O Brutalista

Crítica – O Brutalista

Sinopse (imdb): Quando o visionário arquiteto László Toth e sua esposa Erzsébet fogem da Europa do pós-guerra em 1947 para reconstruir seu legado e testemunhar o nascimento da América moderna, suas vidas são mudadas por um misterioso e rico cliente.

Tem filmes que, quando acabam, o rascunho do meu texto está pronto dentro da minha cabeça. Vou falar disso, daquilo, comentar sobre aquele problema, fazer aquele elogio… É só colocar no papel e formatar. Agora, tem outros filmes que não tenho ideia nem por onde começar meus comentários. O Brutalista está nesta categoria.

Antes de tudo, uma informação útil, que heu não sabia. Enganado pelo título e pelo cartaz, fui ao cinema ver um “Adrien Brody brutal”. Achei que era um filme violento. Não sabia que “brutalismo” é um estilo de arquitetura. Vou copiar aqui um trecho da wikipedia:

O estilo arquitetônico Brutalismo (também chamado de arquitetura brutalista), que surgiu no início do século XX e alcançou seu auge nas décadas de 1950 a 1970, é conhecido por sua estética ousada e impiedosa, caracterizada pelo uso de concreto bruto e aparente. O nome “Brutalismo” deriva da palavra francesa “brut”, que significa “cru” ou “bruto,” e não se refere à violência, como muitas pessoas podem supor. O concreto é o material central no Brutalismo, e os arquitetos que seguem esse estilo fazem questão de deixar a textura e a superfície do concreto visíveis, muitas vezes sem revestimento ou acabamento adicional. Isso cria uma sensação de honestidade e autenticidade na construção.”

Ou seja, “não se refere à violência”. Não criei expectativas, mas achei que era outro tipo de filme!

Ah, outra informação importante: László Toth é um personagem fictício. É bom deixar isso claro, porque a construção do filme passa a impressão de que ele existiu (principalmente pelo epílogo do filme).

Vamos ao filme. O Brutalista (The Brutalist, no original) acompanha a história de László Toth, arquiteto, judeu, húngaro, que fugiu da Segunda Guerra e foi aos EUA tentar uma vida nova. Se na Europa ele tinha problemas relativos à guerra, ele encontrou outro tipo de problema no seu novo país. Seu primo largou o sobrenome húngaro e se casou com uma americana, mas László quer manter suas raízes. Depois, quando encontra um cara rico que contratá-lo, ele precisa lutar para manter sua obra do jeito que ele idealizou.

A direção é de Brady Corbet, que teve uma carreira modesta como ator (estava no elenco de Melancolia e na versão americana de Funny Games), e que de uns anos pra cá resolveu dirigir. Apesar de ser apenas seu terceiro filme como diretor, Corbet já parece um veterano – O Brutalista é um “filme de gente grande”, uma super produção de época, grandiosa, com cenários e figurinos caprichados, apesar de ter um orçamento relativamente modesto (10 milhões de dólares segundo o imdb).

Vamos falar da pausa? Sim, rola uma pausa de 15 minutos. Isso não é da sala de cinema, está dentro do filme. O Brutalista tem três horas e trinta e quatro minutos, mas são três horas e dezenove de filme. No meio da projeção, aparece uma imagem com um contador marcando o tempo em contagem regressiva. Heu sou super a favor de pausas em filmes longos, acho que todo filme de mais de duas horas deveria ter uma pausa, dá pra ir ao banheiro ou passar na bombonière, é bom pro espectador e também pro cinema, pena que isso não é uma prática comum. Mas, por outro lado, O Brutalista não precisava ter mais de três horas. O filme cansa em alguns momentos. Sou a favor da pausa, mas também sou a favor de filmes mais curtos. Um filme só deveria ser longo se ele realmente precisar!

O Brutalista é dividido em duas parte e um curto epílogo. A divisão entre as partes é nítida, tanto que a pausa acontece entre elas. Agora, achei o epílogo desnecessário. Se László Toth fosse uma pessoa real, ok, justificava mostrá-lo velhinho. Mas, para um personagem fictício, achei que não precisava.

O Brutalista ainda tem outro problema, que é o final. Acontece uma coisa com um personagem, que poderiam ter deixado o personagem pra lá e seguido com a história. Mas não, o filme foca no que aconteceu com esse personagem – pra depois não concluir. Caramba, se a gente seguiu essa história paralela, que pelo menos a gente saiba a conclusão!

