Bastardos Inglórios
Iron Sky

SELECIONA-SE CASAL DE ATORES

Caros leitores do Blog do Heu,

Estou envolvido em um projeto para o qual preciso de um casal de atores. Então peço licença para uma pequena propaganda – ainda hoje voltarei à “programação normal” do Blog.

Quem puder ajudar na divulgação, agradeço!

SELECIONA-SE CASAL DE ATORES

Para atuar em um videoclipe, a ser filmado no Rio de Janeiro.
Não precisa saber cantar.
Será filmado apenas em uma tarde de um sábado ou domingo.
Por favor, envie currículo com foto para vocenaosoubemeamarfilme@gmail.com , até o dia 30 de junho.

O Senhor dos Aneis – O Retorno do Rei

Crítica – O Senhor dos Aneis – O Retorno do Rei

Último filme da trilogia visto!

Enquanto Frodo, Sam e Gollum continuam levando o Um Anel para ser destruído em Mordor, o resto da Sociedade do Anel se junta a Rohan e Gondor em batalhas contra os exércitos de Sauron em Minas Tirith e pelos campos de Pelennor.

Depois de A Sociedade do Anel e As Duas Torres, era hora de terminar a saga. E O Senhor dos Aneis – O Retorno do Rei o faz com perfeição.

Esta terceira e última parte não só conseguiu manter o altíssimo nível dos dois primeiros filmes, como ainda teve um desempenho impressionante no Oscar de 2004, quando igualou o recorde de 11 estatuetas que antes só tinha sido alcançado por Ben Hur e Titanic – O Senhor dos Aneis – O Retorno do Rei ganhou todos os prêmios que estava concorrendo: melhor filme, diretor, roteiro adaptado, efeitos especiais, maquiagem, trilha sonora, canção, som, edição, figurino e direção de arte.

Não tenho nada a acrescentar sobre o elenco. Acho que todos os que estavam no segundo filme estão de volta aqui. Todos mandam bem, com destaque para Sean Astin, Elijah Wood, Viggo Mortensen e Ian McKellen. Ainda no elenco, Liv Tyler, Cate Blanchett, Miranda Otto, John Rhys-Davies, Orlando Bloom, Christopher Lee, David Wenham, Dominic Monaghan, Billy Boyd, Hugo Weaving, Ian Holm, Brad Dourif, Sean Bean, Karl Urban e Andy Serkis como o Gollum.

Como aconteceu nos outros dois filmes, os efeitos especiais são absurdamente bons. Se As Duas Torres trazia a impressionante batalha do Abismo de Helm, O Retorno do Rei tem batalhas ainda mais grandiosas, com milhares de seres fantásticos como orcs, trolls, nazgul alados e gigantescos olifantes. Detalhe – tudo parece real na tela.

A estratégia de marketing para o lançamento dos filmes foi bem interessante. Quando o segundo filme chegou aos cinemas, o primeiro foi lançado em dvd. E quando o terceiro chegou aos cinemas, era hora de lançar o segundo em dvd e passar o primeiro na tv a cabo. Tudo pensado pra ganhar muito dinheiro!

O Senhor dos Aneis – O Retorno do Rei  conseguiu algo difícil: manter o alto padrão de qualidade da saga – são poucas as trilogias que contam com três bons filmes. Entretanto, esta terceira parte tem um problema: o fim. Quem leu o livro, sabe que ainda tinha história no Condado depois do término da parte em Gondor. Na minha humilde opinião, o filme deveria acabar em Gondor; se continuou, deveria ter mostrado o que aconteceu no Condado. Mas nada acontece. Ou seja, temos um epílogo sonolento…

Mas nada que tire o brilho do trabalho de Peter Jackson, que conseguiu provar a todos que era muito mais do que um diretor neo-zelandês de filmes esquisitos. Jackson definitivamente entrou para o primeiro time de diretores de Hollywood – o cara transpôs para as telas uma saga fantástica, e de quebra ganhou muitos prêmios e bateu recordes de bilheteria.

No fim deste ano de 2012 está previsto o lançamento de O Hobbit, com Peter Jackson novamente como o diretor! Aguardamos ansiosamente!

Oscar 2012 – Comentários Nerds

(Escrevi este texto para o site TBBT. Como o assunto é cinema, resolvi publicar aqui também!)

