Mad Max 2: A Caçada Continua

Mad Max 2Crítica – Mad Max 2: A Caçada Continua

Vamos ao segundo?

No deserto pós-apocalíptico australiano, um cínico vagabundo concorda em ajudar uma pequena comunidade rica em gasolina a escapar de uma gangue de bandidos.

Dois anos depois, Mel Gibson e George Miller voltaram à franquia que lhes deu fama e reconhecimento. E desta vez, o resultado foi bem melhor.

Mad Max 2: A Caçada Continua (Mad Max 2, no original) é o filme que estabeleceu o futuro pós-apocalítico que está no imaginário da cultura pop: cenários desérticos, figurinos estilizados, carros rápidos e modificados. Tudo o que foi feito no cinema e na tv nos anos seguintes dentro da premissa “pós apocalipse” seguiu as regras introduzidas aqui.

Agora, sobre os carros, vem a minha grande implicância com o filme. Eles estão num ambiente onde a gasolina é algo raro, e as gangues ficam dando voltas de carro, só de farra – e o pior, aqueles muscle cars devem beber pra caramba! Uma gangue esperta usaria motinhos Honda Biz…

Relevando isso e alguns detalhes de roteiro (tipo, como aquela comunidade surgiu no meio do nada? De onde eles tiravam água e comida?), Mad Max 2: A Caçada Continua é um filme muito bom, bem melhor que o primeiro. A história é simples e enxuta, e as perseguições de carro são eletrizantes, em mais um excelente trabalho de dublês.

No elenco, mais uma vez, o único nome relevante é o de Mel Gibson. Também reconheci Bruce Spence, o sidekick que voa de helicóptero, que é um eterno coadjuvante, mas com papeis em várias franquas legais, como Matrix, Star Wars e O Senhor dos Aneis – e me lembro dele como o Zed de The Legend of the Seeker. Ah, e como acontece no primeiro filme, os vilões são péssimos. Não sei quem é mais caricato, o Humungus ou o Wez – aquele que, sei lá por que, fica com as nádegas de fora.

Mesmo assim, Mad Max 2: A Caçada Continua é um grande filme. E a franquia deveria ter parado aí. Amanhã explico por que…

Mad Max (1979)

Mad Max 1Crítica – Mad Max (1979)

Um policial australiano caça bandidos para vingar seu parceiro, sua esposa e seu filho.

Semana que vem estreia um novo Mad Max. Bom momento para rever a trilogia!

“Mad Max” virou um marco para “filmes pós apocalípticos”. Curiosamente, este primeiro filme, lançado em 1979, não é exatamente pós apocalíptico. Existe uma certa normalidade, vemos Max em casa com sua esposa e filho. Na verdade, este primeiro é um filme de vingança, não pós apocalíptico.

É o primeiro longa do diretor e roteirista George Miller, que também dirigiu as continuações em 81 e 85, e depois mudou o rumo da carreira (entre outras coisas, fez Babe, o Porquinho Atrapalhado e Happy Feet: o Pinguim). A boa notícia para os fãs da franquia é que ele também dirige o filme novo – ou seja, se é o mesmo cara, a franquia deve ser respeitada.

A produção é meio tosca, mas mesmo assim Mad Max traz ótimas cenas de perseguições de carros. Precisamos nos lembrar que era uma época sem cgi, tudo foi “real”. Um excelente trabalho de dublês!

Mel Gibson também era um nome desconhecido – ele nem aparece no trailer original. Mesmo assim, é o único nome a ser citado no elenco, o único nome do elenco que teve carreira relevante. Aliás, um comentário que serve para toda a franquia: os vilões são muito caricatos. Toecutter e Nightrider não metem medo em ninguém! Outra coisa: de quem foi a ideia de chamar o chefe de Max de “Fifi”?

