Fúria de Titãs (1981)

Fúria de Titãs (1981)

Aproveitei que a refilmagem de Fúria de Titãs estava para estrear e fiz algo ir deveria fazer sempre: revi o original antes de ir ao cinema ver a nova versão.

Neste filme que é um dos grandes épicos do cinema de aventura da década de 80, Perseus, filho de Zeus com uma humana, luta contra monstros mitológicos como a Medusa e o Kraken para salvar a princesa Andromeda.

Único filme digno de nota do diretor Desmond Davis, Fúria de Titãs teve  Ray Harryhausen como um dos produtores. Provavelmente trata-se do maior nome da história da animação stop-motion no cinema. E aqui o filme é repleto dessas fantásticas animações.

Ah, os efeitos especiais! O filme é repleto de stop-motions e chroma-keys, e os efeitos são excelentes. Hoje estamos acostumados com cgis perfeitos, então, à primeira vista, tudo parece muito tosco. Mas, se a gente parar pra ver, é muito bem feito, principalmente se a gente se lembrar do ano que foi feito (o filme foi lançado em 1981). Claro que os efeitos não enganam ninguém, mas mesmo assim o resultado é impressionante.

Graças aos bons efeitos especiais, Perseus cavalga o cavalo alado Pegasus e tem a companhia da coruja robô Bubo (se o filme fosse hoje em dia, Bubo estaria em todas as lojas de brinquedos!), e duela contra escorpiões gigantes, um cachorro de duas cabeças e também contra Calibos, um vilão meio monstro. Isso sem contar os já citados Medusa e Kraken. Resumindo: diversão garantida!

É complicado falarmos do elenco, já que se trata de um filme de quase 30 anos atrás. Harry Hamlin, o Perseus, que heu saiba não fez mais nada de vulto em sua carreira. O mesmo podemos falar da bela Judi Bowker, a Andromeda. Por outro lado, temos grandes nomes como Laurence Olivier (Zeus), Burgess Meredith (Ammon) e e Maggie Smith (Thetis) como coadjuvantes. E Ursula Andress entra muda e sai calada com a sua Aphrodite…

Este Fúria de Titãs, apesar de ter cara de “sessão da tarde” por causa de sua idade, ainda é um dos melhores filmes de aventura do século passado. E ainda serve para a s gerações mais novas: revi ao lado da minha filha de 9 anos (que recentemente viu Percy Jackson e o Ladrão de Raios no cinema) e ela se divertiu tanto quanto heu!

Bem, agora falta ver a nova versão. Em breve, aqui no blog!

Como Treinar O Seu Dragão

Como Treinar O Seu Dragão

Soluço é um jovem e magrelo viking, filho do chefe da sua tribo, que fica numa ilha que é constantemente atacada por várias espécies de dragões. Para agradar o pai e ser bem visto na tribo, Soluço tem que aprender a matar dragões. Mas, quando consegue capturar um (escondido de todos), se afeiçoa a ele e acaba descobrindo como domá-lo. O problema agora é como confrontar a tribo, que continua com a tradição de caça…

Como Treinar O Seu Dragão é o novo desenho da Dreamworks, um dos maiores estúdios de animação hoje em dia. Os mesmos que fizeram Kung Fu Panda, os dois Madagascar e todos os Shrek. Ou seja, sinônimo de qualidade.

A qualidade do desenho salta aos olhos – principalmente se visto em 3D, claro. A imagem nem parece desenhada, os personagens parecem ser bonecos com volume. E os dragões? São várias as espécies, cada uma com suas características específicas. Mais: alguns dos vôos (ainda tem acento aqui?) dos dragões são alucinantes!

Chris Sanders e Dean Deblois, os diretores e roteiristas, são os mesmos que fizeram Lilo & Stitch. E seu dragão principal, o Banguela, não sei se intencionalmente ou não, é a cara do extra-terrestre Stitch…

Fiquei com pena de ter visto dublado. No original, o franzino Soluço é dublado por Jay Baruchel, um dos protagonistas de Fanboys. E seu pai é Gerard Butler, o Leônidas de 300. E quase dá praver a cara de Jonah Hill e Christopher Mintz-Plasse como dois dos amigos de Soluço. Só achei estranho a America Ferrera, a Ugly Betty, fazer a mocinha loira de olhos azuis. Mas nada que atrapalhe o resultado final.

A trama é clichê, bobinha e previsível. Mas funciona bem – temos que nos lembrar que se trata de um desenho direcionado ao público infantil. Ou seja, é só relaxar e curtir.

Piadas nas horas certas, emoção nas horas certas. Uma boa opção para a garotada, em cartaz nos cinemas!

