O Pequeno Príncipe

O Pequeno PrincipeCrítica – O Pequeno Príncipe

Uma garota vive com uma mãe controladora obsessiva, que já planejou todos os passos da filha até a vida adulta. Mas, ao se mudar, conhece um novo vizinho, um velho meio maluco, que lhe conta a história de um pequeno príncipe que vivia em um asteroide com uma rosa.

O diretor Mark Osbourne ficou famoso por dirigir Kung Fu Panda, da Dreamworks, que era bem próximo da comédia. Mas seu novo trabalho, O Pequeno Príncipe (The Little Prince, no original) parece mais próximo da Pixar, porque, em vez do riso solto, tem como objetivo emocionar o espectador.

O Pequeno Príncipe usa dois diferentes tipos de animação. Quando acompanhamos a história da menina, a animação é a convencional por computador – convencional, mas extremamente bem feita, a qualidade das imagens desta produção francesa não deve nada a Hollywwod. E quando “entramos” no livro, a animação muda pra stop motion, o que dá um ar mais onírico. Foi uma boa sacada da produção!

O Pequeno Príncipe tenta mas, infelizmente, não consegue ser Pixar. O filme emociona o espectador, mas tem problemas de ritmo, e chega a ser arrastado em alguns momentos, principalmente na parte final. Além disso, tem partes muito complexas para as crianças – problema que também acontece às vezes com a Pixar.

Sobre o elenco, temos o original francês e o dublado em inglês, esse com um impressionante elenco de vozes famosas, como Jeff Bridges, Rachel McAdams, Paul Rudd, Marion Cotillard, Paul Giamatti e Benicio Del Toro. Mas aqui passou a versão dublada em português, então não ouvimos nenhum desses…

Enfim, mesmo estando um degrau abaixo dos grandes títulos da Pixar, O Pequeno Príncipe ainda vale.

Minions

MinionsCrítica – Minions

Estreou o filme “solo” dos Minions!

Os minions Stuart, Kevin e Bob estão à procura de um vilão para seguirem, até que são recrutados por Scarlet Overkill, uma super-vilã que tem planos para conquistar o mundo.

A ideia de ter um filme onde os minions são os protagonistas é ao mesmo tempo tentadora e perigosa. Todo mundo concorda que os minions são engraçados, carismáticos e fofinhos – e protagonizam alguns dos melhores momentos dos dois filmes Meu Malvado Favorito. Mas eles são ótimos como coadjuvantes, como alívios cômicos – será que funcionariam como personagens principais?

A resposta é meio óbvia. Minions traz algumas piadas excelentes, mas a falta de um protagonista atrapalha o ritmo do filme e o coloca um degrau abaixo dos outros dois.

Pelo menos é um trabalho bem cuidado. A franquia não foi “terceirizada”, um dos diretores é o mesmo Pierre Coffin, que não só esteve na direção dos dois Meu Malvado Favorito como ainda faz a voz dos três minions principais, Stuart, Kevin e Bob. A qualidade da animação também é perfeita. E adorei alguns números musicais – boa parte do filme se passa no fim dos anos 60, excelente época para a música!

Sobre o humor: algumas piadas são geniais. Pena que o trailer deste filme foi exibido incessantemente, várias das piadas já eram conhecidas por todo mundo antes do filme estrear.

Ou seja: um filme divertido, mas sem a pretensão de ser um grande clássico. Dá pra levar a criançada ao cinema e se divertir com as piadas “de adulto” – ri muito com a citação a Beatles e no momento Hair.

E aguardem, porque os minions provavelmente estarão de volta em breve em mais um filme da franquia…

Ah, ninguém deve ir embora antes do fim dos créditos! Rolam piadas durante os créditos, e um número musical quando acaba tudo!

p.s.: Hoje começo uma participação no programa Primeira Página, da rádio Roquete Pinto (94,1 fm), entre 11h e meio dia, comentando as estreias da semana! Ouçam!

Divertida Mente

Divertida Mente - posterCrítica – Divertida Mente

A Pixar está de volta!

Depois que a jovem Riley se muda do interior para San Francisco, suas emoções – Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho – entram em conflito para descobrir o melhor meio de se viver na nova cidade, nova casa e novo colégio.

