Planeta dos Macacos: O Reinado

Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

Sinopse (imdb): Muitos anos após o reinado de César, um jovem macaco embarca em uma jornada que o levará a questionar tudo o que lhe foi ensinado sobre o passado e a fazer escolhas que definirão o futuro de macacos e humanos.

E vamos para mais uma franquia que aparentemente não sabe a hora de parar. Bem, a boa notícia é que é uma franquia que consegue manter alguma qualidade.

Tivemos cinco filmes “clássicos”, entre 1968 e 1973. E teve a tentativa fracassada do Tim Burton em 2001. Em 2013, 14 e 17, tivemos a trilogia que era centrada no macaco Cesar, e agora começa uma nova história que se passa gerações depois de sua morte (segundo o imdb, são 300 anos depois). Conhecemos uma pequena comunidade que vive isolada dos humanos e de outros macacos, até que um novo vilão captura quase todo o clã. Noa, nosso novo protagonista, escapa, e com ajuda de um orangotango e uma humana inteligente, vai tentar libertar os seus.

O roteiro do filme dirigido por Wes Ball (que até hoje só tinha feito longas dentro da franquia Maze Runner) tem algumas escorregadas aqui e ali, tipo um macaco consegue cheirar de longe um cobertor que foi tocado por um humano, mas quando este mesmo humano está escondido na cabana do macaco, ele não sente o cheiro. Mas, de um modo geral, o roteiro flui bem na dinâmica entre os personagens, que precisam se unir por um objetivo em comum. Só achei que não precisava de quase duas horas e meia, o filme podia ser um pouco mais curto.

Um parágrafo à parte pra falar dos efeitos especiais. Sabe quando a gente vê um cgi e pensa “acho que esse cgi não sobrevive a alguns anos?” Aqui passa a impressão oposta. Os macacos são absolutamente perfeitos. Digo mais: tem uma sequência debaixo d’água, os macacos estão com os pelos molhados, e tudo parece muito real. A impressão que passa é que chegamos à perfeição.

Também gostei da ambientação, vemos florestas, praias e parte de cidades tomadas pela natureza, incluindo um grande navio encalhado e enferrujado. Aliás, as construções humanas cobertas de vegetação são bem legais, queria ver mais cenas neles, pena que são poucas.

Planeta dos Macacos: O Reinado traz algumas referências ao primeiro filme, de 1968, como a boneca que fala, ou a cena da praia, ou ainda citações na trilha sonora. Referências inteligentes, porque quem não viu o filme original não vai ficar perdido, mas quem viu vai abrir um sorriso.

Por outro lado, existe um problema comum no cinema pipoca de hoje em dia: a necessidade de continuações. Um exemplo é a cena do telescópio. Se o telescópio volta em uma segunda cena, é algo importante; mas como não mostram nada, é porque devem ter guardado para a provável continuação.

Agora temos que esperar a continuação. Rumores falam que será uma nova trilogia, que vai ligar ao filme de 1968 no fim. Aguardemos.