Sem Ar

Crítica – Sem Ar

Sinopse (imdb): Duas irmãs vão mergulhar em um local lindo e remoto. Uma das irmãs é atingida por uma pedra, deixando-a presa 28 metros abaixo. Com níveis perigosamente baixos de oxigênio e temperaturas frias, cabe a sua irmã lutar por sua vida.

Preciso admitir que caí no bait do pôster, que fala “mais intenso que A Queda“. Gostei muito de A Queda, um filme pequeno e muito eficiente na sua proposta de criar tensão – o espectador fica realmente angustiado com o que pode acontecer com as duas no alto da torre!

Bem, Sem Ar (The Dive, no original) tem o mesmo formato: duas mulheres se veem presas em uma situação de vida ou morte, e precisam descobrir como saírem vivas. Mas, infelizmente, é bem mais fraco que A Queda.

Sem Ar é refilmagem do norueguês Além das Profundezas, de 2020. Não vi o original, não posso comparar. Mas uma coisa posso dizer sobre esta nova versão: um dos problemas é a falta de história, e parece que existia uma preocupação em chegar a uma hora e meia (o filme tem exatas uma hora e trinta e um minutos). Como não tem muito o que contar, o filme fica enrolando com uns flashbacks rasos e imagens das personagens em sofrimento. Se é pra entrar nos flashbacks, o melhor seria aprofundar isso; ou então cortar 15 minutos do filme e entregar um filme mais enxuto de uma hora e quinze.

Tive um problema, não sei se fui o único. Mas não entendi por que as pedras de repente começaram a despencar. Não entendo nada de mergulho, é normal pedras caírem repentinamente? Achei que o roteiro podia ter explicado o motivo.

Pelo menos o visual das sequências subaquáticas é muito bonito, e as duas atrizes, Louisa Krause e Sophie Lowe, estão bem. Mas é pouco, o resultado final fica devendo. Sem Ar não é exatamente um filme ruim, mas vai decepcionar quem esperava algo do nível de A Queda.