O elenco está muito bem. O trio principal, Adrien Brody, Felicity Jones e Guy Pierce, merece as indicações ao Oscar (mas não achei que Brody deveria ter ganhado seu segundo Oscar…). Rolou uma polêmica ligada ao uso de IA nas vozes do casal principal, alguém me disse que era pra ajudar a criar os sotaques húngaros dos personagens, mas me parece mais lógico que seja para melhorá-los enquanto falam em húngaro – é bem mais fácil o cara falar na sua língua imitando um sotaque do que ser fluente em uma língua estrangeira. Tinha gente achando que o Oscar não iria para Brody por causa disso, mas parece que os votantes da Academia não se incomodaram.

Também queria falar dos créditos, tanto os iniciais quanto os finais. São créditos em formatos diferentes do óbvio. Nada de excepcional, mas gostei, justamente por ser algo diferente do que estamos vendo todos os dias.

Alguns amigos meus adoraram O Brutalista, dizendo que seria um dos melhores filmes do ano. E o filme ganhou o Globo de Ouro e foi indicado a dez Oscars. Mas, heu preciso dizer que o filme não me empolgou. Não é um filme ruim, longe disso, é um filme bonito, bem filmado, bem atuado, mas, pelo menos pra mim, apenas mais um filme.

Rogue One: Uma Aventura Star Wars – COM SPOILERS

Rogue One2Crítica – Rogue One: Uma Aventura Star Wars – COM SPOILERS

COM SPOILERS!

A crítica sem spoilers tá aqui. Mas senti vontade de comentar a parte final. Então, este segundo texto não trará nada de novo, nada de opinião crítica ou informações relevantes. Na verdade, será só o depoimento de um fã emocionado.

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Alguns momentos da batalha espacial são sensacionais, como uma pequena nave “hammerhead” empurrando um destróier imperial em cima do outro; ou quando os rebeldes começam a fugir e aparece a nave do Vader fazendo várias naves menores baterem de frente. Esses momentos são empolgantes, mas ainda “dentro do filme”.

Rogue One acaba quando a onda de choque mata o casal na praia, depois que eles conseguiram transmitir os planos. A história do filme acaba ali. O que vemos depois é “fan service”. E, amigos, que fan service sensacional!

Vemos um soldado rebelde pegar um cartão com aqueles mesmo gráficos exibidos no Ep. 4. Depois ele se vê num corredor com a porta emperrada. Na outra ponta do corredor, tudo escuro. E ouvimos a respiração do Darth Vader! Logo, Vader liga o seu sabre, iluminando a cena de vermelho, e sai “passando o rodo” nos soldados rebeldes! Estes poucos segundos talvez sejam a melhor demonstração das habilidades de Darth Vader em toda a saga!

O soldado não sobrevive, mas consegue passar o cartão para outro, e vemos uma nave menor fugindo. Meus amigos, vemos a Tantive IV fugindo! E vemos Vader, segurando seu sabre, e com sua capa esvoaçante no ar. Uma das cenas mais épicas da história do cinema!

Acabou? Nada! Corta pra dentro da Tantive, aqueles mesmos corredores que vimos no filme de 1977. Um soldado abre uma porta para para entregar o cartão para uma pessoa de costas, vestindo branco – a princesa Leia Organa! Que legal, uma pessoa de costas pra simbolizar a Leia! Simbolizar? Nada! Ela se vira, e vemos uma Carrie Fisher digital pra fechar o filme!!!

Obrigado, Gareth Edwards! Obrigado, Disney! Obrigado por este final! Obrigado por me trazer de volta à minha adolescência!

E que venha o Ep. 8!

Rogue One: Uma Aventura Star Wars

Rogue OneCrítica – Rogue One: Uma Aventura Star Wars

SEM SPOILERS!!!

Novo spin-off de Star Wars!

Pouco antes dos acontecimentos de Star Wars ep. 4 – Uma nova Esperança, os rebeldes executam um arriscado plano para roubar os planos da construção de uma nova estação espacial com um poder de fogo capaz de destruir um planeta inteiro: a Estrela da Morte.

A Disney mais uma vez mostra que não jogou dinheiro fora quando comprou a Lucasfilm por pouco mais de 4 bilhões de dólares. Ano passado tivemos o excelente Star Wars ep 7 – O Despertar da Força; como o episódio 8 só virá em 2017, este ano tivemos um spin off pra tapar o buraco. Olha, como o cinema seria melhor se dez por cento dos “spin off tapa-buracos” tivessem a qualidade de Rogue One!

(Um parênteses para falar que não é a primeira vez que temos spin-offs de Star Wars. Lembro que poucos anos depois de O Retorno do Jedi, foi lançado nos cinemas brasileiros o longa Caravana da Coragem, uma sonolenta aventura com Wicket e seus amiguinhos se metendo em um monte de confusões! (Filme bem ruinzinho, tentei rever outro dia, não consegui…)

Antes de entrar no filme, precisamos esclarecer a possível confusão. Ano passado tivemos o episódio 7, e acredito que muita gente vai ao cinema esperando uma continuação daquele filme. Não! Este filme é uma história paralela, que não tem nada a ver com a família Skywalker, e que se passa logo antes do episódio 4. Ou seja, esqueça Rey, Finn, Poe e Kylo Ren, e reveja o filme de 1977!

