Crítica – Winnie-The-Pooh: Blood and Honey
Sinopse (imdb): Depois de serem abandonados por Christopher, que foi para a faculdade, Pooh e Leitão matam qualquer um que se atreva a se aventurar na Bosque dos 100 Acres.
Antes de tudo, preciso desabafar um mimimi aqui. Aqui no Brasil, sempre foi “ursinho Puff”, mas de um tempo pra cá resolveram mudar para “Pooh” por razões mercadológicas. Aí o Puff virou Pooh, a Sininho virou Tinkerbell, o Caco virou Kermitt… Mas, me digam, por que o Cebolinha tem que virar Jimmy Five quando sai do Brasil? Se é pra manter o nome original, que seja Cebolinha no mundo todo!
Mas chega de mimimi e vamos ao filme.
Escrito, produzido e dirigido por Rhys Frake-Waterfield, Winnie-The-Pooh: Blood and Honey traz uma boa ideia. Descobriram que os direitos de imagem do Ursinho Pooh caíram em domínio público. Então, por que não fazer um terror slasher com o personagem? Ok, boa ideia, mas, precisava ser um filme tão ruim?
O roteiro é MUITO ruim. Um exemplo: tem um prólogo, primeira coisa do filme, que explica o que aconteceu com Pooh e seus amigos quando Christopher Robin foi embora. Fala que eles são animais da floresta, que passaram fome porque Christopher Robin parou de levar comida pra eles. Sim, animais da floresta passam fome porque uma criança deixa de levar comida. Por isso viram assassinos, e precisam matar o Ió para comê-lo. Por que não procurar outros alimentos na floresta??? Mas calma que o pior ainda está por vir. O prólogo cita Pooh, Leitão, Ió, Corujão e Coelho (onde estão Tigrão, Can e Guru?). Ió morreu. Ok. Onde estão Corujão e Coelho no resto do filme? Pra que apresentar personagens que não vão aparecer?
Voltemos ao filme. Cabe um elogio? Gostei da trilha sonora, e gostei da ambientação, tem umas cenas noturnas com uma névoa iluminada, tem cara de filme slasher dos anos 80. O gore é apenas ok, não tem nenhuma cena que chame a atenção. Por outro lado, as máscaras do Pooh e do Leitão são muito toscas. Tem uma cena onde um personagem fala “não parecem humanos!” Caramba, parecem sim, parecem humanos que compraram máscaras de Halloween no Mercadão de Madureira.
Winnie-The-Pooh: Blood and Honey é curto, tem menos de uma hora e meia, e mesmo assim se arrasta. Os personagens são rasos e ninguém se importa com eles. E os vilões têm zero carisma. Tanto faz ter uma máscara tosca de urso. Terrifier não é um grande filme, mas traz um bom vilão. Não é o caso aqui.
Não tem cena pós créditos, mas no fim dos créditos tem a frase “Winnie the Pooh will be back”, ou seja, o diretor pretende fazer uma continuação. O que determina isso é o sucesso comercial do filme. Então, o melhor é evitar o filme!