Willow Creek

Willow_CreekCrítica – Willow Creek

Mais um filme de câmera encontrada, desta vez sobre um jovem casal que decide seguir o caminho pelo qual, segundo a lenda, teria passado o monstro conhecido como Pé Grande.

Willow Creek foi escrito e dirigido por Bobcat Goldwaith, que nos anos 80 ficou famoso por fazer o personagem Zed de Loucademia de Polícia, e que recentemente dirigiu o interessante God Bless America.

O formato é “quero ser Bruxa de Blair“. Galera vai pro mato atrás de uma lenda, e no fim encontra (ou não) algo que não deveria ter encontrado.

O problema aqui é que, mesmo sendo um filme curto (apenas 77 min), Willow Creek é muito arrastado. Parece que pegaram um curta metragem e resolveram esticá-lo, mesmo sem ter história para ser contada. São vários momentos desnecessários durante a projeção.

Uma momento em particular deu indícios que o filme ia “decolar”, que é quando eles encontram o cara que os expulsa da floresta. Aquela sequência é boa, parece que o filme ia engrenar a partir dali. Mas foi alarme falso, tudo volta à mesmice que era antes.

Tem uma cena que me deixou dividido: a longa cena dentro da barraca. Tecnicamente, estamos falando de um plano-sequência de mais de 20 minutos, o que sempre tem o seu valor. Mas, por outro lado, é uma câmera parada, filmando, dentro da barraca, o casal assustado com barulhos no mato. Ou seja, por mais que seja legal saber da existência de um longo plano sequência de 20 minutos, este, em particular, é interminavelmente chato.

Ou seja, só pra quem realmente curtir “found footage”…

Ricki and the Flash: De Volta Para Casa

Ricki-and-the-Flash-De-Volta-pra-Casa-posterCrítica – Ricki and the Flash: De Volta Para Casa

Uma música que largou a família para seguir a carreira de rockstar (apesar de só ter lançado apenas um disco) retorna para a antiga casa e reencontra os filhos e o ex-marido.

Ricki and the Flash: De Volta Para Casa (Ricki and the Flash, no original) é o novo filme de Jonathan Demme, que tem uma carreira curiosa. Nos anos 80, Demme fazia filmes leves e divertidos, como Totalmente SelvagemDe Caso Com a Máfia. Ganhou o Oscar de melhor diretor por O Silêncio dos Inocentes (1991), e depois disso fez muito pouca coisa relevante na carreira – acho que seu único filme famoso pós Silêncio dos Inocentes é Filadélfia, de 93. Este seu novo filme não veio para mudar a rotina. Ricki and the Flash é divertidinho, mas esquecível.

O roteiro é de Diablo Cody, que a cada filme novo nos dá indícios de que era “fogo de palha”. Cody chamou a atenção do mundo ao ganhar o Oscar de melhor roteirista com seu filme de estreia, Juno. Mas, de lá pra cá, ainda não apresentou um segundo bom trabalho – Jovens Adultos é mediano; Garota Infernal é ruim. E Ricki and the Flash não vai mudar este cenário.

Se direção e roteiro são medianos, o que salva Ricki and the Flash da mediocridade é Meryl Streep. Streep é uma grande atriz e funciona bem fazendo qualquer coisa. Suas cenas no palco, cantando e tocando com a banda The Flash, são deliciosas!

No resto do elenco, ninguém chama a atenção. Aliás, chama sim, o grande Kevin Kline está tão apagado que seu papel poderia ser interpretado por qualquer ator meia boca. De resto, nomes semi-desconhecidos como Mamie Gummer (a filha da Meryl Streep). Pra
não dizer que todos estão mal, gostei de Rick Springfield como o par de Streep.

No final, o que salva o filme é ver Meryl Streep empunhando uma guitarra em uma banda de rock’n’roll. Mas não salva Ricki and the Flash de ter cara de sessão da tarde.

Ted 2

ted2Crítica – Ted 2

O ursinho de pelúcia politicamente incorreto está de volta!

Recém casado, Ted descobre que não pode adotar uma criança porque ele é uma propriedade. Começa então uma briga judicial para provar que ele merece ser considerado uma pessoa.

Gostei muito do primeiro Ted, de 2012. Gosto de humor politicamente incorreto, e o diretor / roteirista / intérprete Seth McFarlane foi bem ácido nas suas piadas. Claro que quero ver uma continuação!

Ted 2, também dirigido, escrito e interpretado por McFarlane, é a continuação típica. A mesma estrutura, o mesmo estilo de humor. A fórmula funciona, porque quem curtiu o primeiro filme pode ver este sem medo; e quem não curtiu, nem vai ver este.

