Ave, César!

Crítica – Ave César

Sinopse (imdb): Um executivo de Hollywood nos anos 50, especializado em resolver problemas, trabalha para manter as estrelas do estúdio na linha.

Perdi esse filme dos irmãos Coen quando passou no cinema, hora de colocar em dia.

Em Ave, César! (Hail, Caesar!, no original), Ethan e Joel Coen fazem uma homenagem ao cinema clássico dos anos 50. Enquanto rola uma trama de sequestro, vemos bastidores de produções de estilos diferentes.

À primeira vista, parece que tem personagens demais e subtramas demais. Realmente, o elenco tem muitos bons nomes – Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Channing Tatum, Frances McDormand, Jonah Hill, Christopher Lambert, Clancy Brown, Fisher Stevens e Michael Gambon, entre outros. Claro que alguns viram coadjuvantes de luxo.

Mas como reclamar de participações que homenageiam o cinema? A primeira vez que vemos alguns dos personagens é quando vemos bastidores de filmagens. Alden Ehrenreich está filmando um faroeste daqueles onde o mocinho se veste de branco e cavalga um cavalo branco; Scarlett Johansson, um número de balé aquático; Chaning Tatum, um musical com direito a sapateado. Preciso dizer: só este número musical do Chaning Tatum já vale o ingresso!

Mas, no fim, achei o resultado meio vazio. Leve, divertido, mas um filme “menor” na rica filmografia dos irmãos Coen.

Nem Tudo É O Que Parece

Crítica – Nem Tudo É O Que Parece

Quando gosto de um filme de um diretor que não conhecia, guardo o nome dele. Se gosto de um segundo filme, pesquiso o que mais o cara fez. Depois de Kick-Ass e X-Men: Primeira Classe, tive vontade de procurar este Nem Tudo É O Que Parece, filme de estreia do diretor Mathew Vaughn.

Um bem sucedido traficante de cocaína, que trabalha como um sério homem de negócios, planeja se aposentar. Mas antes ainda precisa fazer dois trabalhos para o chefão local. Durante a execução destes trabalhos, conhecemos as várias “camadas de bolo” (“layer cake”) do crime organizado.

Só depois de ver o filme é que descobri que Mathew Vaughn foi o produtor dos primeiros filmes de Guy Ritchie, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch. Originalmente, Ritchie também dirigiria Nem Tudo É O Que Parece, mas por ter assumido outros compromissos, teve que largar o projeto. Vaughn assumiu a cadeira de diretor e fez um excelente trabalho.

Nem Tudo É O Que Parece (Layer Cake, no original) pode não ser o filme mais original do mundo – parece uma mistura de Tarantino, Scorsese e o já citado Ritchie. Mas é bem melhor que os genéricos de ação que infestam Hollywood, e foi uma bela estreia para Vaughn – tanto que hoje, oito anos depois, o cara já faz parte do primeiro time de diretores.

Baseado no livro de J.J. Connolly, também autor do roteiro, Nem Tudo É O Que Parece mostra uma envolvente trama não linear com vários bons personagens e algumas sequências muito boas, como o espancamento ao som de Duran Duran ou a sedução de Sienna Miller ao som de Rolling Stones.

O papel principal é de Daniel Craig, hoje badaladíssimo por ser o atual James Bond, além de filmes como Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres e Cowboys & Aliens. Na época Craig ainda um nome menos conhecido, assim como Tom Hardy, que estava em A Origem e será o vilão do próximo Batman. Ainda no elenco, Sienna Miller, Colm Meaney, Michael Gambon, George Harris, Dexter Fletcher e Jason Flemyng.

Nem Tudo É O Que Parece não é muito conhecido hoje em dia. Mas vale procurar, para aqueles que ainda não viram.

Agora preciso ver Stardust – O Mistério da Estrela, aí fecho a (ainda) curta filmografia de Mathew Vaughn.

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