Megamente

Crítica – Megamente

Finalmente, mesmo que tardiamente, vi Megamente! (chega de trocadilhos horríveis!!!)

O novo desenho da Dreamworks traz o super-vilão Megamente, que, quando finalmente derrota seu arquirrival Metro Man, fica entediado e resolve criar um novo heroi, Titan.

A primeira coisa que a gente lembra quando vê a sinopse de Megamente é Os Incríveis, desenho da concorrente Pixar. Mas aí a gente se lembra da principal diferença entre a Dreamworks e a Pixar: a primeira tem um humor mais irônico, mais cínico, mais adulto que a segunda (comparem Shrek com Monstros S.A.; Formiguinhaz com Vida de Inseto; Espanta Tubarões com Procurando Nemo). Megamente não parece Os Incríveis, parece uma sátira da história do Super-Homem! E é por aí mesmo, a premissa básica é: “e se fosse o Lex Luthor a cair na Terra no lugar do Super-Homem?”. Tanto que aparece um personagem homenageando o Marlon Brando, que fez o pai do Super-Homem no filme de 1978.

O roteiro, que teve palpites de Guillermo Del Toro e Justin Theroux (creditados como “consultores criativos”), às vezes é um pouco previsível, mas traz boas piadas. As citações a Super-Homem e a outros filmes (acho que vi o sr. Myagi!) acontecem abundantemente, como, aliás, é normal nas animações hoje em dia. Adultos podem curtir tanto quanto as crianças. Tem mais: a trilha sonora traz várias músicas de pop rock da época dos pais que vão levar os filhos. Aqui rola AC-DC, Guns’n’Roses, Ozzy Osbourne, Elvis Presley e Michael Jackson, entre outros.

As animações chegaram a uma qualidade técnica absurdamente bem feita nos últimos anos. E Megamente não fica atrás – as sequências da briga final são impressionantes! Pena que vi na tv, em casa, não pude nem ver os efeitos em 3D… Por outro lado, aproveitei pra ver a versão legendada – normalmente vejo os desenhos dublados com minha filha. No legendado, as vozes são de Will Ferrell, Tina Fey, Jonah Hill, Brad Pitt, David Cross e Ben Stiller. Com boa vontade, dá pra ver os atores através dos desenhos!

Megamente não é uma obra prima, mas não vai decepcionar quem curte desenhos animados. Nem quem curte boas comédias!

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Como Treinar O Seu Dragão

Rio

Crítica – Rio

Estreou nos cinemas a animação Rio, dirigida pelo carioca radicado em Hollywood Carlos Saldanha, diretor dos três A Era do Gelo (no primeiro, ele era co-diretor; nos outros dois, era o principal).

Blu é uma arara azul macho domesticada, que mora nos Estados Unidos e não sabe voar. Um ornitólogo descobre que ele é o último macho de sua espécie, e o leva para o Rio de Janeiro para conhecer Jewel, a última fêmea. Mas, no Rio, eles são roubados por traficantes de pássaros.

Moro no Rio de Janeiro e sou cinéfilo. Pra mim, rolava uma grande expectativa sobre este filme – acho que é a primeira super-produção hollywoodiana que se passa no Rio e é dirigida por um carioca. Será que desta vez os gringos teriam uma visão mais correta do que é o Rio de Janeiro?

Bem, nesse aspecto, o filme é “quase” perfeito. Rolam algumas irregularidades geográficas, mas nada grave. E o fato do filme ser muito bom me faz relevar as pequenas imperfeições.

Sim, Rio é muito bom. A animação é perfeita, os personagens são bem construídos e a história é boa. E, como de habitual, os momentos de comédia são de rolar de rir! E, de quebra, ainda temos várias paisagens conhecidas na tela, como a Praia de Copacabana, o Corcovado, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa.

Queria poder falar do elenco, mas vi a versão dublada…. O elenco original é de alto nível: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Leslie Mann, Jamie Foxx, George Lopez, Tracy Morgan e o “nosso” Rodrigo Santoro como o ornitólogo brasileiro.

Não curti muito os números musicais. Mas sei que é uma tendência que acompanha os longas de animação há tempos, quase todos os desenhos de hoje em dia têm o seu “momento Broadway”, então não adianta reclamar. E o 3D não é ruim, mas também não é necessário, rolam pouquíssimas cenas onde o efeito faz alguma diferença.

Minha reclamação tem outro alvo. Como carioca, preciso fazer alguns comentários…

(SPOILERS LEVES ABAIXO!)

