Um Dia Para Viver

Um dia para viverUm Dia Para Viver

Sinopse (filmeb): Um assassino tem 24 horas para realizar uma missão e se redimir quando ganha uma segunda chance de seu empregador que o traz de volta à vida temporariamente, logo após ter sido morto no trabalho.

Dá pra desconfiar da divulgação de certos filmes. O cartaz de Um Dia Para Viver (24 Hours to Live, no original) fala “dos mesmos produtores de John Wick“. E quem são esses produtores? Isso é garantia de algo?

A direção é do cara de sobrenome impronunciável Brian Smrz. Fui ver o imdb do cara, taí mais uma semelhança com John Wick: Smrz também tem background como dublê. Infelizmente o resultado ficou bem abaixo dos filmes dos colegas ex dublês David Leitch e Chad Stahelski (John Wick, Atômica, Deadpool 2). Um Dia Para Viver é apenas um filme de ação genérico e esquecível. Bem, se podemos dizer uma coisa boa é que temos algumas sequências de ação bem filmadas, pelo menos isso.

Tudo é meio vagabundo, partindo da premissa básica de se trazer uma pessoa de volta à vida só para fazer uma pergunta – e deixar o cara escapar da maneira mais besta possível. E, na boa, ele nunca teria um relógio com contagem regressiva implantado no braço. E, na boa de novo, nenhum procedimento médico conseguiria a precisão de exatas vinte e quatro horas. Posso continuar com mais alguns “e na boa”, mas não precisa, né?

Assim, Um Dia Para Viver segue. Clichê atrás de clichê, tudo muito previsível. Ethan Hawke é um cara maneiro, mas não tem como salvar um filme desses. E Rutger Hauer aparece pouco, não vale ver o filme só por ele.

Resumindo, um filme genérico. Vai distrair apenas quem não for exigente.

No Olho do Furacão

No Olho Do FuracãoCrítica – No Olho do Furacão

Sinopse (imdb): Ladrões tentam um grande assalto contra o Tesouro dos EUA quando um furacão de categoria 5 se aproxima de uma de suas instalações da Casa da Moeda.

A premissa nem era ruim – um filme de assalto misturado com cinema catástrofe. Só que a execução de No Olho do Furacão (The Hurricane Heist, no original) é tão capenga que põe tudo a perder.

Dirigido por Rob Cohen (que dirigiu o primeiro Velozes e Furiosos e o primeiro Triplo X), No Olho do Furacão é cheio de problemas. Acho que o pior é o roteiro, repleto de soluções preguiçosas – em mais de um momento o furacão é seletivo e só atinge os antagonistas, enquanto os protagonistas ficam na boa.

Outro problema está nos efeitos especiais. Um filme catástrofe precisa de efeitos convincentes, e o cgi aqui é bem fraco. E não é só isso: o furacão é violento, mas na calmaria dentro do olho parece que não passou nenhum vento.

Nomes vindos da televisão lideram o elenco, que funciona para o que o filme pede: Maggie Grace (Lost, Californication), Toby Kebbel (Black Mirror) e Ryan Kwanten (True Blood). Ralph Ineson (A Bruxa) faz o vilão caricato.

Enfim, dispensável.

Deadpool 2

Deadpool2Crítica – Deadpool 2

Sinopse (imdb): O mercenário mutante boca suja Wade Wilson (AKA. Deadpool) reúne uma equipe de companheiros mutantes para proteger um jovem de habilidades sobrenaturais do brutal mutante viajante no tempo, Cable.

Quem mais estava aguardando outro filme do super herói mais zoador de todos?

Não escondo de ninguém que gostei muito do primeiro Deadpool, Gosto do conceito de um personagem politicamente incorreto, que sacaneia tudo e todos em volta, num filme cheio de referências à cultura pop. Só isso já é o suficiente pra me fazer querer ver o filme.

Pra vocês verem o quanto o filme é zoado, o imdb colocou uma “sinopse oficial” escrita pela própria Fox: “Depois de sobreviver a um ataque bovino quase fatal, um chef de lanchonete desfigurado (Wade Wilson) se esforça para realizar o sonho de se tornar o bartender mais quente de Mayberry, enquanto aprende a lidar com seu senso de paladar perdido. Buscando recuperar sua especiaria para a vida, bem como um capacitor de fluxo, Wade precisa lutar contra os ninjas, a Yakuza e um bando de caninos sexualmente agressivos, enquanto viaja pelo mundo para descobrir a importância da família, amizade e sabor. um novo gosto pela aventura e ganhar o cobiçado título de melhor amante do mundo.” Sim, isso está no imdb!

