Podcrastinadores.S03E24 – Especial Halloween: Slashers do cinema

Podcrastinadores - SlashersPodcrastinadores.S03E24 – Especial Halloween: Slashers do cinema

No podcast especial de Halloween, conversamos sobre os filmes de Slasher, que é um sub-gênero de filmes de terror onde temos um serial killer, normalmente com uma máscara, que vai colecionando mortes bem explícitas ao longo do filme. :)

Revisitamos Michael MyersJason, Freddy Krueger, Pinhead, Chucky e outros assassinos que já tiraram muitas noites de sono nossas no passado.

Participaram deste episódio: Gustavo Guimarães, Helvecio Parente, Rodrigo MontaleãoTibério VelasquezAndré Moraes e Mariana Zani.

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Apocalipse Yakuza

Apocalipse-Yakuza-1Crítica – Apocalipse Yakuza

(Como vai ser quase impossível de se ver este filme fora de festivais, incluí um spoiler leve.)

Filme novo do Takashi Miike que mistura a Yakuza com vampiros. Olha lá outro daqueles filmes que só passam em festivais!

“Filme novo do Takashi Miike” é um conceito meio abstrato. O cara faz MUITOS filmes – o imdb do cara diz que ele dirigiu 99 filmes em 25 anos de carreira! Vi poucos, não sei inserir este Apocalipse Yakuza (Gokudou Daisensou, no original) na sua filmografia.

Porque, comparando com o cinema mundial, Apocalipse Yakuza é um filme beeem fora do padrão. O fato de misturar máfia com vampirismo é o de menos. Temos uma espécie de “Van Helsing” que só fala em inglês (todo o resto do elenco fala japonês), temos um Kappa (figura mística da cultura japonesa), e temos um elemento ainda mais bizarro do que tudo isso junto: um lutador que anda de bicicleta, vestido com uma fantasia de sapo muito, muito tosca! E que quando tira a fantasia, tem cabeça de sapo!!!

Apocalipse-Yakuza-2Sobre as lutas, reconheci o nome do Yayan Ruhian no elenco, o cara estava nos 3 filmes do Gareth Evans (The Raid). Ruhian é um exímio lutador de artes marciais. O “homem sapo” também luta bem. Aliás, na parte da violência, Takashi Miike sempre manda bem.

Agora, o roteiro é preguiçoso. Várias coisas são deixadas de lado, como, por exemplo, determinada hora vemos uma horda de vampiros que mais parecem zumbis, mas todos eles somem quando é conveniente para o roteiro.

Enfim, filme maluco. Mesmo, muito maluco. E tem gancho para uma continuação. Tenham medo! Tenham muito medo!

p.s.: Quem quiser conhecer um bom filme do Takashi Miike, recomendo Ichi The Killer. Bom, violento, e nada maluco.

Ponte dos Espiões

  Ponte dos Espiões - posterCrítica – Ponte dos Espiões

Uêba! Filme novo do Spielberg com o Tom Hanks!

Durante a Guerra Fria, um advogado especializado em seguros é contratado para defender um espião russo. Quando vê que será impossível defendê-lo, propõe que ele seja usado como uma apólice de seguro para uma eventual futura troca de prisioneiros com a União Soviética.

Logo de cara, já sabemos que veremos um filmão, afinal, temos um dos melhores atores contemporâneos repetindo a parceria com um dos melhores diretores contemporâneos – eles já trabalharam juntos outras três vezes, em O Resgate do Soldado Ryan, O Terminal e Prenda-me se for Capaz. Mas, se por um lado isso é garantia de qualidade, por outro lado a gente sobe as expectativas. Ainda mais quando lê que o roteiro é dos irmãos Coen.

Vamulá. Ponte dos Espiões (Bridge of Spies, no original) não é um grande filme, para ficar na história, como Soldado Ryan foi. Mas é um eficiente filme sobre a Guerra Fria. E Spielberg é muito competente ao formatar isso: não só a fotografia e a trilha sonora são muito bem cuidadas, como a sua câmera flui como poucos diretores da atualidade sabem fazer.

