Deadpool & Wolverine

Crítica – Deadpool & Wolverine

Sinopse (imdb): Wolverine está se recuperando de seus ferimentos quando cruza o caminho do tagarela Deadpool. Eles se unem para derrotar um inimigo em comum.

Antes de tudo, um aviso: fuja de spoilers! Este texto é spoiler free.

Heu reconheço que o estilo deste filme me conquista com facilidade. Humor negro e politicamente incorreto, muitas referências e muita metalinguagem. Ou seja, adorei. Mas não sei se minha opinião é 100% confiável neste aspecto em particular…

Os outros dois filmes do Deadpool eram da Fox. Este é o primeiro dentro da Marvel / Disney. A grande dúvida era se a mudança de estúdio suavizaria o filme. Felizmente não aconteceu, e o filme mostra isso logo de cara. A sequência dos créditos iniciais tem mais sangue do que todo o resto do MCU somado.

O Deadpool do Ryan Reynolds continua o mesmo, sacaneando tudo e todos, o tempo todo. E trazer o Hugh Jackman como um Wolverine mal humorado ajudou a equilibrar a galhofa do filme.

A direção é de Shawn Levy, que deve ser um bom amigo do Ryan Reynolds (que aqui além de protagonista também está creditado como um dos roteiristas). Levy dirigiu dois filmes recentes com Reynolds, Free Guy e O Projeto Adam.

Deadpool & Wolverine tem MUITAS referências. Heu não peguei todas, porque são referências a outros filmes e também a quadrinhos. E na parte da metalinguagem, o Deadpool passa o filme todo sacaneando a Fox, a Marvel e a Disney. É até estranho a gente ver que a Disney liberou um filme tão incorreto assim.

Tinha gente achando que este Deadpool & Wolverine “consertaria” o universo Marvel, mas este não foi o foco. E achei que acertaram o caminho, porque em vez de se preocupar em inserir o personagem dentro do contexto do MCU, o que vemos são piadas usando todo o universo Marvel, incluindo filmes de fora do universo cinematográfico da Marvel.

Temos algumas lutas entre os dois protagonistas, todas são boas. Agora, rolam duas lutas envolvendo vários personagens, e tenho opiniões opostas com relação a elas. A primeira é confusa, câmera tremida, vários personagens espalhados, não conseguimos entender nada do que está acontecendo. Por outro lado, a outra luta é em câmera lenta, com poucos cortes, a câmera deslizando suavemente para o lado, acompanhando as coreografias. Estranho dois estilos tão diferentes dentro do mesmo filme.

Os efeitos especiais são perfeitos. E preciso dizer que gostei muito do efeito quando um personagem entra na cabeça de outros, e vemos os dedos passeando por dentro da cabeça. E também preciso falar da trilha sonora, repleta de músicas pop conhecidas, todas muito bem usadas.

No elenco, já falei, os dois protagonistas são perfeitos. Ryan Reynolds foi um Deadpool todo errado no filme X-Men Origens: Wolverine, e é um raro “case de sucesso” de ator que reinventou o personagem nos filmes “solo” do personagem. E rolam várias piadas pela Internet sobre o Hugh Jackman como Wolverine, porque já tiveram vários atores como Batman, como Superman, como Homem Aranha, mas Wolverine sempre foi o Jackman – há mais de vinte anos! E confesso que achei ótima a vilã de Emma Corrin.

(Claro, tem mais gente, mas é spoiler!)

E não posso deixar de citar o cachorro Dogpool. Que cachorro feio! Acho que nunca vi um cachorro tão feio!

Por fim, fiquem até o fim dos créditos. Durante os créditos rolam cenas de bastidores de filmes da Marvel, e lá no finzinho tem uma piadinha.

O Projeto Adam

Crítica – O Projeto Adam

Sinopse (imdb): Um piloto que viaja no tempo junta-se a seu eu mais jovem e a seu falecido pai para chegar a um acordo com seu passado e salvar o futuro.

Ano passado a parceria entre Ryan Reynolds e o diretor Shawn Levy gerou um bom filme, Free Guy. Resolveram repetir a parceira no novo lançamento da Netflix.

O Projeto Adam (The Adam Project, no original) é um bom filme família, uma aventura com toques de ficção científica e cara de filmes dos anos 80. Claro, tem suas inconsistências, mas quem embarcar na proposta vai se divertir.

O melhor de O Projeto Adam é a interação entre os dois Adams. Ryan Reynolds faz o de sempre, o engraçadinho irônico que ele se especializou de um tempo pra cá. Se por um lado não tem nada de novo, por outro lado ele faz isso muito bem. E o garoto Walker Scobell é ótimo, e a dupla funciona muito bem junta.

No resto do elenco, ninguém chama a atenção, mas são atores carismáticos, que agradam mesmo fazendo o feijão com arroz – como Zoe Saldana e Jennifer Garner, que são muito secundárias e infelizmente pouco aparecem. Já Mark Ruffalo tem um pouco mais de tempo de tela. Catherine Keener faz a vilã, e o que chama a atenção é que temos duas versões dela uma delas rejuvenescida digitalmente. O que era novidade poucos anos atrás já é algo corriqueiro.