Como aconteceu no primeiro filme, Deadpool 2 (idem no original) segue esta onda. Alem de ter mais violência e sangue do que outros filmes de super heróis, temos muitas referências a outros filmes e elementos da cultura pop, e muito humor escrachado, incluindo humor grosseiro e ofensivo – a cena que cita Instinto Selvagem me lembrou Borat, no limite entre o muito engraçado e o muito grotesco. E, assim como no primeiro filme, também temos muita metalinguagem e quebras de quarta parede.

A quantidade de referências à cultura pop aqui é enorme. O filme não perdoa ninguém, cita personagens da Marvel e da DC, faz zoações em cima da carreira do próprio protagonista, cita filmes novos, filmes velhos, quadrinhos… Não chega ao nível de Jogador Nº 1, mas mesmo assim dava vontade de pausar o filme pra digerir tudo. Com certeza verei de novo.

A direção mudou, e quem assumiu foi David Leich, responsável por Atômica, um dos melhores filmes do ano passado. Atômica é um filme sério, com um excepcional trabalho de dublês. Leitch mostrou versatilidade, Deadpool 2 não mostra nem uma pequena fração daquela sisudez.

E assim o filme segue. Ritmo desenfreadao, piada atrás de piada, referência atrás de referência. Além disso, uma boa trilha sonora com músicas fora do óbvio e efeitos especiais bons o suficiente para o que o filme pede. Prato cheio pra quem gosta do gênero.

No elenco, Ryan Reynolds mostra que, assim como Hugh Jackman é “o” Wolverine, ele é “o” Deadpool. O cara está excelente, fica impossível imaginar outro ator no papel. Josh Brolin, ainda em cartaz como Thanos, também está ótimo. Morena Baccarin, Brianna Hildebrand e T.J. Miller voltam aos seus papéis, e ainda temos rápidas participações de Terry Crews, Bill Skarsgård e Brad Pitt – este último, numa cena tão rápida que quem piscar o olho perde. Zazie Beetz é o novo nome no elenco principal.

Por fim, claro, temos cenas pós créditos. Como no filme anterior, cenas engraçadíssimas, Pará entrar em listas de melhores cenas pós créditos da história.

Muito se fala das negociações entre o Marvel Studios e a Fox, sobre uma possível compra dos personagens – seria um jeito de trazer os X-Men e o Quarteto Fantástico para o MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Torço para que se um dia isso acontecer, que deixem o Deadpool de fora. Um herói assim nunca se encaixaria no MCU!

Desejo de Matar (2018)

Desejo de MatarCrítica – Desejo de Matar (2018)

Sinopse (imdb): Dr. Paul Kersey é um cirurgião experiente, um homem que passou sua vida salvando vidas. Depois de um ataque à sua família, Paul embarca em sua própria missão por justiça.

Uma das mais famosas franquias de vingança da história do cinema é Desejo de Matar original, que teve cinco filmes entre 1974 e 94, todos estrelados por Charles Bronson. Mas seu conceito básico perde força nos atuais dias politicamente corretos, com a grande discussão sobre os direitos humanos.

Mesmo sabendo que provavelmente a ideia não ia funcionar, heu tinha uma boa expectativa pelo filme, pelo trio ator (Bruce Willis) / roteirista (Joe Carnaham) / diretor (Eli Roth). Bruce Willis é Bruce Willis, não precisa de apresentação. Joe Carnaham escreveu e dirigiu a versão para cinema de Esquadrão Classe A. E Eli Roth ficou famoso com O Albergue, e também dirigiu Cabin Fever, Bata Antes de Entrar e Canibais. Taí, quero ver um projeto reunindo estes três nomes.

A premissa abria espaço para a discussão sobre prós e contras do vigilantismo e do controle de armas, mas o filme não se aprofunda nisso. Temos algumas coisas interessantes, como a visita à loja de armas, ou o protagonista aprender a usar armas através de vídeos no youtube, e também acompanhamos trechos de debates em rádios. Mas o filme não vai por esse caminho. Desejo de Matar só funciona se for encarado como “apenas mais um filme de ação”.

(Pelo menos uma cena é bem legal: quando a tela é dividida e, ao som de AC/DC, o protagonista aprende a usar armas enquanto trabalha como médico.)

No elenco, além de Bruce Willis, Desejo de Matar conta com Vincent D’Onofrio, Elizabeth Shue, Camila Morrone, Dean Norris e Kimberly Elise. Ah, e Desejo de Matar não é terror, mas, tendo Eli Roth na direção, o filme tem espaço pra um pouco de gore.