Bolt – Supercão

Bolt – Supercão

A parte inicial de Bolt Supercão é alucinante. É de tirar o fôlego, tem mais ação que muito blockbuster hollywoodiano. Bolt é um cão com superpoderes, capaz de parar um carro com uma cabeçada e dono de um latido tão forte quanto uma bomba.

Até que descobrimos que estamos dentro de um programa de tv! Bolt é um cachorro comum, mas que acredita que é um super herói.

A graça da trama é essa: ao cair no mundo real, Bolt precisa aprender a ser um cão normal. Para isso, encontra ajuda na gata Mittens. Mas o melhor do filme é o outro coadjuvante, o hamster Rhino, um alucinado fã de tv. Não sei quem fez voz no original, mas na versão brasileira, a dublagem de Leandro Hassum está sensacional! Sim, vi dublado. Só fiquei com pena porque no original, o Bolt é dublado pelo John Travolta, e o vilão éninguém menos que Malcom McDowell. (E, para os teens, Miley Cyrus é quem dubla Penny, a menina que é dona do Bolt)

(Admito que os pombos também são muito bons. Mas infelizmente, a sua participação é muito pequena!)

A animação é de primeira linha. E ainda vi no cinema, em 3D! Bolt Supercão é Disney, que está.se esforçando para manter a alta qualidade para competir com a Pixar.

Merecidamente, Bolt Supercão foi um dos três indicados para o Oscar de melhor desenho animado longa metragem de 2008 – perdeu para o fantástico Wall-E (da Pixar, de quem mais poderia ser?). Sem dúvida, 2008 teve três ótimas animações entre os concorrentes ao Oscar, o terceiro filme era Kung Fu Panda!

Em suma: boa opção, tanto para crianças, quanto para crianças grandes!

Planeta 51

Planeta 51

E se, em vez de alienígenas vistando o nosso planeta, um astronauta humano chegasse num planeta cheio de homenzinhos verdes?

Esta é a premissa de Planeta 51, inverter os papéis. O planeta dos simpáticos homenzinhos verdes parece os EUA dos anos 50 retratado pelos filmes, aquela sociedade meio Mulheres Perfeitas, sabe? Claro que isso abre espaço para varios clichês, com a chegada do astronauta.

Planeta 51 não é nada demais, apenas mais um bom desenho, que vai distrair as crianças e divertir um pouco os pais com algumas boas sacadas – vemos várias referências a filmes de ficção científica; algumas óbvias como 2001 e E.T.; algumas interessantes e criativas, como o cachorrinho igual ao Alien, ou o diálogo sobre irmãos como Star Wars.

A animação, se não enche os olhos como alguns desenhos recentes (como Wall-E, por exemplo), não chega a atrapalhar.

Enfim, apenas mais uma opção entre a nova safra de bons desenhos.

Monstros S.A.

Monstros S.A.

É bom ter filho pequeno em casa, não? Aproveitei meu filho de dez meses para rever aquele que considero o melhor longa de animação da história!

Vamos voltar no tempo? Nos anos 80, a Disney não andava muito bem, até que, com filmes como A Bela e a Fera (91) e Alladin (92), começou uma nova “era de ouro”. Não tinha pra ninguém, a qualidade Disney era imbatível.

Essa hegemonia foi ameaçada nos anos 90 com o surgimento de dois outros estúdios de animação, a Dreamworks e a Pixar (ligada à Disney). Aliás, essas três são o grande triunvirato que dita a animação em Hollywood nos dia de hoje.

No post de hoje não vou me aprofundar na rivalidade entre a Pixar e a Dreamworks, só quero falar da primeira. A Pixar já existia desde os anos 80, mas só começou a conquistar o mundo em 1995, com o lançamento de Toy Story, o primeiro longa metragem em animação por computador, que virou um março na história do cinema. E, realmente, Toy Story e seu sucessor Vida de Inseto são muito bons: bons personagens, em bons roteiros, formatados numa animação computadorizada de primeira qualidade.

E finalmente chegamos a Monstros S.A.! Por que digo que Monstros S.A. é genial?

1- A animação é deslumbrante. Hoje em dia tem um monte de animações de alto nível por aí, mas, em 2001, quando Monstros S.A. foi lançado, eram bem poucas por ano. E, mesmo hoje, quando estamos acostumados com boas animações, os longos pelos azuis e verdes do monstrão Sulley ainda chamam a atenção, esvoaçando no vento.

2- Parafraseando Conrad, “o humor, o humor!” Este é um dos desenhos animados mais engraçados da história! Na época, os desenhos nem sempre investiam na comédia, foram muitos longas da Disney com cara de musical.

3- A mensagem do filme é sensacional. “Crianças, não tenham medo que um monstro saia do seu armário! Sim, monstros existem, mas eles têm medo de crianças!” 😀

Isso sem contar com uma fantástica trilha sonora composta por Randy Newman!