Um comentário sobre a boa trilha sonora, assinada por um tal de Brian May. Seria o mesmo Brian May que é guitarrista do Queen? Não, é um homônimo. Mas deve ter muita gente confundindo, na página do imdb do cara a primeira informação da trivia é “não é o guitarrista do Queen”…

Li por aí que este primeiro Mad Max seria um dos filmes mais lucrativos da história – teria custado 400 mil dólares, e teria rendido 100 milhões. Não tenho os números exatos, mas é fato que teve uma produção barata e foi um grande sucesso – tanto que gerou continuações e marcou uma época.

 

O Franco-Atirador

Franco-AtiradorCrítica – O Franco-Atirador

Será que Sean Penn resolveu seguir a carreira do Liam Neeson?

Um sniper de um time de mercenários mata um ministro no Congo, e depois tem que desaparecer da vida que levava. Anos depois, de volta ao Congo em um trabalho humanitário, ele vira o alvo de outro time de mercenários.

A comparação com Liam Neeson é inevitável. Não só são dois atores que começaram tarde a carreira de action heroes (Penn está com 54; Neeson tinha 56 quando fez Busca Implacável, o filme que foi o marco inicial desta fase da sua carreira), como ambos os filmes são do mesmo diretor Pierre Morel. Bem, neste aspecto, Neeson teve mais sorte que Penn. Busca Implacável é bem melhor que este O Franco Atirador (The Gunman, no original).

O Franco-Atirador não é exatamente ruim. É um filme “correto”, tudo o que esperamos está lá, no seu lugar, tudo certinho e previsível, até demais – desde o início já dá pra sentir que vai se revelar o vilão do filme. Parece um filme genérico de ação.

Se tem alguma coisa que se destaca é o elenco. Sean Penn é um grande ator (já ganhou dois Oscars, por Entre Meninos e Lobos (2004) e Milk (08)) e brilha sempre que está na tela. Aliás, Penn mostra excelente forma física – se do pescoço para cima ninguém duvida de seus 54 anos, do pescoço para baixo ele está com o corpo melhor que muita gente vinte anos mais nova. Javier Bardem e Idris Elba também estão bem, mas têm menos tempo de tela. Ainda no elenco, Jasmine Trinca, Ray Winstone e Mark Rylance.

Mas, no fim, O Franco-Atirador não vale. Só pra quem é fã do Sean Penn.

p.s.: Não confunda este filme com o homônimo O Franco Atirador, Oscar de melhor filme em 1979, dirigido pelo Michael Cimino e estrelado pelo Robert De Niro e pelo Christopher Walken!

Noite Sem Fim

0-noitesemfimCrítica – Noite Sem Fim

Mais um filme de ação do Liam Neeson…

O assassino profissional Jimmy Conlon tem uma noite para decidir se é mais leal ao seu filho Mike, com quem não tem mais contato; ou ao seu melhor amigo, o chefão da máfia Shawn Maguire, que quer que Mike pague pela morte do seu próprio filho.

O diretor espanhol Jaume Collet-Serra chamou a atenção com o terror A Órfã, de 2009. Dois anos depois, Collet-Serra fez Desconhecido, sua primeira parceria com Liam Neeson, um misto de ação com suspense. Em 2014, outra parceria com Neeson, Sem Escalas, mais uma vez com um pé no mistério. Terceiro filme seguido da dupla, agora o suspense foi deixado de lado – Noite Sem Fim parece mais próximo da franquia de ação Busca Implacável.

Noite Sem Fim (Run All Night, no original) não é ruim, mas a gente já viu tudo isso tantas vezes, que, certa hora do filme, quando Neeson diz ao seu filho para confiar nele, parece que ele ia dizer sua famosa frase “I do have a very particular set of skills, skills I have acquired over a very long career“…

O que salva é o elenco. Neeson é um grande ator, é agradável vê-lo, mesmo que seja repetindo um papel. E ele está muito bem acompanhado por Ed Harris, Vincent D’Onofrio e Joel Kinnaman (o novo Robocop). Também no elenco, Genesis Rodriguez, Common e Nick Nolte, numa ponta não creditada.

Além disso, Noite Sem Fim traz imagens bem cuidadas e uma boa fotografia, quase toda noturna. Collet-Serra tem boa mão para as sequências de ação, e o filme ainda usa uns interessantes travellings super rápidos em cgi para ligar algumas cenas.

