A Primeira Comunhão

Crítica – A Primeira Comunhão

Sinopse (imdb): Sara tenta se encaixar com os outros adolescentes na pequena cidade na província de /. Eles saem uma noite para uma boate, a caminho de casa se deparam com uma menina segurando uma boneca, vestida para sua primeira comunhão.

Bora pra outro terror espanhol?

Comentei no texto sobre 13 Exorcismos que curto o cinema fantástico espanhol, que nos trouxe alguns filmes muito bons nas últimas décadas. Dirigido por Víctor Garcia, este A Primeira Comunhão (La niña de la comunión, no original) não entra nessa lista de “muito bons”, mas pelo menos não faz feio como alguns recentes títulos de terror lançados nos cinemas.

O filme se passa nos fim dos anos 80 (não me lembro se isso é dito no filme, peguei a informação no imdb). A ambientação de época é boa, e isso faz diferença no filme (porque se as pessoas tivessem celulares e internet como hoje em dia, não sei se a história funcionaria).

A Primeira Comunhão é cheio de jump scares. Mas, por outro lado, falha na criação da tensão. Um filme de terror precisa causar medo e tensão no espectador, e isso não acontece aqui.

Gostei de uma coisa, que foi o modo como A Primeira Comunhão mostrou o ponto de vista das pessoas atacadas pela entidade – elas ficam paralisadas no “mundo real”, mas dentro de suas cabeças são levadas a um local assustador. Ok, provavelmente isso já foi feito em outros filmes (não me lembro), mas, ideia nova ou não, funcionou aqui.

Por outro lado, algumas coisas do filme ficaram mal desenvolvidas, como por exemplo o padre, que dá a entender que ele já sabia há anos sobre o que estava acontecendo. Mas o padre sai do filme e não volta para concluir seu arco.

O elenco é ok. Carla Campra e Aina Quiñones funcionam bem como as amigas que enfrentam um mal desconhecido.

No finzinho tem um plot twist desnecessário, que me pareceu ser uma porta aberta para continuações, coisa comum no cinema de terror.

No fim, fica um gosto de filme genérico. Não é um grande filme, mas vai agradar os menos exigentes.