Oscar 2012 – Comentários Nerds

Duas semanas atrás rolou a entrega do Oscar, o prêmio maior do cinema mundial. Pra ver a lista de ganhadores, é só dar uma googleada básica. Para fazer algo diferente do óbvio, vou fazer comentários nerds sobre alguns dos prêmios.

Melhor Filme

O Artista é um bom filme, o Oscar ficou em boas mãos. Se fosse para A Invenção de Hugo Cabret ou Meia Noite em Paris também seria justo. Pelo menos não foi pra Árvore da Vida, uma das picaretagens mais pretensiosas dos últimos tempos.

Melhor Diretor

Qualé, Academia? Michel Hazanavicius fez um belo trabalho com o seu O Artista, mas ele precisa comer muito arroz com feijão para barrar Martin Scorsese em qualquer disputa!

Melhor Ator

Jean Dujardin fez um bom trabalho em O Artista. O problema aqui é que alguns dos seus concorrentes têm currículos que falam mais alto. Gary Oldman foi Dracula, Beethoven, Sid Vicious, Sirius Black e Comissário Gordon; Brad Pitt esteve em 12 Macacos, Snatch, Clube da Luta, Seven, Bastardos Inglórios e Queime Depois de Ler. E nenhum dos dois tem Oscar…

Melhor Atriz

Muita gente reclamou que Meryl Streep estava todo ano na lista de indicadas ao Oscar – ela já foi indicada 17 vezes. Mas, convenhamos, há trinta anos ela não ganhava. E, convenhamos, foi merecido. Mas, se fosse a Rooney Mara por Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres, não seria injustiça.

Melhor Longa Metragem de Animação

Aqui ficou fácil. Por causa de uma regra estranha da Academia, As Aventuras de Tintim, a melhor animação de 2011, não entrou no páreo – parece que animação por captura de movimento não entra na disputa. E, como 2011 foi a primeira vez que a Pixar nos decepcionou (Carros 2 é fraquinho), a disputa ficou fácil para Rango. Porque, afinal, ninguém viu Um Gato em Paris nem Chico & Rita; e Kung Fu Panda 2 e Gato de Botas podem ser divertidos, mas não podem ser “melhor animação do ano”.

Melhor Figurino

O único comentário que posso fazer aqui é que tinha um filme do Roland Emmerich (Anônimo) concorrendo a um prêmio que não é ligado a efeitos especiais…

Melhor Maquiagem

Ok, a Meryl Streep ficou igual à Margareth Tatcher, por isso A Dama de Ferro ganhou. Mas o Voldemort de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 não tem nariz! Será que não merecia uma atenção maior?

Melhor Trilha Sonora

Tadinho do John Williams, ele estava indicado duas vezes (As Aventuras de Tintim e Cavalo de Guerra), mas perdeu… Ele só tem 5 estatuetas, apesar de ter sido indicado QUARENTA E SETE vezes… ¬¬
O prêmio ficou em boas mãos, a trilha de O Artista é uma das melhores coisas do filme.

Melhor Canção

Aqui vou contra a maré ufanista que torcia por um Oscar brasileiro. Apesar de gostar do Sergio Mendes, a concorrência era desleal. A música dos Muppets (“Man or Muppet”) tinha participação do Sheldon!

Melhores Efeitos Especiais

Ninguém pode falar mal dos efeitos especiais de A Invenção de Hugo Cabret. Mas o macaco Cesar de Planeta dos Macacos não ganhar foi estranho. Parece que a Academia olhou mais o filme do que o efeito em si.
E se Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 ganhasse nem ia ser tão injusto, afinal, existe um histórico de 8 filmes com bons serviços prestados aos efeitos especiais. Gigantes de Aço é bem feito, mas só isso; Transformers: O Lado Oculto da Lua tem que ficar feliz por ter sido indicado.

Melhor Ator Coadjuvante
(by Edu Starling)

Muita gente boa concorrendo, mas convenhamos que o pomposo Capitão Von Trapp interpretando o “surpreendente” pai (sem spoilers :D) do personagem Oliver (interpretado por Ewan McGregor) era prato feito pra Academia. No final das contas, foi uma belíssima homenagem a esse fantástico ator, que teve vários bons momentos nas telas mas pra mim fica na memória o general Chang (um klingon viciado em Shakespeare) em “Star Trek VI – The Undiscovered Country.

Melhor Direção de Arte

A Invenção de Hugo Cabret ganhou. E Harry Potter e as Relíquias da Morte completou oito filmes sem levar nenhum único Oscar, em nenhuma categoria…