O prato não parece requentado porque McFarlane recheou o filme de citações ao universo pop / nerd. Tem uma cena no fim sensacional para o público nerd – uma briga de cosplayers dentro de uma Comic Con! E, claro, Sam Jones – o Flash Gordon – está de volta.

O elenco também é bem legal. Mark Wahlberg, Giovanni Ribisi e Seth McFarlane (como a voz do urso Ted) voltam aos seus papeis; Mila Kunis não volta,Amanda Seyfried assume o principal papel feminino. E ainda temos Morgan Freeman num papel pequeno e uma divertida ponta de Liam Neeson.

Resumindo, apesar de ser uma repetição do primeiro filme, Ted 2 ainda vale para quem gosta do estilo.

Podcrastinadores.S03E19 – Filmes Gêmeos

Podcrastinadores - Filmes GemeosPodcrastinadores.S03E19 – Filmes Gêmeos

Sabe aquele filme que você jura que tinha assistido, mas quando revê você não reconhece absolutamente nada? Você pode estar assistindo a um “Filme gêmeo”!

Hoje vamos falar desses filmes com temas parecidos lançados praticamente juntos no mercado. Será que eles foram copiados um do outro? Espionagem entre estúdios? Criatividade coletiva? E o que eles têm de diferente?

No episódio de hoje, que é recheado de spoilers, falaremos da lista abaixo. Pule (ou não) os filmes que você não assistiu e ainda pretende ver:

Armageddon x Impacto Profundo (13:39)
O Grande Truque x O Ilusionista (23:34)
Gamer x Surrogates x Avatar (36:07)
Volcano x O Inferno de Dante (51:36)
Matrix x 13o Andar x eXistenZ (1:02:16)
Depois da Terra x Oblivion (1:14:15)
E um último bloco com mais um monte misturados, mas aí já sem spoiler. (1:26:18)

Com Gustavo Guimarães, Helvecio Parente, Rodrigo MontaleãoTibério Velasquez, e os convidados Andrea Cursino e Riky Soares.

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(Não consegue baixar arquivos de áudio em sua rede? Insira o link do mp3 aqui)Links relacionados a este episódio:

– Episódios dos Podcrastinadores de Pixar

Meme feito pelo Mochilão Nerd sobre o episódio da Pixar.

– Cinema para Sempre, blog de cinema da Andrea Cursino

Mais1cast, podcast de assuntos diversos do Riky Soares

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Mercenaries

mercenariesCrítica – Mercenaries

Uma produção da Asylum com várias atrizes “B” do cinema de ação? Claro que não vai ser bom. Mas claro que quero ver!

Durante uma visita a uma zona de guerra, a filha do presidente dos EUA é capturada e aprisionada. Uma equipe feminina de elite é montada para o resgate.

Vamulá: em primeiro lugar, expliquemos qualé a da Asylum. É uma produtora assumidamente picareta, mais famosa hoje em dia por filmes ruins de tubarões (a franquia Sharknado e outros de títulos divertidos como 3 Headed Shark ou Mega Shark vs Mecha Shark), mas que tem uma tradição de lançar filmes com títulos e sinopses parecidas, para tentar enganar o espectador. Cito alguns exemplos: lançaram Transmorphers pra pegar o público de Transformers, ou Atlantic Rim na mesma época de Pacific Rim, ou ainda San Andreas Quake ao mesmo tempo que San Andreas (tem muito mais exemplos na página deles na wikipedia!). Este Mercenaries “pega carona” na franquia Expendables (com o nome em português, Mercenários, fica ainda mais claro).

Mas desta vez, a ideia foi boa, afinal, é divertido ver, juntas, Zoe Bell, Kristanna Loken, Brigitte Nielsen, Vivica A. Fox e Cynthia Rothrock. A única que heu sou fã é a Zoe Bell, afinal, ela está em vários filmes do Tarantino, mas heu pegaria autógrafos de todas elas, se tivesse oportunidade!

Mas, como era esperado, o resultado decepcionou. Ok, heu já sabia que a produção era vagabunda – os efeitos especiais de sangue em cgi são tosquérrimos! Ok, heu já sabia que as atrizes são fracas – são todas canastronas, atuação nunca foi e nunca será o forte de nenhuma delas. Mas heu esperava um pouco mais de coerência em certos pontos do roteiro – tipo, a Brigitte Nielsen atira na Zoe Bell, mas não checa se seu tiro foi certeiro, e diz para seus capangas que não precisa verificar. Ou capangas que chegam para pegar a Zoe Bell, todos armados, mas ninguém atira. Poxa, será que eles não podiam ter tido escrito um roteiro menos desleixado?

Não, a Asylum não se preocupa com esses detalhes. Pena. Mercenaries podia ser um “bom filme ruim”. Mas é apenas um “filme ruim”…

O Agente da U.N.C.L.E.

Agente da UNCLECrítica – O Agente da U.N.C.L.E.