Nem todos repararam, mas ano passado tivemos dois Dreamworks (Peabody e Sherman e Como Treinar Seu Dragão 2), mas nenhum Pixar. Aliás, há quem diga que a Pixar está em crise – afinal, os últimos longas foram o fraco Carros 2 e os médios Valente e Universidade Monstros, e estamos falando da produtora que nos deu obras primas como Toy Story, Monstros S.A. e Wall-E.

Dirigido por Pete Docter (Up, Monstros S.A.), em parceria com Ronaldo Del Carmen, Divertida Mente (Inside Out, no original) pode não ser o melhor longa da história da Pixar (afnal, a concorrência é acirrada), mas traz o essencial que diferencia a produtora de outras por aí. É um filme que nunca subestima a inteligência do espectador, que traz camadas de complexidade para os adultos e ao mesmo tempo é colorido e simples para as crianças. Mais: sabe mexer com as emoções da audiência e a faz rir, depois chorar, depois rir de novo, e por aí vai.

A ideia proposta pelo filme – existem “pessoinhas” dentro do nosso cérebro decidindo pelas nossas ações – é tão básica quanto genial. Básica porque é algo muito simples; genial porque todo mundo vai sair do cinema imaginando as suas próprias “pessoinhas”.

E não é só isso: todo o universo criado para mostrar o “mundo” onde vivem os sentimentos foi bem pensado. É este o ponto que diferencia a Pixar dos seus concorrentes (Dreamworks, Disney, Blue Sky, etc). Ideias novas e bem estruturadas, e personagens carismáticos e bem construídos.

Na parte técnica, hoje é difícil a gente se surpreender – as animações alcançaram um nível de perfeição muito alto. Mesmo assim uma coisa me chamou a atenção: a textura dos sentimentos. Reparem que os personagens não são exatamente sólidos…

A versão que passou na sessão de imprensa foi dublada em português, não deu pra ouvir as vozes de Amy Poehler, Bill Hader, Diane Lane e Kyle MacLachlan. Sobre a versão brasileira, Sidney Magal faz uma rápida e divertidíssima participação especial.

Por fim, o 3D. Correto, mas desnecessário, na minha humilde opinião.

p.s.: “Triple Dent” é o “Tudo é Incrível” de 2015!

Cada Um Na Sua Casa

0-cada-um-na-sua-casaCrítica – Cada um na sua Casa

Dreamworks novo!

A Terra é invadida pelos boovs, alienígenas que vivem em fuga. Oh, um boov atrapalhado e solitário, fica amigo da menina Tip, que está à procura de sua mãe.

Cada um na sua Casa (Home, no original) é a nova animação da Dreamworks. Talvez este seja um dos filmes mais infantis da história da produtora, mas não é por isso que a qualidade do filme é fraca. A parte técnica, como era de se esperar, é impressionantemente bem feita – os cabelos de Tip parecem reais, e aquela cena da nave Gorgon atravessando os anéis de Saturno foi de encher os olhos.

Cada um na sua Casa foi baseado no livro infantil “The True Meaning of Smekday”, de Adam Rex, e, como toda história infantil, traz uma mensagem. Mas o melhor do filme é a parte comédia – alguns trechos são muito engraçados! Se a história é bobinha, pelo menos os risos estão garantidos.

A sessão para imprensa foi com a versão dublada. A dublagem foi bem feita, como tem sido ultimamente, mas fiquei com vontade de ver com o som original – afinal, os atores principais são Jim Parsons (o Sheldon de The Big Bang Theory) e Steve Martin. As cantoras Rihanna e Jennifer Lopez fecham o elenco principal.

Agora, sobre a Rihanna… Nada contra o seu trabalho como atriz, mas precisava ter um monte de músicas suas? O filme tem sérios problemas de ritmo porque precisa ficar forçando a barra pra encaixar um monte de músicas chatas e melosas – uma delas aparece pelo menos três vezes! Também tem a Jennifer Lopez na trilha sonora, mas pelo menos é só uma música. Ok, entendo o lado do marketing da Dreamworks, mas isso cansou.

Mas acho que os pequenos não vão se importar…

A Casa Monstro (2006)

A-Casa-MonstroCrítica – A Casa Monstro

Fim de semana de bobeira em casa com crianças, fui catar um desenho pra rever. Peguei o dvd A Casa Monstro, de 2006.

Três adolescentes descobrem que a casa do vizinho é um monstro vivo e assustador.

A Casa Monstro (Monster House, no original) tem uma proposta bem legal: é um filme de terror para crianças!

