Mais um filme de câmera encontrada, desta vez sobre um jovem casal que decide seguir o caminho pelo qual, segundo a lenda, teria passado o monstro conhecido como Pé Grande.
Willow Creek foi escrito e dirigido por Bobcat Goldwaith, que nos anos 80 ficou famoso por fazer o personagem Zed de Loucademia de Polícia, e que recentemente dirigiu o interessante God Bless America.
O formato é “quero ser Bruxa de Blair“. Galera vai pro mato atrás de uma lenda, e no fim encontra (ou não) algo que não deveria ter encontrado.
O problema aqui é que, mesmo sendo um filme curto (apenas 77 min), Willow Creek é muito arrastado. Parece que pegaram um curta metragem e resolveram esticá-lo, mesmo sem ter história para ser contada. São vários momentos desnecessários durante a projeção.
Uma momento em particular deu indícios que o filme ia “decolar”, que é quando eles encontram o cara que os expulsa da floresta. Aquela sequência é boa, parece que o filme ia engrenar a partir dali. Mas foi alarme falso, tudo volta à mesmice que era antes.
Tem uma cena que me deixou dividido: a longa cena dentro da barraca. Tecnicamente, estamos falando de um plano-sequência de mais de 20 minutos, o que sempre tem o seu valor. Mas, por outro lado, é uma câmera parada, filmando, dentro da barraca, o casal assustado com barulhos no mato. Ou seja, por mais que seja legal saber da existência de um longo plano sequência de 20 minutos, este, em particular, é interminavelmente chato.
Ou seja, só pra quem realmente curtir “found footage”…