Weird – The Al Yankovic Story

Crítica – Weird – The Al Yankovic Story

Sinopse (imdb): Explora todas as facetas da vida de Yankovic, desde sua ascensão meteórica à fama com sucessos iniciais como ‘Eat It’ e ‘Like a Surgeon’ até seus tórridos casos amorosos de celebridades e estilo de vida notoriamente depravado.

Recentemente a gente tem tido várias boas cinebiografias musicais. Será que tem espaço para uma cinebiografia de um nome menos conhecido, como Weird Al Yankovic?

Antes do filme, um breve comentário sobre quem é Weird Al Yankovic – pelo menos pra mim. Nos anos 80, heu curtia muito Eat It, uma versão de Beat It, que tinha piadas tanto na letra quanto no videoclipe (duas mãos no frango, gordo entalado no bueiro). Na mesma época, tinha outra, Like a Surgeon, versão de Like a Virgin, onde o Weird Al ficava imitando as caras e bocas da Madonna – ela estava numa gôndola em Veneza enquanto ele estava numa maca de hospital. Achava isso muito divertido, mas não me lembro de outras músicas dele chegando por aqui – nem em áudio, nem em vídeo. No início dos anos 90 lembro de ter ouvido Smells Like Nirvana, e isso foi tudo o que conheci do Weird Al. Parece que lá nos EUA ele faz mais sucesso, mas aqui não foi muito além disso.

Agora vamos ao filme… Que não é exatamente uma cinebiografia, e sim uma “cinebiografia paródia”. Quando a gente vê um Bohemian Rhapsody ou um Rocketman, a gente se pergunta se aquilo realmente aconteceu daquele jeito ou se mudaram algo em prol da narrativa cinematográfica. Agora, quando a gente vê Weird – The Al Yankovic Story, a gente se pergunta se algo do filme é real ou se tudo foi inventado!

Preciso confessar que essa fuga total da realidade me atrapalhou. A cada evento que aparecia na tela, ficava na dúvida sobre se era real ou não, e isso me impediu de curtir o filme. Porque alguns são realmente absurdos e é claro que não são reais (como toda a parte do Pablo Escobar), mas tem muita coisa ali que poderia ser verdade.

Mas, vamos à análise do filme. A ideia surgiu em 2010, quando o site Funny or Die criou um trailer fake de uma cinebiografia do Weird Al Yankovic, dirigido por Eric Appel e com Aaron Paul, Olivia Wilde, Mary Steenburgen e Patton Oswalt no elenco. Anos se passaram, e o mesmo diretor Eric Appel traz o longa, escrito a quatro mãos por ele e pelo próprio Weird Al.

O papel principal ficou com Daniel Radcliffe, que faz um bom trabalho como o Weird Al – ele aprendeu a tocar acordeon para fazer o filme, mas não canta, a voz nas músicas é a do próprio Weird Al. Sempre tive a impressão do Weird Al original ser um cara alto, e Radcliffe aparenta ser o menor do elenco (fui ver no google, Weird Al tem 1,83 e Radcliffe tem 1,65). Isso seria um problema se o filme fosse sério, mas deve ter entrado nas piadas.

Aproveito pra falar do elenco principal. Além de Radcliffe, dois personagens merecem ser citados: o Dr. Demento do Rainn Wilson e a Madonna da Evan Rachel Wood. Nunca tinha ouvido falar de Dr Demento, achei o papel caricato mas acho que foi proposital; não gostei da Madonna da Evan Rachel Wood, ainda mais caricata que o Dr Demento, e ela não ficou nem um pouco parecida com a Madonna original.

Weird – The Al Yankovic Story tem algumas boas piadas. Gostei da parte onde ninguém sabe quem é John Deacon. Por outro lado, algumas partes são bem sem graça. E achei muito forçada a parte onde o pai revela que também tocava acordeon.

O filme é cheio de easter eggs de atores e de personagens. Tem uma cena de uma festa onde a gente vê dois membros do Devo, Frank Zappa, Salvador Dali, Andy Warhol, Pee Wee Herman, David Bowie, Wolfman Jack, John Deacon, Divine, Elton John, Elvira, Alice Cooper, Grace Jones e me parece ser a Kate Pierson dos B-52’s. Na parte final vemos Coolio e Prince na plateia, ambos estão descontentes (Coolio não gostou da paródia feita com a música dele; Prince nunca permitiu paródias); e ainda vemos a Cyndi Lauper ao lado do Dr Demento.

Já no elenco… Lin-Manuel Miranda faz o médico da cena inicial; Thomas Lennon faz o vendedor de acordeon. Patton Oswalt, que estava no trailer fake, aparece na plateia do primeiro show. Na festa, Conan O’Brian faz o Andy Warhol, Jack Black faz o Wolfman Jack, e John Deacon é interpretado por David Dastmalchian, o Bolinha de Esquadrão Suicida. Por fim, Weird Al Yankovic faz o produtor musical Tony Scotti.

Weird – The Al Yankovic Story não tem cenas pós créditos, mas rolam umas piadinhas com a música que está tocando. Vale ficar até o fim!

No fim, fica aquela sensação de que se o filme tivesse escolhido um lado – ou a cinebiografia real, ou a galhofa total – o resultado seria melhor. Achei bem decepcionante.

Super

Crítica – Super

Kick-Ass foi uma agradável surpresa, um dos melhores filmes de 2011. E o que Hollywood faz com boas ideias? Repete!

Frank é um cara comum. Mas, quando sua esposa o deixa para ficar com um traficante de drogas, ele resolve virar o “Crimson Bolt”, um super-heroi, mesmo sem ter nenhum super poder.

Super nem é ruim. O problema é a ideia é MUITO parecida com Kick-Ass. Um garoto meio nerd, fã de quadrinhos e com poucos amigos, que resolve virar um super-heroi, mesmo sem ter super poderes… A diferença está no “sidekick”: em vez de Hit Girl, aqui rola a Boltie, boa personagem de Ellen Page. E Super tem outro problema: um cara com o perfil de Frank não ia ser bom em briga de rua, o cara ia apanhar mais do que bater.

Apesar disso tudo, Super é um bom filme – é só a gente esquecer de Kick-Ass. Um dos acertos é o elenco. Rainn Wilson, com sua cara de ultra nerd, é a escolha perfeita para o esquisitão que resolve combater o crime. Ellen Page também está ótima, bonitinha e maluquinha na dose exata. E ainda tem Kevin Bacon, Liv Tyler, Michael Rooker e Nathan Fillion.

O diretor é James Gunn, cria da Troma, e que anos atrás fez o divertido Seres Rastejantes. Aqui ele deixou o ar trash de lado e fez um filme com cara de quadrinhos – em alguns momentos, o visual lembra Scott Pilgrim Contra O Mundo, aparecem até onomatopéias na tela. E a abertura do filme é uma simpática animação no estilo dos quadrinhos que aparecem na trama.

O roteiro, também escrito por Gunn, é eficiente ao alternar estilos – às vezes parece comédia, às vezes ação, às vezes, até drama. E os personagens são interessantes, principalmente os dois principais.

Como falei antes, Super não é ruim. Mas a comparação com Kick-Ass é inevitável. E, na comparação, Super perde.

Ah, e para quem gosta do estilo, li no imdb que tem mais um, Defendor, que faz uma “trilogia” ao lado de Super e Kick-Ass. Vou baixar pra ver qualé.

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Kick-Ass
Scott Pilgrim Contra O Mundo
Terror Firmer