Curiosamente, nunca ouvi a versão legendada, com as vozes de John Goodman, Billy Crystal e Steve Buscemi. Já vi Monstros S.A. dezenas de vezes, mas sempre em português. Bem, pelo menos ouço o meu amigo dublador Sérgio Stern fazendo um bom trabalho como a voz de Mike Wazowski!

Up – Altas Aventuras

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Up – Altas Aventuras

Finalmente, com umas duas semanas de atraso, vi o novo Pixar, Up – Altas Aventuras.

O desenho animado conta a história de Carl Fredricksen, um velhinho mal-humorado, vendedor de balões aposentado, que resolve levar a sua casa inteira numa viagem. E acaba carregando, por acidente, Russell, um animado escoteiro, que tentava ajudá-lo para ganhar uma medalha.

A Pixar é impressionante. Num mercado repleto de reciclagens, sejam elas sequências ou refilmagens, a Pixar sempre traz histórias novas. Seu único desenho que teve continuação foi Toy Story (e parece que ano que vem estreará a terceira parte!). Todos os outros, Vida de Inseto, Monstros S.A., Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille e Wall-E são histórias originais e, na contra-mão dos outros estúdios, a Pixar declarou que não pretende fazer a continuação de nenhum deles! (Por quanto tempo será que eles resistirão ao mercado?)

E isso porque a gente ainda não falou na “qualidade Pixar”. Cada desenho consegue superar o anterior em qualidade de imagem. É impressionante! Algumas imagens deste Up – todas geradas por computador – são tão reais que quase dá pra gente sentir a textura!

Mesmo assim, não achei este o melhor Pixar até hoje, como andam alardeando alguns críticos. O filme tem um problema: na minha humilde opinião, a segunda parte é inferior à primeira. E, na boa, os cães falantes atrapalharam um pouco o desenrolar da história… Heu gostei de Up, mas ainda prefiro Wall-E.

Mesmo assim, isso não quer dizer que Up é ruim. Longe disso, o filme é maravilhoso! Emocionante e engraçado na doses certas, é mais uma das várias obras primas que a Pixar pode se orgulhar de ter no currículo.

Ah, mais uma coisa: está em 3D em algumas salas! Vale a pena!

A Era do Gelo 3

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A Era do Gelo 3

Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas àqueles que costumam ler o meu blog (alguém lê o meu blog?). Tive uns problemas pessoais, e demorei mais tempo do que deveria para atualizar – quase uma semana! Mas os problemas já foram resolvidos (assim espero!), e estou de volta!

Vamos de desenho animado então? Falei aqui outro dia que nem sempre consigo escolher os bons filmes infantis que minha filha de oito anos quer ver, né? Pois bem, A Era do Gelo 3 é um dos momentos onde é legal ser pai. O filme é muito divertido!

Nesta terceira parte, continuamos acompanhando o improvável bando formado no primeiro filme, com um mamute, uma preguiça e um tigre dentes-de-sabre. O grupo passa por crises: o mamute Manny está ansioso, prestes a ser pai; o tigre Diego se acha fora de forma e quer voltar à vida de caçador; e Sid, a preguiça, quer a sua própria família. E nessa busca, Sid encontra três ovos, que levarão a “família” a uma grande aventura num “parque dos dinossauros” escondido!

Um dos grandes méritos do filme é a construção de seus personagens. Se o esquilo Scrat e sua perseguição à noz sempre foi uma das melhores coisas dos outros dois filmes , agora ele tem uma companheira, que também está atrás da noz! Rola até tango na briga!

E ainda temos um novo personagem: a doninha Buck, uma mistura de pirata com Rambo, que vive no meio dos dinossauros. Buck é genial! Arrisco a dizer que Buck consegue criar situações ainda mais engraçadas que Scrat! São vários os momentos hilariantes no filme. Ou seja: bom para as crianças e também bom para os pais que as levarão.

E a animação, como era de se esperar, é deslumbrante. Numa época de guerra entre Pixar, Disney e Dreamworks, este desenho da Fox não deixa nada a desejar.

Claro, também vale lembrar que a direção está novamente nas mãos do carioca Carlos Saldanha (também dirigiu o segundo, e co-dirigiu o primeiro Robôs). Mais um brasileiro fazendo sucesso em Hollywood!

Last but not least: prefira as salas onde o filme está em 3D! Vale a pena!

Monstros vs Alienígenas

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Monstros vs Alienígenas

Nova animação da Dreamworks! Oba!

Admito que tenho uma certa implicância com o fato da Dreamworks querer seguir os passos da Pixar. Afinal, tivemos na mesma época Monstros S.A. e Shrek, Vida de Inseto e Formiguinhaz, Procurando Nemo e Shark Tale… Mas desta vez acredito que eles foram originais: não sei de nenhum outro projeto atual com essa idéia de monstros e alienígenas!