– Nasci aqui, vivi toda a minha vida aqui, e não gosto de samba. E conheço muitos outros cariocas que também não gostam!
– Temos muitos pássaros, ok. Mas acho que nunca vi um tucano aqui no Rio. Mas, ok, tucanos são sempre identificados como aves brasileiras, deixa ter um tucano no “elenco”. Mas… O que fazia um flamingo na cena logo antes do bondinho de Santa Teresa???
– Entendo que queiram mostrar a asa delta voando ao lado do Cristo Redentor, a estátua é famosa, é uma das 7 maravilhas do mundo… Mas… Uma asa delta que pulou da Pedra Bonita, em São Conrado, NUNCA vai chegar ao lado do Cristo…

(FIM DOS SPOILERS!)

Mas isso não desabona o resultado final. Rio é um ótimo desenho animado, divertido e bem feito. Desde já uma das melhores animações do ano!

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Se você gostou de Rio, o Blog do Heu recomenda:
A Era do Gelo 3
Monstros S.A.
Toy Story 3

Rango

Rango

Estreou a esperada animação que coloca a voz de Johnny Depp num camaleão!

Um camaleão da cidade grande acidentalmente cai do carro de seus donos, e vai parar no meio do deserto, onde acaba virando o xerife da cidade de Poeira, um típica cidadezinha do Velho Oeste.

De cara heu já desconfiava que Rango não seria um desenho animado padrão – afinal, a direção está nas mãos de Gore Verbinski, diretor dos três Piratas do Caribe. Não esperava algo no estilo “Disney / Pixar / Dreamworks”, o que temos visto muito nos últimos anos.

Pode não ser Pixar, mas a textura da animação é impressionante. Rango não usa o padrão usado por Hollywood, de criar caricaturas de animais, para deixá-los mais “fofinhos”, todos os bichos são mais próximos dos reais, às vezes nem parece um desenho animado. Aliás, algumas (poucas) cenas são filme “de verdade”, com atores. Nem dá pra notar diferença…

Rango vai agradar a garotada, mas acho que vai agradar mais os pais que os levarem. Depois de um início meio surreal, o filme vira um legítimo faroeste, só que protagonizado por bichos. E talvez seja um pouco longo pra criançada – 1h47min, enquanto os desenhos atuais normalmente têm por volta de meia hora a menos.

Ainda falando nos adultos, o filme traz algumas citações geniais. Adorei a sequência “Apocalypse Now“, com a Cavalgada das Valquírias de Wagner tocada por banjos! E prestem atenção, no início do filme, quando Rango está sendo jogado de um carro para outro, que ele passa por um carro onde estão personagens iguais aos de Medo e Delírio, filme de Terry Gilliam estrelado por Depp.

A trilha sonora de Hans Zimmer é outro ponto alto. Não só os temas dos “momentos faroeste” são muito bons, como ainda temos umas corujas mariachi narrando parte da história.

A dublagem é boa – usaram sotaque regional para a população da cidade de Poeira. Mas fiquei com pena de não ter visto com o som original, já que o elenco gringo traz, além de Depp, Isla Fisher, Abigail Breslin, Ned Beatty, Alfred Molina, Bill Nighy, Harry Dean Stanton, Ray Winstone e Timothy Oliphant, este último, um dos poucos que mostra a cara (numa caracterização que lembra o Clint Eastwood).

Um último comentário: por que Rango? Aqui no Brasil, é impossível não associar o nome do camaleão à comida. Mas não tem nada a ver, o nome vem de “Durango”, que ele lê numa garrafa… E acho que, em inglês, era pra soar parecido com “Django”…

Artur e a Vingança de Maltazard

Artur e a Vingança de Maltazard

Cinco anos atrás, Luc Besson largou uma “aposentadoria” de seis anos e voltou à cadeira de diretor com o drama Angel-A e com um simpático filme infantil, Arthur e os Minimoys. Assim que soube que a continuação, Artur e a Vingança de Maltazard, também dirigida por Besson, estava à venda aqui no Brasil, corri pra comprar o dvd.

A continuação segue o formato do primeiro filme: parte é filme com atores, parte é animação. Neste novo filme, Artur está prestes a sair da casa de seus avós quando recebe um chamado de socorro escrito num grão de arroz, e precisa voltar para o pequeno mundo em dos minimoys.