Parece que recentemente Neeson declarou que ia aposentar sua carreira de action hero, ele disse que se sente velho demais para isso. Bem, acho que é uma decisão acertada. Neeson continua fazendo bons filmes. Mas já deu, né?

Vingadores: Era de Ultron

Vingadores 2Crítica – Vingadores: Era de Ultron

Finalmente, uma das continuações mais esperadas dos últimos anos!

Quando Tony Stark tenta usar um programa de inteligência artificial com objetivo de alcançar a paz e as coisas dão errado, os Vingadores precisam se unir para deter o vilão Ultron e seu terrível plano.

Os Vingadores foi um dos melhores filmes de 2012, e um dos melhores filmes de super heróis de quadrinhos de todos os tempos. Claro que a expectativa era muito alta. E acredito que este é o maior problema de Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, no original). O filme não é ruim. Mas é bem inferior ao primeiro.

Na verdade, esta não é uma continuação direta do primeiro Vingadores, e sim do segundo Capitão América. Palmas para a Marvel, que conseguiu construir um universo sólido, com vários bons filmes independentes, mas interligados!

Mais uma vez dirigido por Joss Whedon, este segundo Vingadores tem um início alucinante. Vemos os seis heróis em ação juntos – Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro mostram um bom entrosamento, pra nos provar logo de cara que o time é muito forte. Toda a sequência – que inclui um plano sequência muito bem orquestrado – é sensacional. Aliás, justiça seja feita, todas as sequências de ação são muito boas. A briga do Hulk com uma versão “bombada” do Homem de Ferro também chama a atenção.

Não só a ação é muito bem montada, como temos vários momentos de humor – a grande diferença entre a Marvel e a DC é que enquanto a DC quer criar personagens sombrios, o universo Marvel parece se basear na premissa “o cinema é a maior diversão” (na minha humilde opinião, um caminho muito melhor). Alguns trechos são pura comédia, a plateia deu boas risadas. E todas as citações ao martelo do Thor são geniais.

O problema aqui é que o primeiro filme tinha duas horas e vinte e três minutos e não cansava, enquanto este novo tem quase a mesma duração (são dois minutos a menos), e vemos algumas “gordurinhas” que poderiam ser cortadas. Por exemplo, aquela sequência na fazenda podia ser bem menor. E a subtrama do Thor ficou confusa e pareceu incompleta, de repente é algo só para quem acompanha os heróis pelos quadrinhos.

O elenco é um grande destaque. O bom trabalho da Marvel na construção do seu universo, com bons filmes e boas bilheterias, garante a manutenção dos vários nomes do grande elenco. Assim, temos de volta Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlet Johansson, Jeremy Renner, Samuel L. Jackson, Don Cheadle, Cobie Smulders, Anthony Mackie, Hayley Atwell, Idris Elba e Stellan Skarsgard – as personagens de Gwyneth Paltrow e Natalie Portman são citadas, mas as atrizes não aparecem. Paul Bettany – a voz do Jarvis – finalmente mostra a cara (ou quase). De novidade, temos Elizabeth Olsen, Aaron Taylor Johnson, Andy Serkis (ele mesmo, sem captura de movimento), Julie Delpy e a voz de James Spader no vilão Ultron. Ah, claro, Stan Lee, como sempre, faz uma ponta.

Por fim, preciso citar os efeitos especiais. É impressionante a qualidade e clareza das imagens em todas as cenas de ação e – principalmente – de destruição. E o vilão Ultron é um absurdo de bem feito.

Vingadores: Era de Ultron pode não ser tão bom quanto o primeiro, mas acho que vai agradar os fãs. E nem precisa mencionar que tem um gancho para um próximo filme, né?

p.s.1: Não tem cena pós créditos, tem uma cena curta durante, logo depois dos créditos principais.

p.s.2: Não conheço os quadrinhos, mas sei que os X-Men atuais não fazem parte do mesmo universo Marvel dos Vingadores. Afinal, Quicksilver aparece no útlimo X-Men, numa cena dos anos 70 e é americano, enquanto no Vingadores ele é jovem e nasceu na fictícia Sokovia…

Velozes e Furiosos 7

0-Velozes 7Crítica – Velozes e Furiosos 7

Depois de derrotar um terrorista inglês, Dominic Toretto e seus amigos deixaram a vida marginal de lado. Mas agora o irmão do terrorista quer vingança.