Assim como Free Guy, O Projeto Adam tem referências à cultura pop. Algumas são discretas, como a perseguição na floresta que lembra muito O Retorno do Jedi, outras são explícitas, como a arma que parece um sabre de luz (o pequeno Adam inclusive chama de sabre de luz). Ah, a caixa onde o Mark Ruffalo guarda as bolas e luvas tem um adesivo do Hulk e outro do Deadpool. E a minha cena favorita é quando o garoto pega e usa o “sabre de luz”, cena que inclusive cita o “super hero landing” de Deadpool.

Li críticas sobre os efeitos especiais, mas não teve nenhum que me incomodou.

Claro, nem tudo é perfeito. O roteiro é cheio de conveniências e algumas coisas sem lógica – tipo se o guarda fica invisível até se aproximar, por que não ficar invisível por mais um ou dois segundos? Só pra dar tempo de reação? Além disso, por duas vezes o protagonista está em uma situação sem saída e ele é ajudado por uma solução deus ex machina.

Mas, como falei, quem embarcar na proposta vai se divertir.

Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

Uma-Noite-no-Museu-3Crítica – Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

Ninguém pediu, mas, olha lá fizeram mais um Uma Noite no Museu

Para salvar a tábua de Ahkmenrah, Larry precisa levá-la até o British Museum em Londres.

A série Uma Noite no Museu não é ruim. São filmes leves e com cara de sessão da tarde, com algumas piadas boas, e outras nem tanto. O problema é que a ideia original era divertida, mas não pedia continuações. Porque fica tudo previsível, algumas piadas acabam se repetindo…

Dirigido pelo mesmo Shawn Levy (dos outros dois filmes da série), Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba (Night at the Museum: Secret of the Tomb, no original) é aquilo mesmo que o espectador está esperando. Mas o cara que se propuser a ir ao cinema para ver a parte 3 de uma franquia destas sabe o tipo de piada que o espera, e sabe que vai ver algumas delas repetidas.

Pra não dizer que Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba só tem piadas repetidas e previsíveis, tem pelo menos duas sequências “novas” muito boas: rola uma perseguição sensacional dentro de um quadro do Escher, e a piada do Wolverine foi hilária!

Sobre o elenco: parece que Robin Williams já tinha filmado toda a sua parte (o ator faleceu alguns meses antes do filme ficar pronto), o seu Teddy Roosevelt tem grande participação ao longo de todo o filme. A outra nota triste: também foi o último filme do veterano Mickey Rooney. Ben Stiller, Owen Wilson, Steve Coogan e Ricky Gervais voltam aos seus papeis, e o elenco ainda ganha os nomes de Ben Kingsley, Rebel Wilson, e Dan Stevens como sir Lancelot, além de pontas de Hugh Jackman e Alice Eve.

Enfim, Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba não vai mudar a vida de ninguém, mas proporcionará uma hora e meia de um divertimento honesto àqueles que se aventurarem.

p.s.: Mais alguém achou que o Laa, interpretado pelo Ben Stiller, ficou a cara do Tom Cruise? 🙂

Gigantes de Aço

Crítica – Gigantes de Aço

Uma produção de Steven Spielberg com robôs lutando boxe – não tem muito como dar errado, né?

Num futuro próximo, lutas de boxe são praticadas por robôs. Charlie Kenton, um ex-boxeador falido, vive procurando robôs velhos para tentar voltar às lutas. Agora ele descobriu que sua ex faleceu, e ele tem que cuidar de Max, o filho de 11 anos com quem nunca teve contato.

Na verdade, Gigantes de Aço peca por ser certinho demais. Tudo aqui é extremamente previsível. Não tem muita graça assistir uma luta quando a gente adivinha o fim… Pelo menos o filme é muito bem feito. O diretor Shawn Levy (Uma Noite no Museu, Uma Noite Fora de Série) seguiu diretinho a “receita de bolo” e entregou um filme onde tudo funciona corretamente.

Também preciso falar da parte técnica. Diferente da série Transformers, onde pouco conseguimos ver das confusas brigas entre robôs, aqui é tudo claro e cuidadosamente bem feito. As lutas são muito boas.

O elenco está bem. Hugh Jackman é um grande ator, seu Charlie Kenton não tem “cara de Wolverine”. O menino Dakota Goyo às vezes irrita um pouco, mas foi uma escolha bem melhor do que um Jaden Smith ou um Jake Lloyd. Evangeline Lilly tem um papel menor, achei uma boa opção não focar o filme no relacionamento dela com Jackman, e sim deste com seu filho. Ainda no elenco, Hope Davis, Kevin Durand, Anthony Mackie e Olga Fonda.

Mas aí vem o roteiro requentado. Parece uma “mistura Stallone”: um filme da série Rocky com muito de Falcão – O Campeão dos Campeões (por causa da morte da ex, o protagonista ganha a guarda de um filho com o qual não tem muito contato, e volta a uma competição da qual estava afastado). Até a interessante estratégia “mohamed-aliana” usada na luta final é reciclada, o mesmo acontece em Rocky III, com Apollo gritando igual ao menino Max.

Bem, como falei lá em cima, pelo menos o filme é bem feito, e dificilmente vai decepcionar o seu público alvo. Mas, se a história fosse menos previsível, ninguém ia reclamar…

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