Artur e a Vingança de Maltazard tem um grave defeito – não tem fim! Acaba com um “continua em Artur e a Guerra dos Dois Mundos“. Detalhe: isto não é avisado em nenhum lugar da capa do dvd. Sem ver o fim do filme, fica difícil saber se o filme é bom…

Pra piorar, o título do filme fala sobre a “vingança de Maltazard” (vilão do primeiro filme). Mas o Maltazard só aparece no fim do filme!

De positivo, podemos falar que a animação é deslumbrante. Besson mais uma vez caprichou com o visual – aliás, como ele costuma sempre fazer. Em algumas cenas dava pena de ser em dvd, a imagem pedia uma tela de cinema, como as cenas na cidade de Max.

O elenco deste filme não tem tantos nomes famosos como o anterior, mas ainda é um grande elenco. Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolates, As Crônicas de Spiderwick), um pouco mais velho, volta ao papel de Artur, tanto na parte “live action” quanto na animação. Mia Farrow é novamente a avó; Jimmy Fallon e Snoop Dogg voltam a emprestar suas vozes para Betameche e Max. Uma coisa me incomodou no primeiro filme: a princesa Selenia, par romântico do jovem Artur, tinha a voz da cinquentona Madonna; a voz agora é da popstar teen Selena Gomez, mais compatível com a idade de Freddie Highmore. A voz de Maltazard também mudou, era do David Bowie, agora é do Lou Reed. Robert De Niro, Harvey Keitel e Emilio Estevez não voltaram para a continuação; os cantores pop Fergie e Will i Am dublam novos personagens.

Vou procurar o terceiro filme pra poder julgar melhor. Porque esta segunda parte ficou devendo.

A Lenda dos Guardiões

A Lenda dos Guardiões

Soren, uma jovem coruja fascinada por histórias épicas contadas por seu pai sobre os guerreiros Guardiões de Ga’Holle, acaba sequestrada por um grupo de corujas malvadas que querem dominar o Reino do Oeste e a Grande Árvore. Soren precisa fugir e encontrar os guerreiros para salvar o futuro das corujas.

Dirigido por Zack Snyder (300, Watchmen), A Lenda dos Guardiões tem um visual deslumbrante, mas tem uma falha grave: não se define muito sobre o seu público alvo. Uma animação com corujas remete a filmes infantis (ainda mais quando a divulgação fala em “do estúdio de animação de Happy Feet – O Pinguim“). Mas o filme não tem o humor característico das produções infantis recentes, além de ser demasiado violento – não mostra sangue, mas as batalhas são bem “duras”.

Tirando este “pequeno” detalhe de lado, o filme é bem legal. E a animação, absurdamente bem feita – principalmente se visto em 3D.

As animações hoje em dia alcançaram uma qualidade muito boa. E é sempre um prazer quando vemos um filme que ainda surpreende em termos técnicos. A Lenda dos Guardiões é assim: as corujas e os cenários são extremamente “reais”, vemos cada detalhe, cada pena, cada gota de chuva. Tudo muito bem feito, nos mínimos detalhes!

O filme foi baseado no livro da escritora Kathryn Lasky. Não conheço o livro, não sei se é violento. Mas, nas mãos de Snyder, não tinha como ficar com cara de Disney, né? Aliás, aqui tem outro detalhe interessante da animação: diferente do que acontece na maior parte das vezes, aqui os animais não são “humanizados”, as asas das corujas não são usadas como mãos, os animais não têm cara de gente. Isso inclusive deixou o filme com ainda mais cara de “real”.

A Lenda dos Guardiões está passando em cópias dubladas e legendadas. Quem optar pela legendada, vai ouvir as vozes de Helen Mirren, Sam Neil, Geoffrey Rush, Hugo Weaving e mais um monte de vozes com sotaque australiano, afinal, o filme foi feito lá. Outra curiosidade: Snyder não pisou nos sets de filmagem, ele estava no Canadá, envolvido na produção de Sucker Punch, e coordenou tudo à distância, através de vídeo conferência!

Snyder declarou que finalmente seus filhos poderiam ver um filme seu – é a primeira vez que ele faz um filme que não é “R”, mas acho que ele não está muito antenado com o que a criançada vê hoje em dia – talvez este tenha sido o problema que citei lá no segundo parágrafo. Mas, se por um lado limitou o público, por outro, algumas cenas são belíssimas! Ninguém faz cenas em câmera lenta tão belas quanto as de Snyder. Assim como em 300 e Watchmen, rolam várias cenas onde a ação é quase congelada e vemos todos os detalhes em câmera lenta. Só isso já vale o ingresso do filme.