Enfim, como disse lá em cima, apenas mais um filme de ação genérico.

p.s.: Por uma coincidência dos títulos brasileiros, vai ter gente confundindo as franquias, e vai achar que este é um novo Duro de Matar…

Gringo: Vivo ou Morto

GringoCrítica – Gringo: Vivo ou Morto

Sinopse (imdb): Uma comédia sombria misturada com uma ação jocosa e uma intriga dramática, explora a batalha da sobrevivência do empresário Harold Soyinka, quando ele se vê cruzando a linha do cidadão cumpridor da lei para o criminoso procurado.

O elenco chama a atenção. Será que o filme faz jus aos bons atores?

Gringo: Vivo ou Morto (Gringo, no original) é uma daquelas comédias de ação com vários personagens, alguns núcleos diferentes e algumas reviravoltas no roteiro. Isso pode gerar um bom filme – desde que bem escrito e bem conduzido.

O diretor é Nash Edgerton, irmão do protagonista. Não sei se a culpa foi dele, ou do roteiro, ou, mais provável, de ambos, mas o problema é que temos um filme que não engrena.

Gringo: Vivo ou Morto vale pelo elenco. Charlize Theron está ótima como a fria executiva, a gente vê que ela não vale nada, e mesmo assim somos seduzidos por ela. Sharlto Copley também está bem, como sempre, mas seu papel é pequeno. Joel Edgerton e David Oyelowo estão apenas ok. Amanda Seyfried tem um papel meio besta, mas a culpa é do roteiro. Thandie Newton também sofre com um papel muito secundário. Ah, o executivo seduzido pela Charlize é Alan Ruck, o amigo do Ferris Bueller! Ainda no elenco, Harry Treadaway, Paris Jackson, Carlos Corona e Yul Vazquez.

Gringo: Vivo ou Morto não é ruim mas, no fim, fica aquela sensação que podia ter sido bem melhor…

Vingadores: Guerra Infinita – COM SPOILERS!

Vingadores Guerra Infinita 2Vingadores: Guerra Infinita – COM SPOILERS!

A crítica convencional está aqui. Este segundo texto é porque quero comentar coisas spoilerentas, e não quero estragar o programa de ninguém.

Então, vamos aos avisos de spoilers!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que Vingadores: Guerra Infinita é um filme corajoso. Muito se fala da mania ruim de não se matar personagens em filmes de super heróis. Claro, o personagem tem que voltar para a(s) continuação(ões). Isso gera uma previsibilidade chata.

Felizmente Vingadores: Guerra Infinita tomou outro caminho. Logo na primeira cena, temos a morte de dois personagens importantes, Heimdal e Loki. Sou fã do Loki, e mesmo assim bato palmas pela decisão de sacrificar um personagem para a história seguir em frente.

Essas não são as únicas mortes de personagens importantes, ainda tem a Gamora e o Visão. Esses são eventos dentro da narrativa do filme.

E aí temos aquele fim que deixou os fãs com o coração na boca, com a morte de vários heróis. Sobre isso, tenho dois comentários, um passional, outro racional. O passional é que fiquei muito triste pelo Groot, meu personagem favorito.

Agora, analisando friamente, por todo o plano da Marvel nos últimos dez anos, a gente podia acreditar que isso podia ser pra renovar o elenco. Mas isso se tivessem morrido outros personagens! Já tivemos o Homem de Ferro em oito filmes, e o Capitão América e o Thor em seis cada um. Mas eles ficaram vivos, enquanto personagens mais recentes no MCU se foram – como Pantera Negra e Homem Aranha (três filmes) e Doutor Estranho (dois filmes).

Como mataram os personagens “errados”, isso é quase uma certeza que os personagens vão voltar – e aí questiono aquele “corajoso” que falei no início início do texto. Não vou falar mal antes de ver o filme novo, mas posso dizer que isso desanimou um pouco. Vingadores: Guerra Infinita continua excelente, um dos melhores filmes de super heróis de todos os tempos – mas tô com o pé atrás para a continuação. Espero ser surpreendido positivamente…

Ah, só mais um comentário: o Thor é “o cara”!

Vingadores: Guerra Infinita (sem spoilers)

Vingadores Guerra InfinitaVingadores: Guerra Infinita (sem spoilers)

Sinopse (imdb): Os Vingadores e seus aliados devem estar dispostos a sacrificar tudo em uma tentativa de derrotar o poderoso Thanos, antes que sua explosão de devastação e ruína ponha fim ao universo.

E a Marvel conseguiu!!!