Dirigido por Gareth Edwards (Monstros, Godzilla), Rogue One: Uma Aventura Star Wars (Rogue One, no original) é tudo aquilo que o fã de Guerra nas Estrelas – sim, o fã da época que nome do filme era “Guerra nas Estrelas” e não “Star Wars” – queria ver. O filme é repleto de pequenos (e alguns grandes) presentes pros fãs. Personagens, cenários, efeitos sonoros, o fã vai sair emocionado do cinema – vi a pré-estreia junto com as pessoas do Conselho Jedi RJ, depois do filme, mais da metade da plateia estava com os olhos vermelhos de choro.

Tive que rever o filme antes de escrever estas palavras – também sou fã, também saí emocionado do cinema. Na segunda vez que vi, pude analisar mais friamente. Divido o filme em 3 partes. A primeira metade, quando temos a apresentação dos novos personagens, é um pouco arrastada. A segunda metade tem um ritmo excelente e está no mesmo nível dos melhores momentos da saga. E o fim, sei lá, os últimos cinco minutos, são para derrubar o fã. O filme pega as emoções do fã, joga num liquidificador, e depois joga de volta na cara do fã. Depois de um final daqueles, é difícil pensar em linha reta!

Justamente por causa deste final é que preferi rever antes de escrever. Quando a gente sai da sala, a adrenalina está a mil e a gente fica obnubilado por aquele final… Agora, analisando com calma, repito: a primeira metade do filme se arrasta – a primeira cena de ação só acontece depois de meia hora de filme! Ok, o espectador precisa de um tempo para conhecer esses personagens, mas não vejo problema em inserir uma cena agitada aqui e outra acolá – só pra fazer uma comparação básica: no Ep. 7, logo na cena inicial vemos o vilão parando um tiro no ar.

Por sorte, quando o filme engrena, vai num fôlego só até o fim. A segunda metade tem um ritmo excelente. E, mais uma vez traçando um paralelo à trilogia clássica, a estrutura da parte final aqui é que nem o que acontece em O Retorno do Jedi: três tramas paralelas, agindo concomitantemente (e, diferente do Ep. 1, a gente entende tudo o que está acontecendo).

Os personagens são muito bem construídos. Entendemos claramente as motivações dos dois principais, Jyn (Felicity Jones) e Cassian (Diego Luna) – apesar de heu ter ouvido críticas  a ambos os atores. Alan Tudyk dá a voz ao robô K-2, uma espécie de mistura de C3PO com o Marvin de Guia do Mochileiro das Galáxias – e um dos melhores personagens. Também gostei da dupla Chirrut (Donnie Yen) e Baze (Wen Jiang). Também no elenco multi-nacional, Mads Mikkelsen, Forest Whitaker, Ben Mendelsohn e Riz Ahmed.

Sobre os efeitos especiais: é claro que os efeitos são top de linha, isso é o mínimo quando se fala em Star Wars. Agora, teve um detalhe que superou as expectativas: um Peter Cushing digital! Cushing interpretou o Grand Moff Tarkin no filme de 77. Quando aparece aqui pela primeira vez, ele está num reflexo no vidro, e pensei “cara, que legal, vão homenagear o Peter Cushing com uma imagem de arquivo”. Aí o cara se vira, e começa a travar longos diálogos! E volta em várias outras cenas!!! Peter Cushing, falecido em 1994, está de volta!!! Acredito que este é, até o momento, o mais importante personagem digital da história do cinema. Só espero que a gente não ache o cgi tosco depois que passar o “prazo de validade”, ou seja, quando revermos o filme dentro de alguns anos.

Falei que Rogue One era repleto de referências ao filme de 77, né? A trilha sonora de Michael Giacchino entra nessa onda. Vários temas clássicos são lembrados ao longo do filme. Parecia até que a trilha era do próprio John Williams!

O texto ficou grande, né? Heu podia continuar, mas chega. Se você leu até aqui é porque é fã de Guerra nas Estrelas. Então, vamos combinar, pare de ler, reveja o Ep. 4 e vá ao cinema (re)ver o Rogue One!

p.s.: Vou fazer um outro post, menor, pra comentar os spoilers. É difícil não falar sobre o fim!

Inferno

InfernoCrítica – Inferno

Com amnésia, Robert Langdon acorda em um hospital na Itália. Com a ajuda de uma médica, ele tem que correr pela Europa contra o relógio para frustrar uma mortal conspiração mundial.