(Curiosamente, a parte que mais me decepcionou foi ver que o roteiro, apesar de bem escrito, não tem “cara” de irmãos Coen…)

Ponte dos Espiões foi inspirado em fatos reais. A ponte, inclusive, existe, e foi usada para troca de prisioneiros. Será uma boa aula de história para as gerações mais novas que não viveram a Guerra Fria. Só não gostei do maniqueísmo (que já era previsível): o preso russo fica calmamente pintando quadros na cadeia dos EUA, enquanto o americano é torturado na cadeia soviética.

É interessante vermos um filme como Ponte dos Espiões nos dias de hoje, quando temos verdadeiras batalhas nas redes sociais defendendo e atacando criminosos e justiceiros. Abel, o espião russo, foi julgado e condenado pela opinião pública mesmo antes de entrar no tribunal. Se existisse na época da Guerra Fria, o facebook estaria bombando!

No elenco, o único grande nome é Tom Hanks, que consegue dar credibilidade ao seu “segundo homem mais odiado do país”  (o primeiro era o espião que ele defendeu). Também no elenco, Mark Rylance, Alan Alda, Amy Ryan e Austin Stowell.

Pelo clima do filme e pela época do ano que foi lançado, não me espantarei se Ponte dos Espiões estiver na lista do Oscar ano que vem…

Kiri: Profissão Assassino

KiriCrítica – Kiri: Profissão Assassino

Um site que promove leilões para contratos de assassinos de aluguel funciona sob uma determinada ética. Até que um dia, um assassino contratado por apenas um centavo quebra regras básicas, e agora as pessoas que trabalham para o site têm que descobrir quem é o novo assassino.

Às vezes patroa implica comigo porque vivo fuçando o imdb atrás de dados sobre os filmes que vejo. Este Kiri: Profissão Assassino (Kiri: Shokugyô Koroshiya, no original) apareceu no Festival do Rio, com muito pouca informação sobre ele. Fui ver, o diretor Koichi Sakamoto tem vááários filmes dos Power Rangers no currículo. Viu só? Assim dá pra gente saber o que esperar do filme desconhecido…

Kiri: Profissão Assassino é uma divertida bobagem. Curtinho (77 minutos!), traz diversas lutas bem coreografadas, protagonizadas por belas japonesas – isso sim, algo difícil de se ver. A história é besta, mas o filme passa tão rápido que nem incomoda.

Enfim, nada demais, mas pelo menos me diverti durante a projeção. E esse é daqueles que NUNCA mais vou ter chance de ver…

Ah, não tem nada de pessoas que vestem uniformes coloridos para lutarem juntos…

p.s.: O filme é tão underground que não achei um poster no google imagens!

Anomalisa

AnomalisaCrítica – Anomalisa

Uma animação em stop-motion dirigida pelo Charlie Kaufman? Ei, isso deve ser legal!

Um escritor, autor de um best-seller corporativo, está em uma cidade para fazer uma palestra, quando encontra uma mulher que muda a sua vida.

Charlie Kaufman é um cara que merece o nosso respeito, afinal ele roteirizou alguns dos filmes mais criativos deste novo milênio – ele ganhou o Oscar pelo roteiro de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (do Michel Gondry) e foi indicado por Quero Ser John MalkovichAdaptação (ambos do Spike Jonze). E agora ele se aventura em um longa metragem em stop-motion, um projeto realmente independente – ele usou o kickstarter, famoso site de crowdfunding, para levantar fundos. O resultado deveria ser interessante, não?

Não é. Anomalisa é chato e enfadonho. E muito pouco criativo.

Anomalisa tem 90 minutos, mas a história não tem fôlego para tanto – talvez funcionasse como um curta. O filme se arrasta em diálogos bobos e situações sem graça. Apenas uma parte tem a criatividade esperada pelo “pedigree kaufmaniano”, a sequência onde o escritor vai conversar com o gerente do hotel. Se o filme todo fosse nessa pegada, o resultado seria outro.

Um parágrafo à parte para falar da cena de sexo. Duke Johnson, que co-dirigiu o filme, declarou que levou seis meses para animar esta cena, porque queria o máximo de realismo possível. Ou seja: temos uma cena realista com bonecos feios – a cena não é sexy nem engraçada. É uma cena longa, parece interminável! Me questionei qual o sentido desta cena existir. Será que é pra afirmar que esta é uma animação stop-motion não recomendada para crianças?

Pra não dizer que o filme é um completo equívoco, gostei da parte técnica da animação, e gostei da ideia de todas as vozes secundárias serem feitas pelo mesmo ator (David Thewlis e Jennifer Jason Leigh interpretam o casal principal, todas as outras vozes são de Tom Noonan). Ah, claro, também gostei da sequência que citei ali em cima.