Duas grandes expectativas acompanhavam este sétimo filme da franquia Velozes e Furiosos: como fariam com o personagem de Paul Walker, que faleceu antes do filme ser concluído; e como o diretor James Wan se sairia fora do terror.

Primeiro, um aviso aos fãs do Paul Walker: Brian, seu personagem, está presente em todo o filme. Caleb Walker e Cody Walker, irmãos de Paul, serviram de dublês, e a produção usou cgi para colocar o seu rosto nos dublês. O filme já estava mais da metade filmado, nem dá para saber quais cenas foram feitas pelo ator e quais são com os dublês. A única cena que a gente sabe que foi com dublê é a última, a cena da despedida do personagem, uma bonita homenagem ao ator.

Sobre James Wan (o diretor de Jogos Mortais, A Invocação do Mal e os dois Sobrenatural): o cara mostra que também tem boa mão em cenas de ação. Com sequências repletas de adrenalina e bom humor, Velozes e Furiosos 7 (Furious 7, no original) é um dos melhores filmes da franquia.

Aliás, a franquia Velozes e Furiosos é curiosa. O primeiro filme é legalzinho, mas nada demais; o segundo é maomeno; e o terceiro chega a ser dispensável. O quarto filme melhorou o nível, mas ainda era muito sério; e a partir do quinto, não só manteve a qualidade como ainda rumou para a galhofa, tornando tudo mais divertido.

Wan confirma a tendência para a galhofa e o seu Velozes 7 às vezes parece uma comédia – carros voam mais de uma vez ao longo do filme! Os fãs vão se divertir, além de várias sequências absurdas, temos perseguições de carros, brigas, tiros e explosões, como nos outros filmes da série.

Outro destaque deste sétimo filme é Jason Statham, que apareceu para ser o melhor de todos os vilões da franquia. Statham é um vilão sensacional, o “ultimate badass” – não é qualquer um que convence dando porrada num cara do tamanho do Dwayne Johnson!

Aliás, o elenco é um dos pontos fortes do filme. Quase todos do sexto filme estão de volta aqui – Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez, Ludacris, Tyrese Gibson e Elsa Pataky – Gal Gadot e Sung Kang só aparecem em fotos e imagens de arquivo. E, além de Statham, o novo filme conta com outras boas adições ao elenco: Kurt Russell, Tony Jaa, Djimon Hounsou e Ronda Rousey. É quase um novo Mercenários

(É curioso notar que os três atores carecas e fortões são os mais carismáticos. Jason Statham, Vin Diesel e Dwayne Johnson são as melhores coisas do elenco.)

Não sei se teremos um oitavo filme. Mas olha, se mantiverem este nível, não me incomodo de ver mais!

 

Kingsman: Serviço Secreto

kingsmanCrítica – Kingsman: Serviço Secreto

Filme novo do Matthew Vaughn!

Uma organização secreta faz testes com novos recrutas para conseguir um novo espião. Durante o treinamento, uma ameaça global surge, vinda de um gênio da tecnologia.

Imagine um filme de 007, mas com mais humor e mais violência. Além disso, bom elenco, bom ritmo… o ano mal começou, e já temos um candidato à lista dos melhores filmes de 2015!

Mathew Vaughn tem uma extensa carreira como produtor (ele produziu os dois primeiros filmes do Guy Ritchie), mas dirigiu poucos filmes – este é seu quinto. Bem, até agora, tem uma carreira admirável: Nem Tudo é o que Parece, Stardust, Kick-Ass e X-Men Primeira Classe. Nada mal, não?