O diretor Gil Kenan tem uma carreira curiosa – dois anos depois deste A Casa Monstro, dirigiu o pouco conhecido Cidade das Sombras, e seu terceiro filme só estreará este ano, a refilmagem de Poltergeist. Na produção executiva, vemos os nomes de Robert Zemeckis e Steven Spielberg. Não sei se teve mão do Zemeckis, mas A Casa Monstro usa a técnica de captura de movimento (que Zemeckis usara um ano antes em O Expresso Polar e dois anos depois em Beowulf).

Mas a captura de movimento não é o mais legal aqui. O melhor de A Casa Monstro é o equilíbrio entre a aventura infanto-juvenil e o terror. Essencialmente,o filme é de terror, mas consegue ser leve o suficiente para agradar as crianças, sem virar algo bobo e infantil. Ah, e adorei a música inicial, com a menininha cantarolando o tema, acompanhada pela orquestração…

No elenco, o trio principal é de atores desconhecidos, Mitchel Musso, Sam Lerner e Spencer Locke – nenhum dos três fez algo relevante depois. Mas entre os coadjuvantes, vemos vários nomes famosos, como Steve Buscemi, Maggie Gyllenhaal, Kathleen Turner, Catherine O’Hara, Jason Lee e Kevin James.

A Casa Monstro foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de melhor animação, mas não ganhou nada. Não sei se foi sucesso de público, só sei que heu queria ver mais desenhos neste estilo…

Cinderela

CinderelaCrítica – Cinderela

E a onda dos remakes continua!

Quando seu pai morre inesperadamente, a jovem Ella passa a viver sob as garras da sua cruel madrasta e suas filhas. Sem nunca desistir, sua sorte pode mudar depois que ela encontra um estranho.

Ano passado tivemos Malévola, uma releitura da história da Bela Adormecida, mas vista sob outro ângulo, o ponto de vista da vilã. A dúvida agora era: será que a Disney também iria mudar a história da Cinderela? Não podemos nos esquecer que estamos diante de um ícone tão forte, que o castelo e a trilha do desenho original viraram a vinheta da Disney!

Para os fãs, fiquem tranquilos. Toda a mitologia da Cinderela foi respeitada. Agora, para os não fãs… Toda a mitologia é respeitada – demais.

Cinderela não é ruim, longe disso. É um filme “correto”, tudo está no lugar esperado. E aí está o seu problema: todo mundo já conhece essa história. Será que era necessário fazer uma versão live action tão igual ao desenho?

(Os fãs vão apontar uma diferença aqui e outra acolá, mas é basicamente a mesma coisa.)

Em defesa do filme: é uma boa adaptação live action. Boa ambientação, bons efeitos especiais, etc. Mas me pareceu um desperdício ter um diretor com o talento de Kenneth Branagh para um filme tão careta, qualquer diretor meia boca faria um filme igual.

O elenco é ok. Cinderela (Lilly James) e o Príncipe (Richard Madden) vêm de séries de tv (Downtown AbbeyGame of Thrones). O destaque fica com Cate Blanchett, ótima como a madrasta. Ainda no elenco, Helena Bonham Carter, Derek Jacobi, Stellan Skarsgard, Ben Chaplin, Hayley Atwell, Holliday Grainger, Sophie McShera e Nonso Anozie. Ah, nos créditos a gente ouve a Helena Bonham Carter cantando Bibidi Bobidi Boo – me questionei pra que a atriz gravou a música, já que não aparece no filme.

Por fim, antes do filme passou o curta Frozen – Febre Congelante, que traz de volta Anna, Elsa, Olaf, Kristoff e Sven. Curtinho, engraçado, cantado (claro), foi mais divertido que o longa que passou depois…

Bob Esponja – Um Herói Fora D’Água

BobEsponjaCrítica – Bob Esponja – Um Herói Fora D’Água

Que tal um longa metragem com o Bob Esponja e sua turma?

Quando um diabólico pirata rouba a secreta receita de hambúrguer de siri, Bob Esponja e seus amigos devem viajar até a superfície para recuperá-la.

Antes de tudo, preciso avisar: nunca vi o desenho original, que passa (ou passava) no canal Nickelodeon. Vi o longa lançado em 2004, mas nem me lembro direito. Fui ver Bob Esponja – Um Herói Fora D’Água (The SpongeBob Movie: Sponge Out of Water, no original) sem ser um íntimo conhecedor do assunto.

