Sem Remorso

Crítica – Sem Remorso

Sinopse (imdb): Um Navy SEAL de elite segue um caminho para vingar o assassinato de sua esposa apenas para se encontrar dentro de uma conspiração maior.

Filmes baseados em Tom Clancy costumam ser bons. Com roteiro do Taylor Sheridan (Sicario, A Qualquer Custo), e com Michael B Jordan (Creed, Pantera Negra) no papel principal, vira um daqueles filmes que prometem ser um filmaço. Bora ver qualé.

Tom Clancy é um autor de best sellers, criou o personagem Jack Ryan, que já rendeu cinco filmes longa metragem e uma série de TV – A Caçada ao Outubro Vermelho (1990), onde é interpretado por Alec Baldwin; Jogos Patrióticos (1992) e Perigo Real e Imediato (1994), por Harrison Ford; A Soma de Todos os Medos (2002), por Ben Affleck; Operação Sombra: Jack Ryan (2014), por Chris Pine; e finalmente a série Jack Ryan (2018), com John Krasinski no papel. Vários filmes, vários atores, mas sempre o mesmo Jack Ryan, e sempre em boas tramas de ação e espionagem.

Dirigido pelo pouco conhecido Stefano Sollima (Sicario 2), Sem Remorso (Without Remorse, no original) não tem o Jack Ryan. O protagonista é John Kelly, e a proposta é que este seja o filme de origem de uma nova franquia, baseada nos livros / games Rainbow 6 (tudo do Tom Clancy). Dei uma pesquisada por alto, existe o livro Rainbow 6, mas me parece que o videogame é bem mais popular. Não li o livro e nem joguei o jogo, mas isso pouco importa pra este filme em particular.

(Jack Ryan não aparece e nem é citado, mas… Jamie Bell faz um personagem chamado Robert Ritter, mesmo nome do personagem de Henry Czerny em Perigo Real e Imediato. Ou seja, a princípio está tudo no mesmo universo.)

Não sei se por culpa do diretor (acredito que não), mas Sem Remorso é um filme genérico. O filme não é ruim, tem algumas boas cenas – gostei da sequência do avião – mas simplesmente não engrena.

Acho que o único destaque positivo está em Michael B Jordan, que realmente convence ao segurar um papel de protagonista de filme de ação. Também no elenco, Jamie Bell (que estava em Quarteto Fantástico junto com o Michael B Jordan), Jodie Turner-Smith e Guy Pearce.

Me lembrei dos meus tempos de videolocadora. Os lançamentos eram divididos em dois grupos: os filmes de ponta e os filmes de apoio. De ponta eram os blockbusters, aqueles que todo mundo queria ver, que tinha fila pra conseguir alugar. Os de apoio eram filmes novos, mas menos badalados, e na maior parte das vezes, de qualidade inferior. Daqueles que, se a gente perder, não perdeu muita coisa (Sempre fui mais de cinema e videolocadora do que de tv aberta, mas sei que tinha uma sessão na Globo onde passavam esses filmes, só não vou lembrar o nome da sessão).

Sem Remorso passa essa sensação. Um filme apenas ok.

Pena, porque tem uma cena pós créditos que traz um gancho pra continuação. Tempos atrás, o que definia uma continuação era a bilheteria. Hoje em dia, só no streaming, como é feita esta decisão se a franquia vai seguir ou não?

Aguardemos…

Creed II

Crítica – Creed II

Sinopse (imdb): Sob a tutela de Rocky Balboa, o peso pesado Adonis Creed enfrenta Viktor Drago, filho de Ivan Drago.

Quando surgiu Creed, achei que a franquia Rocky estava “passando o bastão”. Nada disso. Creed II podia ser chamado de Rocky XIII.

Tudo aqui segue a fórmula da franquia. Creed II é previsível, maniqueísta e cheio de clichês – como os outros filmes. Ou seja, isso não deve incomodar os fãs. E Creed II tem outro problema: é um filme longo demais, são duas horas e dez minutos, toda aquela parte do filho é arrastaaaada…

O grande lance aqui é a volta de Dolph Lundgren no papel de Ivan Drago. Seria legal vê-lo junto com Stallone – se não existisse a franquia Mercenários – onde, inclusive, os dois têm mais interação do que aqui. Ou seja, o grande atrativo de Creed II é um prato requentado.

Agora, os fãs vão gostar. As lutas são empolgantes e bem filmadas (infelizmente sem um plano sequência como no filme anterior, deve ser pela troca de diretor, agora é o desconhecido Steven Caple Jr.). E Michael B. Jordan mostra mais uma vez que é uma grande estrela.

O elenco tem um problema. Dolph Lundgren não é um grande ator, mas pelo menos é carismático. Florian Munteanu, que interpreta seu filho, não é um bom ator, e tem carisma zero. Também no elenco, Tessa Thompson, Milo Ventimiglia, Phylicia Rashad e uma ponta que os fãs da franquia vão gostar..

Recomendado apenas para os fãs da franquia. Que são muitos, não duvido que em breve tenhamos um Rocky IX – quer dizer, Creed III.