Sangue e Ouro

Crítica – Sangue e Ouro

Sinopse (imdb): No fim da Segunda Guerra Mundial, um desertor alemão e uma jovem se envolvem em uma batalha sangrenta com um grupo de nazistas em busca de ouro escondido.

Lembro que no meio dos anos 90, depois do sucesso de Cães de Aluguel e Pulp Fiction, surgiram vários filmes com o “estilo Tarantino”: violência, personagens marginais, diálogos cool, trilha sonora moderninha, edição não convencional e às vezes fora da ordem cronológica, e, de vez em quando, atores cultuados mas com a carreira em baixa. Cheguei a fazer um top 10, onde citei filmes como Get Shorty O Nome do Jogo, Smokin’ Aces, Xeque Mate e Coisas Para Fazer em Denver Quando se Está Morto.

Este novo Sangue e Ouro (Blood & Gold, no original) podia estar numa lista daquelas. Porque deu a impressão de que o diretor Peter Thorwarth (Céu Vermelho-Sangue) quis fazer um novo Bastardos Inglórios.

Na Alemanha, no fim da Segunda Guerra Mundial, um soldado desertor é perseguido pela SS. Ele acaba se unindo a uma fazendeira que cuida do irmão. Os soldados estão atrás do desertor e também de barras de ouro escondidas em algum lugar da cidade.

A história é simples, basicamente isso aí. Uma coisa boa é que além dos alemães “do bem” e dos alemães “do mal”, tem alguns que estão no meio do caminho, e isso pode direcionar a história pra rumos fora do óbvio. Às vezes o filme tem cara de faroeste, e isso é reforçado pela trilha sonora com cara de Ennio Morricone. E nem todas as mortes acontecem de maneira previsível. Ah, é uma boa avisar: o filme tem algumas cenas bem violentas.

No elenco, heu não conhecia ninguém. O protagonista Robert Maaser tem um bom porte físico (ele me lembrou Tom Hopper, de Umbrella Academy), o cara pode fazer filmes de ação em Hollywood. Seu par, Marie Hacke, funciona pro que o filme pede. E são dois vilões. Um deles é forçado, caricato demais. Gostei do outro, o oficial com o rosto deformado, também caricato, mas dentro de um limite razoável.

No fim, fica uma sensação de diversão efêmera. Sangue e Ouro é correto, mas esquecível.