Mas é pouco. Charlie Kaufman é capaz de algo melhor.

Green Room

Green Room - posterCrítica – Green Room

Sem grana, uma banda punk aceita fazer um show em um bar de skinheads, mas acabam ficando presos no camarim depois de presenciar um assassinato.

Escrito e dirigido por Jeremy Saulnier, Green Room é um filme cru e violento. A história é simples, e até um pouco clichê: pessoas comuns colocadas em uma situação extrema. O interessante aqui é como isso é mostrado. As reações dos personagens são  críveis; e a violência gráfica é intensa. O clima tenso do filme é ótimo!

O elenco ajuda, todos estão bem. Se for pra destacar alguém, seria Patrick Stewart, que demora a aparecer, mas arrebenta com o seu vilão “mau como um pica pau”. Também no elenco, Anton Yelchin, Imogen Poots, Alia Shawkat, Mark Webber e Callum Turner.

Li por aí muitos elogios ao filme anterior do diretor Saulnier, Blue Ruin. É, mais um filme pouco conhecido que entrou na minha lista de filmes para procurar…

 

Podcrastinadores.S03E23 – Filmes sobre Marte

Podcrastinadores - MartePodcrastinadores.S03E23 – Filmes sobre Marte

Com o novo sucesso de Ridley Scott nos cinemas, os Podcrastinadores se reúnem mais uma vez para um bate-papo repleto de curiosidades científicas sobre Marte! Exploramos o novo Perdido em Marte, mas também Missão Marte, Planeta Vermelho, Marte Ataca e vários outros filmes sobre o nosso querido planeta vizinho. Participação especialíssima do astrônomo do Planetário do Rio Alexandre Cherman, que tirou todas as nossas dúvidas sobre o planeta vermelho e da viagem espacial até lá.

Participantes: Gustavo Guimarães, Helvecio Parente, Rodrigo MontaleãoTibério Velasquez, Carlos Voltor e Alexandre Cherman.

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Paz & Amor

Love_&_PeaceCrítica – Paz e Amor

Um músico frustrado que sofre bullying por seus colegas de trabalho compra uma tartaruga, mas acaba se desfazendo dela, e se arrepende por isso. Mas sua tartaruga cresce e aprende a cantar.

No Festival do Rio do ano passado, uma das melhores surpresas foi Gangues de Tokyo, um musical hip hop em japonês. Claro que guardei o nome do diretor, Sion Sono. E claro que, quando li seu nome na programação deste ano, nem pensei duas vezes e garanti o meu ingresso.

Paz & Amor (Love and Peace em inglês) é divertidíssimo, apesar de ser um dos mais estranhos da programação deste ano. E por este motivo, não é um filme recomendado pra qualquer um, tem que ter a cabeça aberta para ver algo completamente fora da curva. Temos atuações à beira da caricatura (algo comum no cinema japonês), criaturas animadas toscamente e uma tartaruga gigante que parece o Baby da Silva Sauro.

Explicando melhor: existe uma trama paralela (que traz um belo plot twist, diga-se de passagem) onde temos brinquedos quebrados e animais abandonados que falam. E, em vez de serem animatronics ou cgi, são marionetes toscas! E a tartaruga, quando cresce, com grandes olhos e voz fina, lembra muito o personagem caçula da família Dinossauro.

Agora, mesmo com toda a tosqueira, a produção é muito bem feita. Temos grandes shows de música, e cenas bem feitas de destruição no fim. Falta de dinheiro não era um problema, a tosqueira deve ter sido uma opção da produção.

Agora aguardemos o festival de 2016, onde vou direto na programação procurar se tem algo novo do Sion Sono. E enquanto isso, passei o dia cantarolando a música tema do filme – impossível não sair do cinema com a música na cabeça!

p.s.: No trailer que tem no youtube tem a música, mas não aparece a tartaruga…

A Colina Escarlate

A Colina Escarlate posterCrítica – A Colina Escarlate

Alvíssaras! Guillermo Del Toro voltou ao terror!

Depois de uma tragédia na sua família, uma jovem escritora americana se casa e se muda para uma mansão misteriosa na Inglaterra.

