Evereste

everesteCrítica – Evereste

Sabe quando um filme promete e não cumpre?

Uma expedição até o Monte Evereste é atacada por uma tempestade de neve. Baseado em uma história real.

Dirigido por Baltasar Kormákur (Dose Dupla), Evereste (Everest, no original) é uma propaganda enganosa, pelo menos sob dois aspectos:

1- O cartaz do filme fala sobre uma história inacreditável. Mas o mesmo cartaz avisa: “o lugar mais perigoso da Terra”, e logo no início do filme lemos um texto que fala que no início, a cada quatro alpinistas que subiam, um morria. Ora, alguém morrer no Everest não é algo inacreditável!

2- O filme se vende como uma história emocionante. E não é. O cara tá preso lá em cima, no meio da tempestade, mas em vez do filme focar nisso, ficamos vendo sua esposa grávida, em casa, chorando por ele. Pô, se vou ver um filme que mostra perrengues na escalada do Evereste, quero ver esses perrengues! O filme mediano Limite Vertical, de 2000, em sua cena inicial, de apenas três minutos, mostra mais tensão do que todos as duas horas de Evereste.

Pena, porque o elenco é excelente (Jason Clarke, Josh Brolin, Jake Gyllenhaal, Keira Knightley, Emily Watson, Sam Worthington, Robin Wright, Elizabeth Debicki, John Hawkes), assim como o visual do filme é belíssimo. Temos takes aéreos sensacionais – e tudo é digital, é impressionante como é alta a qualidade do cgi hoje em dia.

Mas no fim, fica a decepção. Não exatamente por ter visto um filme ruim, mas por saber que tinha potencial para ser muito melhor.