Doente de Mim Mesma

Crítica – Doente de Mim Mesma

Sinopse (Festival do Rio): Signe e Thomas têm um relacionamento competitivo e pouco saudável, que toma um rumo perigoso quando Signe se sente ofuscada pela ascensão do namorado à fama como artista contemporâneo. Em resposta, ela cria um plano doentio e perverso para recuperar a atenção que acredita merecer dentro da elite cultural e social da Noruega.

Escrito e dirigido por Kristoffer Borgli, Doente de Mim Mesma (Syk Pike, no original) é um estudo de comportamento: mostra uma pessoa narcisista e mitômana. Ela necessita ser o centro das atenções, e mente para conseguir este objetivo.

É interessante ver um filme desses nos dias de hoje e pensar que tem pessoas em volta da gente que são parecidas. Não necessariamente igual a ela, claro, estamos falando de um personagem exagerado, mas pessoas que se comportam desse jeito. Pessoas que são carentes e que querem atenção, e são capazes de mentir para conseguir essa atenção.

O filme vai num crescente em cima do problema da protagonista. E o roteiro ainda tem umas escapadas bem sacadas, mostrando em rápidos flashs possibilidades de como a história poderia rumar para um caminho diferente.

O clima às vezes lembra o sueco Triângulo da Tristeza, não só por ser um filme nórdico, mas principalmente pelo estilo de humor. Doente de Mim Mesma é uma comédia, mas diferente do padrão hollywoodiano. Algumas cenas são engraçadas, mas são baseadas na ironia, não são piadas pro público dar gargalhadas.

Por fim, preciso falar da maquiagem. Boa parte de Doente de Mim Mesma tem uma maquiagem forte e muito bem feita por consequência do comportamento da personagem.

Doente de Mim Mesma ainda não tem previsão de lançamento aqui no Brasil…