O cinema de terror contemporâneo tem um grande nome, Jason Blum, que produz dezenas de filmes por ano – alguns até bem legais, como Sobrenatural, do James Wan. Legal, temos muitas opções, mas acaba que se criou uma cara “blumhouseiana”, com vários filmes parecidos. No meio dessa pasteurização, ver um filme do Guillermo Del Toro é um colírio para os olhos!

O último trabalho do Del Toro foi Círculo de Fogo, um blockbuster hollywoodiano que não agradou a todos. Mas foi um ponto fora da curva em sua filmografia. Del Toro tem uma carreira firme no cinema fantástico, com ótimos filmes como A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno. A Colina Escarlate (Crimson Peak, no original) é a sua volta ao cinema fantástico.

Com roteiro do próprio Del Toro em parceria com Matthew Robbins, A Colina Escarlate é uma história de fantasmas à moda antiga. Del Toro consegue criar um clima excelente, ajudado por uma impressionante fotografia – se a Academia não for preconceituosa com filmes de terror, temos um forte candidato ao Oscar de melhor fotografia. São várias imagens belíssimas ao longo da projeção. A boa trilha sonora é outro destaque. E, numa época de filmes com “violência sem sangue”, a violência gráfica mostrada no filme também chama a atenção. Algumas cenas são bem fortes!

Infelizmente, nem tudo funciona. A primeira metade é muito lenta, toda a parte nos EUA demora a passar, o filme melhora muito quando eles chegam na tal “colina Escarlate” do título. Além disso, a trama tem alguns elementos bastante previsíveis (não entro em detalhes por causa de spoilers, mas quando vocês verem, vão concordar comigo).

O elenco é baseado em três bons atores. Mia Wasikowska (a Alice) e Tom Hiddleston (o Loki) estão bem; Jessica Chastain (Perdido em Marte) não está mal, mas perdeu a oportunidade de fazer uma vilã memorável. Também no elenco, Charlie Hunnam, Leslie Hope e Jim Beaver (o Bobby de Supernatural). Ah, os dois dos atores por trás dos fantasmas são Doug Jones, o Abe Sapiens de Hellboy, e Javier Botet, que fez a Menina Medeiros de REC e a Mama de Mama.

A Colina Escarlate pode até não ser um novo Labirinto do Fauno, mas pelo menos Guillermo Del Toro largou os blockbusters de monstros e robôs gigantes e voltou ao estilo onde ele funciona melhor.

The Lobster

The Lobster - posterCrítica – The Lobster

Quando a gente lê “futuro distópico” em uma sinopse, a gente logo lembra de filmes como Jogos Vorazes, Maze Runner ou Divergente. Bem, esqueça isso!

Vamos a uma das sinopses mais estranhas dos últimos tempos: nesta sociedade distópica, as pessoas não podem ficar sozinhas. Quem está solteiro (ou separado, ou viúvo) é levado para um hotel, onde tem 45 dias para arranjar um par (e tem que ser “pra valer”, não existe a opção de namorar por namorar). Se não conseguir um(a) companheiro(a), será transformado(a) em um animal de sua escolha. Sim, um animal, de verdade.

Depois de chamar a atenção com títulos como Dente Canino e Alpes, o diretor grego Yorgos Lanthimos partiu para uma produção mais internacional – The Lobster é uma co-produção entre Grécia, Inglaterra, Irlanda, França e Holanda, e é falado em inglês e francês.

The Lobster é um conto bizarro, parece até os filmes surrealistas do Buñuel. A sociedade apresentada no filme é absurda, mas as interpretações são sérias – os personagens levam aquilo a sério, o absurdo é só para o espectador. Isso gera cenas geniais – e engraçadíssimas!

O elenco também é bem internacional: o irlandês Colin Farrell, os ingleses Rachel Weisz e Ben Whishaw, a francesa Léa Seydoux e o americano John C. Reilly. De um modo geral, o elenco parece um pouco apático, mas é exatamente o clima que o filme pede.

The Lobster tem um problema: o ritmo cai na parte final. Enquanto a narrativa está no hotel, a trama flui bem; quando vamos para a floresta, o foco muda, mas continua fluindo. Quando a história se fecha no casal, o filme perde o fôlego. Pena.

Mesmo com o fim mais fraco, The Lobster foi um dos melhores filmes do Festival do Rio 2015. Tomara que entre em cartaz!