Se a série dos anos 60/70 Missão Impossível pode render bons filmes de ação / espionagem, por que não a série O Agente da U.N.C.L.E., exibida entre 1964 e 68?

No início dos anos 60, um agente da CIA e outro da KGB precisam se unir em uma missão contra uma misteriosa organização criminal, que trabalha desenvolvendo bombas atômicas.

Antes de tudo, preciso falar que não conheço NADA da série original. Pra ser sincero, só me lembro do nome da série porque a trilha de abertura consta no primeiro CD da coleção Television Greatest Hits, um dos primeiros CDs que comprei na minha vida, lá longe, no fim dos anos 80. Já tinha ouvido o tema (a faixa ficava entre Missão Impossível e Agente 86), mas confesso que nem me lembrava.

Mas isso pouco importa. O Agente da U.N.C.L.E. (The Man From U.N.C.L.E., no original), o novo filme de Guy Ritchie, é muito bom. Sabe quando tudo funciona redondinho? Bom elenco, boa fotografia, edição criativa e bem cuidada, ritmo empolgante, tudo isso embalado por uma excelente reconstituição de época e uma trilha sonora sensacional. Temos um forte candidato a um dos melhores filmes do ano, arrisco dizer!

Guy Ritchie sempre inovou nas edições de seus filmes, desde o início da carreira, época de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch, até recentemente, com os dois Sherlock Holmes (2009 e 2011). Aqui, mais uma vez, a edição chama a atenção. Só pra dar um exemplo: uma cena de invasão por barco, que em qualquer filme seria um dos pontos altos da ação, foi encurtada, parece um videoclipe de apenas alguns segundos, afinal, temos outras cenas mais legais para serem exploradas.

A reconstituição de época também chama a atenção – o filme se passa durante a Guerra Fria, não teria sentido atualizar a trama para os dias de hoje. A fotografia emula filmes de espionagem dos anos 70, as imagens parecem “velhas”. O filme tem um delicioso visual retrô.

O elenco também está ótimo. Armie Hammer e Henry Cavill estiveram no Rio para o lançamento do filme, e mostram boa química na tela. Curiosidade do mundo globalizado: o britânico Cavill interpreta um americano; o americano Hammer interpreta um russo; a sueca Alicia Vikander interpreta uma alemã; a francesa (criada na Austrália) Elizabeth Debicki interpreta uma italiana – verdadeira Torre de Babel! (Ok, o inglês Hugh Grant interpreta um inglês…)

Ah, a trilha sonora! Me lembrei da trilha de Pulp Fiction, cheia de músicas boas e inesperadas – tem até uma música do Tom Zé! Não sei se as pessoas ainda compram CDs, mas se ainda estivéssemos nos anos 90, este CD seria obrigatório em festinhas descoladas.

Li que o filme não foi bem na bilheteria nos EUA, o que é uma pena. O fim do filme traz um gancho para começar uma nova franquia e se mantiver a qualidade, será uma franquia muito bem vinda!

Por fim, só me pergunto por que o título está no singular (tanto em português quanto em inglês). Não é só um agente…

A Escolha Perfeita 2

A-Escolha-Perfeita-2Crítica – A Escolha Perfeita 2

Depois de uma apresentação onde protagonizaram um grande vexame na presença do presidente Obama, as Barden Bellas precisam ganhar uma competição internacional para recuperar a reputação.

Não vi o primeiro filme, mas isso não compromete o entendimento deste A Escolha Perfeita 2 (Pitch Perfect 2, no original), primeiro filme dirigido pela atriz Elizabeth Banks. Na verdade, a trama é tão clichê que você consegue antever cada passo do roteiro. Tudo é previsível demais!

Mas quem vai ver um filme desses não espera um roteiro criativo, e sim boas músicas. A criatividade foi toda direcionada para os arranjos musicais. E, sob este ponto de vista, o espectador não se decepcionará. A parte musical do filme é excelente! Vou além: os arranjos musicais são tão bons que fazem o ingresso valer, mesmo com o roteiro clichê.

Anna Kendrick lidera bem um elenco que funciona muito bem para o que o filme pede. Aliás, um comentário sobre Becca, seu personagem: se por um lado é o personagem mais bem construído (a única que tem uma “vida real” fora das Barden Bellas), por outro lado o roteirista criou frases engraçadinhas constrangedoras e completamente fora da realidade pra ela falar sempre que encontra a rival alemã. Vergonha alheia desses diálogos…

Boa parte do elenco do primeiro filme volta, como Rebel Wilson, Brittany Snow e Anna Camp, e A Escolha Perfeita 2 ainda tem Haylee Steinfeld e uma ponta de Katey Sagal.

A Escolha Perfeita 2 não é um filme essencial, mas quem gosta de música vai se divertir.