A idéia é simples e boa: uma nave alienígena invade a Terra. Como as Forças Armadas nada conseguem fazer, uma equipe de monstros escondida pelo governo é liberada para combater os e.t.s.

Essa equipe de monstros é sensacional! Os mais novos nem vão reparar, mas todos os monstros aqui são homenagens a filmes fantásticos clássicos! Um cientista meio homem meio barata (em A Mosca da Cabeça Branca acontece o mesmo, só que com uma mosca em vez de barata), um “elo perdido” (com a aparência do Monstro da Lagoa Negra), uma mulher gigante (Attack of the 50 Ft. Woman), um inseto gigante (que parece o Godzilla) e uma bolha gelatinosa (parecida com a do filme A Bolha). Isso sem contar que os alienígenas parecem saídos de Marte Ataca… Genial, não?

(Aliás, o personagem Bob – a tal bolha gelatinosa – é uma das melhores coisas do filme. Um personagem literalmente sem cérebro e indestrutível. Bobo e genial. E muito, muito engraçado.)

E as citações e homenagens a outros filmes não param por aí. Só pra citar mais um exemplo: em uma das cenas mais engraçadas do filme, num cenário que parece saído de O Dia em que a Terra Parou acontecem duas citações seguidas a Steven Spielberg, com Contatos Imediatos do Terceiro Grau e E.T.

E a qualidade da animação? Olha, tenho que admitir que em alguns dos momentos parece que estamos assistindo um bom filme catástrofe… A destruição da Golden Gate, por exemplo, é mais bem feita que muito filme com atores…

Por fim, podemos também acrescentar o belo trabalho feito em 3D. Não é o estilo de Dia dos Namorados Macabro, onde coisas são jogadas na direção da tela o tempo todo. Mas temos uma perfeita noção de profundidade. Muito boa essa nova técnica de 3D, cada vez mais usada!

Boa diversão para toda a família!

Bee Movie

bee

Bee Movie

Uma abelha recém formada tem que escolher qual trabalho fará na colméia. Mas antes da escolha ela resolve conhecer o mundo fora da colméia, e descobre coisas que poderão mudar a relação entre as abelhas e os humanos.

Mais um desenho da DreamWorks! Oba! Sinal de qualidade!

Ou não…

Bee Movie não é ruim. É divertido, é bem feito… Mas o problema deste filme são os rótulos que ele carrega. Afinal, trata-se de uma produção DreamWorks e um roteiro de Jerry Seinfeld. Por essas “marcas”, a gente espera mais!

De uns anos pra cá, existe uma “guerra” entre a Pixar e a DreamWorks pra ver quem nos traz o melhor desenho animado. Aliás, é uma guerra muito boa pro espectador! 🙂

Aí a gente espera cada vez uma qualidade melhor. E a animação de Bee Movie é apenas correta. Não enche os olhos como Wall-E, por exemplo…

E ainda tem o outro problema. Desde o fim da sitcom Seinfeld, o humorista Jerry Seinfeld deixou um monte de fãs órfãos por aí. E então aparece com um novo roteiro, e ainda como protagonista da história!

Mas o roteiro não se decide entre as piadas pra adultos e piadas pra crianças… Não tem o brilho de um Kung Fu Panda, por exemplo…

Bem, apesar disso, como disse lá em cima, o filme não é ruim. É leve, divertido, vi ao lado da minha filha de 7 anos, que riu comigo em vários momentos. É só a gente não subir muito as expectativas!

Resident Evil: Degeneration

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Resident Evil: Degeneration

Meio na encolha, apareceu nas locadoras um novo Resident Evil. Mas não é uma continuação da série legal de “filmes de zumbi”, desta vez é uma animação, e sem a Mila Jovovich, estrela dos três filmes.

A história fala de um incidente envolvendo um grande laboratório que pesquisa o vírus T, que transformou as pessoas em zumbis nos outros filmes. Um pouco confusa, mas dá pra acompanhar.

Pesquisando pelo imdb, descobri que esse é um filme para fãs do game. Pelo que li, acredito que esse filme tenha sido bastante fiel ao game. Talvez por isso heu tenha achado tão inferior aos outros três filmes, que são bons filmes de zumbi, bem na linha criada pelo George Romero. Como cinema, a série com atores de verdade é muito melhor! E ficou chato um filme desses agora, já que o terceiro filme tem um final aberto prum quarto…

Mesmo assim, o filme não decepciona. Algumas das cenas de ação são de tirar o fôlego de tão bem feitas. E a animação em computador às vezes parece filme!

Boa diversão para os despretensiosos. E, pelo que li no imdb, melhor ainda pra quem gosta do videogame.