Mais uma vez Vaughn se baseia numa graphic novel, e desta vez traz uma trama absurda, uma espécie de versão jamesbondiana dos cavaleiros da távola redonda, com boas doses de humor e de violência. Várias coisas não têm sentido, mas se a gente usar um pouco de suspensão de descrença, o filme é divertidíssimo!

Diferente do “padrão Marvel sem sangue”, Kingsman tem bastante violência gráfica (como aconteceu em Kick-Ass). Uma cena, em particular, é um belíssimo balé violento, uma longa sequência de briga dentro de uma igreja, onde quase todos saem mortos. E, sobre o humor, Kingsman não é exatamente uma comédia, mas algumas cenas são engraçadíssimas. Gargalhei alto na sequência das cabeças explodindo!

O elenco é ótimo. Colin Firth mostra uma faceta ainda desconhecida na sua carreira: o herói de ação. Samuel L. Jackson também está ótimo, de língua presa, num personagem diferente do “badmotherf%$&cker” de sempre. O jovem desconhecido Taron Eggerton (será que é parente da Tamsin Eggerton?) é outro que também está perfeito. E o filme ainda tem o Mark Luke Skywalker Hammil! Ainda no elenco, Michael Caine, Mark Strong, Jack Davenport, Sophie Cookson e Sofia Boutella.

Não sei se existe uma franquia prevista. Mas não me espantarei se anunciarem em breve um Kingsman 2.

Tango & Cash – Os Vingadores

Tango.and.CashCrítica – Tango & Cash – Os Vingadores

Não sei por que, mas nunca tinha visto Tango & Cash, apesar de ter visto quase todos os filmes de ação da década de 80. Depois do podcast de Rocky, resolvi catar o filme pra ver.

Tango e Cash são os dois melhores policiais da divisão de narcóticos, mas têm estilos completamente diferentes – e nutrem uma grande rivalidade por causa disso. Um chefão do crime consegue incriminar ambos, que acabam presos, e agora precisam trabalhar juntos para sobreviver e provar sua inocência.

Tango & Cash – Os Vingadores (Tango & Cash, no original) trazia uma parceria interessante entre Sylvester Stallone e Kurt Russell, ambos em boa fase na carreira (no ano anterior, Stallone tinha feito Rambo III e Russell, Conspiração Tequila). A dupla teve boa química e rendeu bons momentos na tela – curiosamente, a ideia inicial era ter Patrick Swayze, que largou o projeto para fazer Matador de Aluguel.

O filme é uma mistura de comédia e ação, cheia de frases de efeito, divertida e exagerada como boa parte dos filmes do estilo feitos nos anos 80 (lançado em 22 de dezembro de 1989, este é, segundo o imdb, oficialmente o “último filme lançado nos anos 80”). Mas o filme, como um todo, tem seus problemas. O diretor Andrei Konchalovsky foi demitido do projeto pelos produtores (porque queria um tom mais sério) e o filme foi terminado por Albert Magnoli (que não foi creditado). Ainda teve problemas na montagem, os produtores não gostaram do primeiro corte, e chamaram um outro editor para “salvar” o filme. O resultado final ficou divertido, mas irregular.

O elenco é bom. Além da dupla Stallone / Russell, Tango & Cash conta com Teri Hatcher, Jack Palance, Brion James e James Hong. Outro destaque é a trilha sonora de Harold Faltermeyer (Um Tira da Pesada, Top Gun, O Sobrevivente).

Por fim, um comentário sobre os anos 80 e a sua mania de subtítulos nacionais aleatórios: de onde eles tiraram “Os Vingadores”?

p.s.: Ver Stallone sacaneando o seu Rambo (“Rambo is a pussy”) é genial!

O Protetor

O ProtetorCrítica – O Protetor

Um homem acredita ter deixado o passado para trás ao começar uma pacata nova vida. Mas quando ele conhece uma jovem garota de programa que sofre nas mãos da máfia russa, ele decide ajudá-la.

Nova parceria entre Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua, que juntos fizeram Dia de Treinamento, o filme que deu a Denzel o seu segundo Oscar (ele ganhara 12 anos antes por Tempo de Glória).

