Zoom

zoom-cartazCrítica – Zoom

Três histórias independentes, mas que estão ligadas. Um diretor de filmes de ação quer fazer algo autoral; uma modelo quer virar escritora; uma desenhista quer ter seios maiores.

Coprodução Brasil e Canadá, dirigida pelo brasileiro Pedro Morelli, Zoom (idem no original) é um interessante exercício de metalinguagem. Uma história está dentro da outra, que está dentro da outra…

As histórias têm estilos diferentes. Visualmente, a que chama mais a atenção é a do diretor de cinema, pois trata-se de uma animação em rotoscopia, método onde o desenho é feito em cima de uma cena filmada (o exemplo mais famoso de rotoscopia é O Homem Duplo, do Richard Linklater, com Keanu Reeves, Winona Ryder e Robert Downey Jr.). As outras duas são filmagens convencionais, mas mesmo assim os estilos são distintos – a trama da quadrinista é mais interessante.

A história em si não tem nada de mais, mas a metalinguagem deixa tudo mais interessante. E conforme o filme vai chegando ao final, a trama vai ficando mais maluca. Gostei dos caminhos usados pelo diretor!

Coprodução internacional, o elenco mistura brasileiras como Mariana Ximenes e Cláudia Ohana com os gringos Jason Priestley, Alison Pill e Tyler Labine. Gael Garcia Bernal só aparece como desenho animado.

Por ser um filme diferente do padrão, Zoom não vai agradar a todos. Mas gostei de ver mais um diretor brasileiro fazendo filmes fora do “gênero nacional”.