Terceiro filme do personagem Robert Langdon, originário dos livros de Dan Brown. Em 2006 tivemos O Código Da Vinci; em 09 foi a vez de Anjos e Demônios. Agora chegou a vez de Inferno, mais uma vez dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks.

Inferno (idem no original) é um competente blockbuster. Grande elenco, locações na Europa, uma trama movimentada e com reviravoltas no roteiro. Dificilmente alguém vai sair da sala do cinema falando mal.

Mas isso não significa que é um grande filme. É apenas um filme correto. Sabe aquele bolo de pacote? Ele pode ficar bom, é só seguir os ingredientes. Mas não será algo imperdível…

Inferno tem um problema, nada grave, mas que me incomodou um pouco. Como a trama é complexa, tudo é muito explicado, mais de uma vez. Coisa boa pra quem não presta muita atenção. Mas não precisa, né?

“E precisa (re)ver os outros filmes antes?” Não, não precisa. Assim como um James Bond ou um Indiana Jones, os filmes do Robert Langdon são independentes. Pra ser sincero, não me lembro se vi o segundo filme…

No elenco, além de Tom Hanks, Inferno conta com Felicity Jones, Omar Sy, Ben Foster, Irrfan Khan e Ana Ularu.

O bolo até ficou gostoso. Mas é de pacote.

O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro

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Crítica – O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro

E vamos à segunda parte do reboot que ninguém pediu…

Peter Parker adora sua vida de Homem Aranha, balançando entre os prédios de Nova York e passando tempo com sua namorada Gwen Sacy. Mas ser um super heroi tem um preço: ele precisa proteger a população dos super vilões. E quando seu velho amigo Harry Osborn volta, Peter descobre que todos os seus inimigos têm uma coisa em comum: a Oscorp.

No meu texto sobre o filme anterior já falei mal do timing deste reboot, então não serei repetitivo. Não concordo com o reboot tão próximo da trilogia terminada em 2007, mas pelo menos a notícia é boa: O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro é um bom filme.

Mais uma vez dirigido por Mark Webb, o filme traz sequências extremamente bem feitas do Homem Aranha se movimentando pendurado nas teias, sempre pontuadas pelo bom humor dos comentários do personagem. Não sei se diria isso sobre o próprio Homem Aranha, mas pelo menos os efeitos especiais são “espetaculares”.

O roteiro tem falhas, mas traz uma coisa que gostei muito: a coragem de matar um personagem importante, coisa incomum em filmes de super herois. E a cena toda é muito boa, talvez a melhor do filme.

Bom filme, mas longe de ser perfeito. O Espetacular Homem-Aranha 2 sofre problemas sérios de ritmo, e é longo demais – as duas horas e vinte e dois minutos são intermináveis. E, na boa? Não precisava do terceiro vilão no finzinho. Principalmente porque já divulgaram que serão quatro em vez de três filmes.

Também tem o lance da idade do ator. Andrew Garfield está com 30 anos, então, por mais que seja um bom Peter Parker perde credibilidade por estar muito velho para o papel. Afinal, um cara que termina o segundo grau com trinta anos não pode ser chamado de inteligente, certo?

(Dane DeHaan, o Harry Osborn, por outro lado, tem 27 mas tem cara de moleque. Esse funciona para o papel, apesar de ser mais velho. Além disso, mostra que é um bom ator.)

Dois comentários sobre o elenco: achei um desperdício usar o talento de um cara como o Jamie Foxx para aparecer em três ou quatro cenas rápidas e depois transformá-lo em cgi. Electro é um bom vilão, mas não exige nada do ator. E colocar um ator do calibre do Paul Giamatti naquela cena inicial foi um grande spoiler. Claro que ele voltaria!

(Só heu achei que os vilões parecem reciclados de outros filmes? Electro parece o Dr. Manhattan de Watchmen; o Duende Verde é a cara do Evil Ed de A Hora do Espanto…)

Emma Stone e Sally Field estão bem, de volta aos seus papeis do filme anterior. Ainda no elenco, Felicity Jones, Colm Feore e Marton Csokas. E, claro, tem uma ponta do Stan Lee.

Ah, o 3D. Sempre falo que o único tipo de 3D que vale a pena é o que usa o “fator parque de diversões”, aquele que joga objetos em direção à tela. Bem, O Espetacular Homem-Aranha 2 tem algumas cenas assim. A cena da teia sendo arremessada em câmera lenta na queda livre ficou bem legal. Mas, mesmo assim, não acho que vale pagar mais caro só por isso.

Por fim, a cena depois dos créditos é boa, mas não tem nada a ver com o filme. É apenas um trailer do próximo X-Men. Admito que achei decepcionante.

p.s.: Este texto foi escrito meses atrás, mas estava perdido nos rascunhos do site. Peço desculpas pelo atraso!