Pena que nem todas as crianças vão curtir…

Os Mosconautas no Mundo da Lua

Os Mosconautas no Mundo da Lua

Em 1969, três mosquinhas resolvem embracar no foguete Apollo 11 para a primeira viagem à Lua.

A divulgação diz que este é o primeiro longa de animação em 3D. Se isso é verdade, ok, mérito pro filme e seu pioneirismo. Pena que o roteiro é tão fraquinho…

Pra começar, a história, além de bobinha, é previsível demais. Caramba, todo mundo sabe que a Apollo 11 foi à Lua e voltou para a Terra sem problemas. Não dá pra criar uma sub trama diferente disso!

Aí vem outro problema: o patriotismo desnecessário e fora de hora. Qual o sentido de se criar moscas soviéticas vilãs? Vai alterar alguma coisa na história? Mais: um astronauta deixaria de matar uma mosca porque ela é americana?

Pra piorar, o filme ainda traz um apêndice com uma das mais desnecessárias cenas da história do cinema de animação. O próprio Buzz Aldrin aparece, em carne e osso, desmentindo tudo o que a gente viu, dizendo que é impossível terem moscas dentro do foguete. Dããã… Faltou ele falar que moscas também não falam…

E não posso nem julgar o 3D, já que vi em casa…

Enfim, sobram algumas cenas bonitas no espaço. Mas é pouco, muito pouco. Tem animações melhores por aí.

Mad.s01e01.pilot

Mad.s01e01.pilot

Apareceu outro dia um link de um seriado da revista Mad. Como assim? Virou seriado? Baixei pra ver qualé!

É um programa curtinho, só 10 minutos. É uma versão da revista através de pequenas animações.

O estilo lembra bastante o que era a revista, anos atrás. Começa com uma paródia de filme (Avatar virou Avaturd), piadinhas com o traço do Aragonés e do Don Martin, um Spy vs Spy e termina com outra paródia, um crossover de CSI Miami com o seriado teen I Carly. E ainda tem espaço pra várias piadinhas politicamente incorretas sobre cultura pop. Bem no estilo da revista.

(Aqui abro um pequeno parênteses para falar das diversas fases da revista aqui no Brasil. Heu conheci a primeira versão, da editora Vecchi, que durou de 1974 a 1983, e teve pouco material nacional. Depois a revista se mudou para a editora Record, e começou a ter cada vez mais textos e desenhos nacionais, boa parte pelas mãos do desenhista Ota, também editor da revista. Confesso que não gosto do estilo do Ota, então me afastei da revista, que ainda teve uma fase na editora Mythos. Recentemente a Mad voltou às bancas, através da editora Panini, mas não vi nenhuma edição nova. Este seriado é para os fãs da versão antiga…)

E o resultado? Ficou bom?

Olha, vou confessar que ri mais nestes curtos 10 minutos do que em muito longa metragem! Algumas piadas são muito boas!

Tomara que a série tenha fôlego. Vida longa ao seriado Mad!

Meu Malvado Favorito

Meu Malvado Favorito

Animação nova nas telas cariocas! Não tem nem a grife Pixar, nem Dreamworks. Mas é um dos filmes mais engraçados do ano!

Gru é um vilão comum, que ambiciona ser um vilão do primeiro escalão. Para isso, pretende roubar a lua! Mas, antes, precisa derrotar o seu rival, o jovem vilão Vetor.

O desenho é muito bem feito, a animação é de primeira. E também é uma das melhores comédias dos últimos tempos!

Os minions, os ajudantes do Gru, são sensacionais! São uma mistura de gremlins com os pinguins de Madagascar. O filme em si já é muito engraçado, com os minions, vira uma comédia daquelas de dar gargalhadas no cinema.

A voz original de Gru é de Steve Carrell. Acredito que ele deve ter feito um bom trabalho, mas não posso opinar, já que vi a versão dublada. Mas posso atestar que a versão nacional, dublada por Leandro Hassum é sensacional! Sabemos que não, mas até parece que Gru foi escrito pensando em Hassum. E, para melhorar, Vetor é dublado por Marcius Melhem, seu velho parceiro de teatro.

(Aliás, não é a primeira vez que Leandro Hassum manda bem numa dublagem. Ele foi uma das melhores coisas da versão nacional de Bolt – Supercão.)

Infelizmente, não consegui ver em 3D. Tem uma cena na montanha russa que deve ser muito legal em 3D! E no fim do filme, alguns minions vêm para a tela para brincar com os efeitos de profundidade…

Diversão garantida para as crianças, e para os adultos que as acompanharem!

