Crítica – O Escaravelho do Diabo
Quem está acostumado com meus textos sabe que sempre impliquei com o rótulo “filme nacional”. Vocês se lembram da época das vídeo locadoras, onde os filmes eram separados por gêneros? Ação, comédia, drama, terror, ficção científica… e “nacional”? Sim, afinal, a grande maioria dos filmes nacionais segue o mesmo estilo. Bons ou ruins, quase sempre são dramas ou comédias com cara de especial da Globo.
Bem, O Escaravelho do Diabo não segue isso. Adaptação do livro homônimo, escrito por Lúcia Machado de Almeida, parte da série infantojuvenil Vagalume – e que aparentemente foi lido por todo mundo que foi adolescente nos anos 80 (não conheço ninguém da minha idade que não tenha lido). Uma espécie de Harry Potter da minha geração…
Dirigido por Carlo Milani, estreante no cinema mas com vasta experiência na TV, O Escaravelho do Diabo é um suspense infantojuvenil que mostra um misterioso assassino de ruivos que sempre manda besouros para suas vítimas, em uma cidade pequena. No livro, o protagonista era um estudante de medicina, mas no filme isso foi mudado, e agora acompanhamos as investigações de um garoto de 12 anos de idade, o ótimo Thiago Rosseti. Não sei por que mudou, mas pelo menos funciona – o garoto tem boa química com o veterano Marcos Caruso.
O filme tem tudo no lugar certo, trama envolvente, boa fotografia, boas atuações (sou fã do Bruce Gomlevsky – prontofalei). Apesar de ser direcionado ao público jovem (assim como era o livro), não desagrada os adultos. Ah, se o cinema nacional andasse sempre por este caminho…
Ouvi boatos de que iam adaptar outros livros da série Vagalume. Torço para que isso se concretize, lembro que heu era fã de livros como Spharion ou O Mistério do 5 Estrelas!