E preciso falar que gostei, e ri como há muito não ria numa sala de cinema. Ok, admito, sou fã do humor bobão do Bob Esponja. Vou além: um tempo atrás comentei que sinto falta do humor nonsense dos anos 80, de filmes como Apertem os Cintos O Piloto Sumiu ou Top Secret. E achei o humor deste filme bem próximo daquele.

Agora, precisamos avisar que a divulgação do filme é quase uma propaganda enganosa. O título, o trailer, o cartaz, as imagens de divulgação, até os bonecos vendidos nas lojas, tudo isso dá a impressão de que a maior parte do filme se passa fora da água, com os personagens interagindo com cenários e atores reais, algo meio Roger Rabbit. Mas isso só acontece rapidinho, no fim do filme… Por sorte, a parte “tradicional” é tão engraçada quanto a parte “fora d’água”.

No elenco, o único ator conhecido é Antonio Banderas, que parece estar se divertindo muito como o pirata. Slash estava no trailer, mas acho que sua participação foi cortada do filme.

Bob Esponja – Um Herói Fora D’Água pode até não ser uma grande animação a ponto de peitar os grandes títulos da Pixar, da Disney e da Dreamworks. Mas que vai fazer muita gente rir, ah, isso vai.

Minúsculos: O Filme

minusculos-posterCrítica – Minúsculos: O Filme

Vamos de animação europeia?

Em uma clareira na floresta, uma jovem joaninha se vê no meio de uma guerra entre duas espécies de formigas atrás do açúcar deixado em um piquenique abandonado.

Escrito e dirigido pela dupla Thomas Szabo e Hélène Giraud, o desenho franco-belga Minúsculos:O Filme (Minuscule – La vallée des fourmis perdues, no original) parte de uma premissa interessante: uma animação feita em cima de cenários reais. Aparentemente, quase todos os cenários de imagens da natureza foram filmados, e os insetos foram desenhados em cima. Já os objetos que aparecem ao longo do filme, esses não sei se foram filmados ou desenhados.

Outra particularidade de Minúsculos é a ausência de diálogos falados. Diferente dos desenhos tradicionais que humanizam os animais, aqui eles se comunicam por ruídos – as formigas apitam, as joaninhas buzinam, etc. Por um lado, isso ficou bem legal. Mas acho que a falta de diálogos talvez canse os pequenos durante os 89 min de projeção. Vi o filme com meus dois filhos pequenos – o de 3 anos se desinteressou; o de 5 anos reclamou “porque não tem falas”.

Outro problema neste formato é que a criançada hoje em dia está acostumada com o ritmo aventura / comédia das animações hollwoodianas, e Minúsculos é mais lento e contemplativo, e quase sem momentos engraçados. O filme tem imagens belíssimas, mas não sei se a molecada vai dar bola pra isso.

E aí caímos em um problema: Minúsculos tem boa intenção, mas falha para o seu público-alvo…

Vale como experiência, vale para vermos algo diferente do padrão Hollywood. Mas que podia ser melhor, ah, podia…

O Estranho Mundo de Jack

O-Estranho-Mundo-de-JackCrítica – O Estranho Mundo de Jack

Que tal um filme de natal?

Jack Skellington, rei da cidade do Halloween, descobre a cidade do Natal e resolve sequestrar o Papai Noel para fazer o seu natal. Mas parece que Jack não entendeu muito bem o conceito.

Antes de tudo, vamos esclarecer uma confusão: afinal, O Estranho Mundo de Jack (Nightmare Before Christmas, no original) é Tim Burton ou não?

No início dos anos 80, quando ainda era um animador da Walt Disney Animation Studios, Tim Burton escreveu um poema de três páginas intitulado “The Nightmare Before Christmas”. Sua inspiração veio de especiais da tv como Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho e Como o Grinch Roubou o Natal. Com o sucesso do curta Vincent (que mais tarde originaria o longa Frankenweenie) em 1982, a Disney começou a considerar O Estranho Mundo de Jack como um curta-metragem ou um especial de tv de 30 minutos. Burton criou a arte conceitual e o storyboard, além de trabalhar na modelação das personagens. Também queria ter Vincent Price como narrador.

Mas Burton estava enrolado com as filmagens de Batman O Retorno e a pré produção de Ed Wood, então apresentou o projeto a Henry Selick (James e o Pêssego Gigante, Coraline), que também era um animador da Disney no início da década de 1980, e que acabou assumindo a direção – Burton ficou no roteiro e na produção. Ou seja, é Tim Burton, mas também não é…

Independente de quem é “o pai da criança”, O Estranho Mundo de Jack é um grande filme, um clássico moderno da animação, e um dos melhores filmes na história do stop motion. Digo mais: hoje o personagem Jack Skellington é cultuado como um dos maiores ícones darks da cultura pop contemporânea.

