Angry Birds: O Filme

Angry Birds - cartazCrítica – Angry Birds: O Filme

Quando uma ilha habitada por alegres pássaros que não voam é visitada por misteriosos porcos verdes, três amigos tentam descobrir qual o real objetivo desses porcos.

Quem está acostumado com meus textos sabe que não tenho o hábito de jogar, então meus posts sobre adaptações de games normalmente começam com “nunca joguei, então vou analisar apenas o filme”. Mas, olha lá, desta vez o cenário é outro! Heu jogo Angry Birds! Tá, nunca tive paciência pra conseguir as 3 estrelas sempre, mas joguei todas as fases do Angry Birds original e, claro, do Angry Birds Star Wars!

E vou falar que isso atrapalhou. Porque, vamos combinar, o jogo é divertido, mas a história é completamente nonsense. Os pássaros se jogam através de estilingues para destruir as construções dos porcos – isso não faz o menor sentido! É divertido enquanto joguinho que dura um ou dois minutos, mas não serve para um filme longa metragem.

Sendo assim, tiveram que inventar uma história, para apresentar os personagens (cada um com uma característica que justifique o passarinho do game) e levá-los à ação – o objetivo do jogo: estilingues contra construções dos porcos. O problema é que a história é bobinha e chia de furos – tipo, Red conheceu os amigos numa terapia de controle de raiva, mas os amigos não têm problemas com raiva.

Relevando-se isso tudo, Angry Birds: O Filme é até divertido. Algumas boas piadas, boa trilha sonora rock’n’roll, uma referência aqui outra acolá – adorei a citação ao Iluminado. Claro, fica um pouco abaixo da qualidade Pixar/Disney/Dreamworks, mas acho que essa nunca foi a pretensão.

O elenco original tem nomes legais, como Peter Dinklage, Jason Sudeikis, Josh Gad, Danny McBride, Bill Hader e Sean Penn. Mas gostei da dublagem, o trio principal funcionou muito bem com Marcelo Adnet, Fabio Porchat e Mauro Ramos (o Sulley de Monstros S.A.).

Despretensioso, vai agradar a molecada. Mas o adulto tem que ter boa vontade.