Vamos a um pequeno resumo para aqueles que estiveram desligados do mundo nos últimos anos. Dez anos atrás, em 2008, a Marvel lançou o primeiro Homem de Ferro, que tinha uma cena pós créditos onde aparecia o Samuel L. Jackson falando da “Iniciativa Vingadores”. A partir daí, tivemos 18 filmes, independentes entre si, mas todos inseridos no mesmo universo cinematográfico. E agora, dez anos depois, temos o início do desfecho da primeira parte deste universo – juntando (quase) todos os personagens até agora.

O plano da Marvel é algo tão impressionante que certamente virará “case” de sucesso a ser estudado no futuro. Vale lembrar que, dez anos atrás, as “marcas” Homem de Ferro e Capitão América eram muito inferiores a Batman e Superman, seus correspondentes na rival DC. Nunca acompanhei esta rivalidade nos quadrinhos, mas posso afirmar que, no audiovisual, a DC estava bem à frente, com as reprises do Batman barrigudo dos anos 60, o desenho animado da Liga da Justiça e os filmes do Superman com o Christopher Reeve. Hoje já não dá pra saber, mas aparentemente os personagens da Marvel valem mais que os da DC.

Isso falando do universo “cultura pop”. Porque, no cinema, A Marvel está léguas à frente. E Vingadores: Guerra Infinita comprova isso.

Vamos ao filme? Dirigido pelos mesmos irmãos Russo de Soldado Invernal e Guerra CivilVingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, no original) consegue algo difícil: supera as expectativas – que já eram altas. Sim, caros leitores, este é possivelmente o melhor de todos os filmes da Marvel até hoje. Quiçá o melhor filme de super heróis já feito!

Vingadores: Guerra Infinita tem um roteiro muito bem escrito. O filme é tenso, e, ao mesmo tempo, muito engraçado. Temos vários personagens “principais”, e o filme consegue dosar bem a importância e o tempo de tela de cada um – e ainda tem espaço para conhecermos um personagem novo. Cada personagem visto antes individualmente consegue manter sua identidade, e a reunião de vários heróis não soou forçada. A trama se divide em várias frentes, e nenhuma é menos interessante que as outras. E todas as lutas são criativas.

A parte técnica é um absurdo, como era de se esperar. O cgi do vilão Thanos é de cair o queixo (com trocadilho, por favor). O filme é colorido, vários mundos exóticos são bem retratados. A trilha sonora de Alan Silvestri consegue pegar a essência de cada herói.

O elenco traz quase todo mundo de volta – só o Gavião Arqueiro e o Homem Formiga não aparecem. Vingadores: Guerra Infinita conta com Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Don Cheadle, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Chadwick Boseman, Zoe Saldana, Karen Gillan, Tom Hiddleston, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Anthony Mackie, Sebastian Stan, Idris Elba, Danai Gurira, Benedict Wong, Pom Klementieff, Dave Bautista, Gwyneth Paltrow, Benicio Del Toro, Josh Brolin, Chris Pratt, William Hurt, Vin Diesel, Bradley Cooper e Peter Dinklage, além, claro, da ponta de Stan Lee.

É complicado falar mais de Vingadores: Guerra Infinita sem entrar em spoilers, por isso vou escrever outro texto com spoilers liberados. Mas fica aqui o meu parabéns aos estúdios Marvel, que mostraram como fazer um universo cinematográfico de qualidade. E, claro, a recomendação: vá ao cinema!

Wolf Warrior 2 / Zhan lang II

Wolf WarriorCrítica – Wolf Warrior 2 / Zhan lang II

Sinopse (imdb): O agente de forças especiais mais letal da China passa a viver uma vida tranquila no mar. Quando mercenários sádicos começam a atacar civis próximos, ele deve deixar sua nova paz para trás e retornar às suas obrigações como soldado e protetor.

Outro dia li uma lista das maiores bilheterias de 2017, e vi este Wolf Warrior 2 em sétimo lugar. Ei, péra aí, como assim heu nunca tinha ouvido falar de uma das maiores bilheterias do ano?

Bem, Wolf Warrior 2 é um filme da China – a maior bilheteria da história do cinema chinês. Só de bilheteria local, foram mais de 600 milhões de dólares. Claro que isso ajudou os números finais. Mesmo assim, é um fato impressionante para um filme fora do eixo hollywoodiano.

Como o nome diz, Wolf Warrior 2 é a continuação do primeiro Wolf Warrior. Não vi o filme anterior, sorte que dá pra entender tudo só vendo esta segunda parte.

Wolf Warrior 2 foi co-escrito, dirigido e estrelado por Jing Wu. Taí um cara que conseguiu algo impressionante. Não pelo lado artístico, Wolf Warrior 2 é legal, mas não é tudo isso. Agora, temos que reconhecer que, mercadologicamente falando, ele conseguiu um feito impressionante.