É difícil classificar O Estranho Mundo de Jack . Talvez seja muito infantil para os adultos e muito dark para as crianças. Mas quem estiver de coração aberto vai ver uma deliciosa fábula. (É curioso notarmos que Jack não é malvado. Ele tinha boas intenções, mas se atrapalhou e acabou tomando caminhos errados. Ou seja, serve também para crianças.)

A parte técnica enche os olhos, mesmo visto hoje, mais de vinte anos depois do lançamento. O stop motion é perfeito, e os cenários são cheios de detalhes em cada cena. A fotografia chama a atenção, usando um contraste entre o escuro sombrio da cidade do Halloween contra o muito colorido da cidade do Natal.

Se O Estranho Mundo de Jack tem um defeito, é que na minha humilde opinião, não tinha história para preencher um longa metragem. A trilha sonora de Danny Elfman é boa, mas achei que são músicas demais, às vezes cansa – e olha que o filme tem apenas 76 minutos. Talvez fosse melhor um filme de 30 minutos mesmo…

Falando em Elfman, ele dubla Jack nas músicas. Durante os diálogos, a voz é de Chris Sarandon. Catherine O’Hara, que tinha feito Os Fantasmas se Divertem com Burton, dubla Sally.

O Estranho Mundo de Jack é a sugestão de filme pra hoje. Feliz natal pra todos!

Operação Big Hero

OperaçãoBigHeroCrítica – Operação Big Hero

Novo longa de animação da Disney!

Depois de estranhos acontecimentos que atingem a cidade de San Fransokyo, o jovem gênio da informática Hiro se une ao robô Baymax e aos seus amigos nerds, Go Go Tomago, Wasabi, Honey Lemon e Fred. Determinados a solucionar o mistério e com ajuda da tecnologia eles iniciam os treinamentos para se tornarem os novos heróis da cidade.

A Disney acertou mais uma vez. Depois de Detona Ralph (2012) e Frozen (2013), a Disney mostra mais uma vez que está ao lado da Pixar e da Dreamworks na ponta da briga pelos longas de animação!

Parceria entre a Disney e a Marvel, Operação Big Hero (Big Hero 6, no original) tem tudo o que um grande filme precisa: uma história cativante, ação, humor, personagens carismáticos e uma qualidade técnica de animação top de linha.

Operação Big Hero não é musical como Frozen – o filme está mais próximo de Detona Ralph, que é quase uma comédia. Aliás gostei muito do humor presente aqui, o robô Baymax tem algumas tiradas sensacionais com seu humor peculiar. E aquele robozinho da cena inicial é genial!

Ah, a parte técnica… Hoje em dia é complicado surpreender, já que estamos acostumados com um padrão elevadíssimo. E mesmo assim, sequências como o voo de Baymax ainda nos deixam de queixo caído.

Como defeito, a gente pode citar que várias coisas a gente já viu em outros filmes, tipo o download de artes marciais de Matrix. Ah, e o Baymax descontrolado ficou igualzinho ao Hulk perseguindo a Viúva Negra em Os Vingadores, assim como os patins de Go Go lembram muito as motos de Tron. Isso porque não vou falar que o símbolo do vilão é igual ao tordo de Jogos Vorazes.

(Claro, existe outro problema, que é o “padrão Disney”: a gente sabe que todo o filme carrega uma grande dose de sentimentalismo. Mas isso todo mundo que vai ver já sabe, né?)

Diferente do que acontece com a maioria dos longas de animação contemporâneos, Operação Big Hero não tem vozes de atores muito famosos. Por exemplo, Baymax, no original, é dublado por Scott Adsit, que fazia o Pete Hornberger, coadjuvante da série 30 Rock. Ainda no elenco, James Cromwell, Ryan Potter, Genesis Rodriguez, Damon Wayans, Jamie Chung, Maya Rudolph e Alan Tudyk.

No fim do filme temos um gancho para novas aventuras com os mesmos personagens. Se vierem, tomara que mantenham a qualidade. E não podemos nos esquecer que Operação Big Hero é um filme da Marvel. Então, tem cameo do Stan Lee, e tem cena pós créditos…