Crítica – Zona de Risco
Sinopse (imdb): Um piloto de drone e um jovem oficial das Forças Aéreas são as únicas esperanças de uma força-tarefa presa em uma emboscada nas Filipinas. Eles têm 48 horas para resgatar os soldados antes que a missão vire um verdadeiro desastre.
Novo filme dirigido por William Eubank (Ameaça Profunda), Zona de Risco (Land of Bad, no original) lembra o formato de filmes como Rambo e Comando Para Matar, onde um militar fica isolado depois das linhas inimigas, mas, com duas atualizações: uma tecnológica, outra sobre a temática do filme.
A tecnologia mudou a guerra, hoje drones são usados. Temos dois personagens principais: Russell Crowe fica na base, operando o drone, enquanto Liam Hemsworth é o cara em terra que acompanha o drone. Zona de Risco tem mais personagens, mas basicamente tudo acontece em torno desses dois.
Sobre a temática: hoje em dia não existe mais espaço para filmes de “one man army”, como os citados Rambo e Comando Para Matar, onde um único homem, sozinho, quase com super poderes, enfrenta dezenas ou centenas de adversários. Um filme desses seria piada hoje em dia. Então a trama precisa se adaptar, e infelizmente temos que reconhecer que esse formato funcionava melhor décadas atrás, quando a gente aceitava o conceito de “one man army”.
Zona de Risco ainda tem um problema: na parte final, quando o personagem do Russell Crowe é afastado do posto onde estava operando o drone e vai ao supermercado. Sim, supermercado. Nada contra mostrar um cara no supermercado, mas a cena é longa demais, e a gente meio que já sabe qual vai ser o final, então essa sequência fica arrastada.
(Ainda tem umas coisas meio mal escritas no roteiro, como um jogo de basquete que dura 18 horas, ou uma personagem secundária que é mandada pra casa mas está lá na cena final.)
Uma curiosidade no elenco. Liam Hemsworth, irmão do “Thor” Chris Hemsworth, faz um dos papéis principais; Luke Hemsworth, o terceiro irmão, também tem um papel, ele é o cara que oferece algo pro Liam comer no helicóptero logo no início do filme. Milo Ventimiglia, de Heroes e This is Us, também tem um papel importante.
Pelo menos tecnicamente o filme é bom. E os dois protagonistas têm carisma o suficiente pra carregar o filme.