Vamos ao filme? Wolf Warrior começa de maneira alucinante. Sabe cenas de luta em plano sequência, como em Atômica? Poizé. Vemos um pequeno bote com piratas, que abordam um navio maior. A câmera vai pra baixo d’água, de um barco pro outro – até aí, nada de mais. Até que o protagonista pula na água e começa uma luta sub-aquática com os piratas! Sim, uma luta submarina em plano sequência!!!

O filme não mantém esse ritmo da sequência inicial. Ainda temos algumas boas sequências de ação, mas nada tão impressionante. Pelo menos posso dizer que me diverti em algumas cenas, como o momento onde o protagonista segura um foguete com um colchão de molas!

O elenco tem um nome médio hollywoodiano, Frank Grillo, fazendo um vilão caricato (que funciona pro que o filme pede). O resto do elenco é desconhecido por estas bandas: Celina Jade, Gang Wu e Hans Zhang.

O resultado final é irregular. Mas claro que vale ver um filme oriental que desbancou grandes nomes de Hollywood.

Rampage: Destruição Total

RampageCrítica – Rampage: Destruição Total

Sinopse (imdb): Quando três animais diferentes são infectados com um patógeno perigoso, um primatologista e uma geneticista se unem para impedir que eles destruam Chicago.

Não escondo de ninguém que sou fã do Dwyane Johnson, o “The Rock”. Seu carisma é tão grande que ele é capaz de salvar um filme meia boca.

Infelizmente não foi o caso aqui.

Nunca joguei o videogame. Pelo que me disseram, o objetivo do jogo é apenas destruir a cidade. Difícil fazer um filme só com isso.

Dirigido por Brad Peyton, Rampage: Destruição Total (Rampage, no original) simplesmente não empolga – diferente do filme anterior do mesmo diretor, Terremoto: A Falha de San Andreas, que é igualmente cheio de clichês, mas pelo menos é divertido. O filme até começa bem, com uma breve introdução no espaço (que parece o fim do filme Vida), mas depois que a história chega na Terra, o filme fica sem graça. Pra piorar, os efeitos especiais nem sempre funcionam. Várias vezes o cgi falha.

Tem outra coisa, um detalhe, mas que achei muito tosco. São três criaturas. As duas que eram selvagens viram monstros; o gorila, único que conhecemos a história, só cresce, sem mudar as características físicas. Adivinha qual criatura que vira boazinha no fim? 😉

Sobre o elenco, repito: gosto do Dwyane Johnson – mas ele sozinho não foi o suficiente. Malin Akerman está muito canastrona. Também no elenco, Marley Shelton, Naomie Harris, Jeffrey Dean Morgan, Jake Lacy e Joe Manganiello – que era um lobisomem em True Blood, mas aqui virou um caçador de lobos.

Enfim, só mais um filme genérico de monstros gigantes.

Tomb Raider: A Origem

Lara CroftCrítica – Tomb Raider: A Origem

Sinopse (imdb): Lara Croft, a rebelde e independente filha de um aventureiro desaparecido, deve ir além de seus limites quando se encontra na ilha onde seu pai desapareceu.

No início da década passada, tivemos dois filmes da Angelina Jolie como Lara Croft. São filmes divertidos, mas apenas isso. Ou seja, cabia um reboot, se fosse um filme bom.

Se fosse um filme bom…

Dirigido por Roar Uthaug (A Onda), Tomb Raider: A Origem (Tomb Raider, no original) não é ruim. Mas também não é bom. É apenas mais um filme de ação genérico.

Talvez o pior problema aqui seja o roteiro. São várias inconsistências ao longo da projeção. Daqueles momentos que você diz “não, gente, menos” – e cada vez mais “te tiram” do filme. Um exemplo simples: se dá pra ir de helicóptero pra ilha, pra que se arriscar de barco?

Outra coisa que enfraquece são algumas atuações. Se Dominic West está ruim como o pai da protagonista; Walton Goggins está ainda pior com seu vilão caricato. Gente, hoje, em 2018, um vilão assim não tem mais espaço num filme que pretende ser sério!

E Alicia Vikander? É uma grande atriz, não há dúvida quanto a isso. Mas acho que Angelina Jolie tinha mais carisma para o papel. Bem, pelo menos Alicia não atrapalha como os outros dois.

No fim, como disse lá em cima, é apenas mais um filme genérico. Não vai desagradar o espectador comum. Mas que podia ser melhor, ah, podia. Ainda mais que tem o subtítulo “A Origem”. Ou seja, teremos continuações…