Denzel é um grande ator, e Fuqua, um diretor talentoso. Cinematograficamente falando, O Protetor (The Equalizer, no original) é um bom filme – fotografia bem cuidada (vários takes e ângulos são excelentes), boa trilha sonora, etc. Mas o que “pega” é o roteiro.

O Protetor foi baseado na série de tv dos anos 80 The Equalizer (não me lembro, mas acho que não passou por aqui). Nunca vi a série, mas sei que algumas coisas que funcionavam nos anos 80 não funcionariam hoje. Talvez o protagonista da série fosse este quase super humano que vemos no filme. O problema é que, na época, a gente via Comando Para Matar e Rambo e levava aquilo a sério, lembram? Mas depois que o John McLane de Duro de Matar mostrou que os bad asses também sangram, a gente passou a acreditar menos.

Este é o problema de O Protetor. Denzel é bem mais velho que todos os seus oponentes, e quase sempre está desarmado enquanto os outros têm armas – e mesmo assim bate em todos sozinho. O cara é muito mega f$#@cking pica das galáxias, chega a parecer piada.

Pena, porque, como falei, plasticamente o filme é ótimo. Sabe quando um filme sabe usar bem os clichês visuais? Aqui tem chuva (de sprinklers) em câmera lenta, tem explosões onde o mocinho não olha pra trás… Heu queria gostar do filme!

No elenco, o único nome a ser citado é Denzel. Chloë Grace Moretz está bem (como sempre), mas aparece pouco. Melissa Leo aparece menos ainda, e se você piscar o olho perde o Bill Pullman. Marton Csokas aparece bastante, mas ele não está bem, a não ser que fosse propostal interpretar um vilão caricato (o que foi aquela cena da panorâmica pelas tatuagens?). Ainda no elenco, Haley Bennet e David Harbour.

Veja, mas sem pensar muito…

Busca Implacável 3

buscaimplacavel3Crítica – Busca Implacável 3

A regra em Hollywood é clara: se o filme teve sucesso comercial, teremos continuação(ões). Assim, vamos ao terceiro Busca Implacável…

O ex-agente Bryan Mills é acusado de um assassinato que ele não cometeu, e agora precisa usar suas habilidades para escapar da polícia e limpar o seu nome.

Sim, o primeiro Busca Implacável foi bem legal. Sim, o segundo foi mais fraco. Sim, não precisava de um terceiro. Dito tudo isso, fica a dúvida: vale ver o terceiro filme?

Mais uma vez dirigido por Oliver Megaton (do segundo filme), Busca Implacável 3 (Taken 3, no original) se equivale ao segundo filme. Um filme de ação apenas maomeno, com alguns bons momentos, mas que fica devendo no conjunto. E atrapalha a mania do diretor de usar sempre planos muito curtos, resulta em um filme picotado como se fosse um longo (e cansativo) videoclipe – algumas cenas ficaram confusas, como a perseguição de carros, onde demorei pra entender quem estava em qual carro.

O roteiro, mais uma vez escrito por Luc Besson (também produtor), traz um Bryan um fora da lei, perseguido pela polícia, com a ação se passando nos EUA. Sim, tudo previsível, a gente já viu essa trama um monte de vezes. Pra piorar, o filme demora a engrenar, quase nada acontece na primeira meia hora. A única vantagem é que Liam Neeson é um grande ator e está em boa forma, apesar dos seus sessenta e poucos anos, isso deixa Busca Implacável 3 um pouco acima da mediocridade.

Além de Neeson, Busca Implacável 3 traz de volta Maggie Grace e Famke Janssen, e tem Forest Whitaker e Dougray Scott como novidades no elenco (por que Xander Berkeley não voltou ao seu papel?). Nenhum dos novos vilões merece ser citado.

No fim, temos mais um filme de ação genérico, que não chega a ser ruim, mas está longe de ser bom. Quem quiser um bom filme de ação, reveja o primeiro Busca Implacável.

p.s.: A piada é velha, mas continua válida: claro que Liam Neeson vai conseguir fazer tudo aquilo. Além de ser Zeus, o cara treinou o Batman e o Obi Wan Kenobi!