9 – A Salvação

9 – A Salvação

Um boneco de pano acorda num ambiente desértico pós apocalíptico, onde não se vê mais ninguém vivo. Acaba encontrando outros bonecos parecidos com ele e tenta convencê-los a juntos lutarem contra uma besta mecânica.

Antes de virar um longa, o diretor Shane Acker fez um curta (que você pode ver aqui), em 2005, que chegou a ser indicado ao Oscar. Tim Burton viu e gostou, e resolveu produzir a transformação deste curta num longa. E de quebra ainda chamou o russo Timur Bekmambetov (de Guardiões da Noite) para ajudar na produção.

Ter virado um longa teve seu lado bom e seu lado ruim. Por um lado, os personagens e cenários estão mais bem explorados; mas em compensação, em alguns momentos, rola encheção de linguiça – não precisávamos de tantas explicações sobre a guerra, por exemplo!

Uma vantagem de ter virado uma grande produção é o elenco que dublou. Se o curta não tinha diálogos, este longa tem Elijah Wood, Jennifer Connelly, Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly e Crispin Glover. Conhecemos cada boneco e sua personalidade diferente, isso ficou melhor no longa do que no curta.

O visual de 9 – A Salvação chama a atenção. Os cenários pós guerra são belíssimos, e os bonecos de pano são muito bem feitos – acredito que fariam sucesso numa loja de brinquedos…

O filme flui bem até quase o fim. Mas heu, particularmente, detestei o final. Não vou falar aqui por causa de spoilers, mas achei o fim decepcionante. Talvez exista uma explicação que heu não entendi…

Apesar de não ser exatamente uma animação para o público infantil, 9 – A Salvação pode agradar as crianças – minha filha de nove anos viu e gostou. Ela só não gostou do final…

Toy Story 3

Toy Story 3

Cada novo lançamento da Pixar me convence mais que os caras que trabalham lá são gênios. Toy Story 3 é mais uma prova disso.

Neste terceiro filme, Andy, o dono dos brinquedos, está com 17 anos e prestes a ir para a faculdade. Abandonados, os brinquedos não sabem se vão ser guardados no sótão, jogados fora ou doados para uma creche. E assim começa uma aventura atrás de um novo lar com novos donos.

Uma das características da Pixar é não investir em continuações, na contramão da maioria dos estúdios de Hollywood (existe uma regra informal que diz que uma continuação rende pelo menos a metade que o anterior). Até agora, Toy Story foi o único filme que teve continuações (li na internet rumores sobre continuações de Carros e Monstros S.A. para os próximos anos). Fiquei com um certo receio, porque muitas vezes continuações são meros caça-níqueis – ainda não vi o Shrek 4, mas é nítida a queda da qualidade na franquia da Dreamworks.

Mas o meu medo era desnecessário. Toy Story 3 é sensacional!

Não temos nada mais o que falar sobre a parte técnica das animações da Pixar, certo? Os caras já provaram que são os melhores. No máximo, outra animação pode se igualar, mas acho difícil alguém ser superior a eles. Então, já sabemos que o desenho é absurdamente bem feito.

Aí tem o outro lado. Eles sabem que hoje em dia não basta ter uma animação bem feita e algumas boas piadas. Isso até vende, mas não se destaca no meio dos vários lançamentos a cada ano. Então eles investem em personagens muito bem construídos e um roteiro maravilhoso.

Os personagens antigos são muito bons, isso a gente já sabia, tanto os principais quanto os coadjuvantes. E aqui, não só temos novos personagens sensacionais – como o Ken metrossexual – como ainda conhecemos o Buzz Lightyear latino! As cenas do Buzz falando espanhol são de rolar de rir!

E o roteiro, bem… Quantos filmes conhecemos por aí onde temos ação de tirar o fôlego, momentos hilariantes e ainda sobra espaço pra lágrimas nos olhos? Digo mais: tudo isso bem dosado, no timing certo. Toy Story 3 é comédia, drama e aventura ao mesmo tempo. E, melhor ainda: tudo isso num formato que agrada tanto os adultos quanto as crianças!

(Não é à toa que o filme, que estreou há apenas um mês, já foi escolhido como o sétimo lugar no ranking dos 250 melhores do imdB. Isso para um desenho animado que acabou de estrear!)

E o filme ainda tem espaço para os teóricos de plantão, que podem falar sobre crescimento, sobre amadurecimento, sobre amizade… Tudo isso está lá.

Enfim, recomendo. Para adultos, para crianças, para todos. E, se chorar no fim, não se envergonhe!