Sleeping Beauty

Crítica – Sleeping Beauty

No primeiro dia do Festival do Rio, fui até o Estação Botafogo pra ver este Sleeping Beauty. Não sei por qual motivo, a sessão tinha sido cancelada. Ok, deixei pra lá. Mas, olha só, apareceu o filme pra download… Baixei, vi e constatei que dei sorte – o filme é fraco…

Lucy (Emily Browning) é uma estudante universitária que trabalha em várias coisas ao mesmo tempo. Respondendo a um anúncio de jornal, ela aceita um trabalho para servir jantares vestindo apenas lingerie. Pouco depois, lhe oferecem o emprego de “bela adormecida”, em que ela deve ser sedada para servir às fantasias eróticas de homens mais velhos.

O problema do filme escrito e dirigido pela estreante Julia Leigh é que falta história, enquanto sobra pretensão. Acompanhamos Lucy por uma hora e meia, e a única coisa interessante que vemos é a Emily Browning tirando a roupa. Pelo menos isso acontece com frequência!

O filme podia se aprofundar em várias coisas – como aquela bizarra sociedade que usa mulheres nuas como garçonetes. Mas, nada. Aliás, pior ainda, o filme nem explica coisas necessárias – caramba, Lucy tinha um emprego formal, além de ser garota de programa, e ainda fazia tarefas estranhas para ter um extra financeiro. Como é que ela não tinha dinheiro pro aluguel?

Sleeping Beauty só serve para os fãs de Emily Browning. A protagonista de Sucker Punch mostra maturidade como atriz – com e sem roupa – não vou estranhar se ela for indicada a algum prêmio. Fora isso, o filme é dispensável.

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p.s.: Aqui encerro meus comentários sobre o Festival do Rio 2011. Ano que vem tem mais!

Entre Segredos e Mentiras

Crítica – Entre Segredos e Mentiras

Um herdeiro de uma família milionária (Ryan Gosling) se apaixona e se casa com uma mulher humilde (Kirsten Dunst). Quando ela desaparece misteriosamente, ele se torna o principal suspeito. Baseado em fatos reais.

Sabe quando um filme é “correto”, mas não é bom? É o caso aqui. Entre Segredos e Mentiras (All Good Things, no original) tem um bom elenco, uma bem cuidada reconstituição de época e uma bela fotografia. Mas parece que o filme não “decola” nunca.

Não sei precisar exatamente onde está o problema do filme dirigido por Andrew Jarecki (Na Captura dos Friedmans). Talvez seja o ritmo excessivamente lento; talvez seja a história pouco interessante. O fato é: Entre Segredos e Mentiras não empolga.

Mas, como disse, o filme não é ruim. Podemos destacar um bom trabalho do elenco, principalmente o casal principal. Kirsten Dunst e Ryan Gosling (principalmente Gosling) convencem com seu casal complexo. Os coadjuvantes Frank Langella e Lily Rabe também estão bem.

Pena que isso não é suficiente. Entre Segredos e Mentiras não é ruim, mas também está longe de ser bom. Tem coisa melhor por aí.

A Pele Que Habito

Crítica – A Pele Que Habito

Pedro Almodóvar é um dos diretores mais prestigiados entre boa parte dos cinéfilos cariocas. Nada como usar o seu novo filme para abrir o Festival do Rio, hoje à noite, né?

O doutor Robert Ledgard (Antonio Banderas) passou doze anos se dedicando à criação de um novo tipo de pele, depois que sua mulher sofreu queimaduras fatais num acidente de carro. Vera, uma misteriosa paciente, é usada para testar a pele.

Vou confessar uma coisa aqui: por motivos diversos, perdi vários filmes seguidos de Almodóvar. Não tenho nada contra ele, foi apenas coincidência. Curiosamente, antes dele ser popular (fase pré Mulheres À Beira de um Ataque de Nervos), vi muita coisa da sua fase underground, como A Lei do Desejo e Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón. Mas agora heu estava devendo, o último filme que vi dele foi Carne Trêmula, de 1997.

A expectativa era grande, já que fazia tempo que heu não via nada dele. Mas não me decepcionei, A Pele Que Habito é um bom filme, e traz algumas coisas que são a cara do diretor espanhol, apesar de ter uma temática científica, com direito a roteiro em ordem não cronológica.

A melhor coisa de A Pele Que Habito é a estrutura do seu roteiro. A trama tem uma reviravolta de roteiro sensacional, acho difícil o espectador sair ileso – conversei com algumas pessoas depois da sessão de imprensa, e o desconforto era uma sensação comum. E a fotografia também é bem cuidada, o filme tem várias imagens belíssimas.

A Pele Que Habito também traz uma coisa que é a cara de seu diretor: personagens bizarros vivendo situações bizarras. Toda a parte do Tigre é genial!

O elenco está muito bem. Antonio Banderas, que não trabalhava com o seu compatriota desde Ata-me, muitas vezes é canastrão, mas aqui acerta o tom. Elena Anaya, linda linda linda, está ótima num papel difícil. E Marisa Paredes, eterna musa de Almodóvar, também tem um papel importante.

Nem tudo é perfeito. Almodóvar quis homenagear o Brasil, então criou alguns personagens brasileiros. Mas, caramba, por que não colocar atores brasileiros? O sotaque dos gringos é horrível!

Mesmo assim, A Pele Que Habito é um bom filme e merece ser visto. Pena que a sessão de hoje é só pra convidados (heu também não tenho convite…). Mas tem sessões domingo e segunda. E a estreia nacional está prevista para 4 de novembro – a maioria dos filmes do Festival do Rio não tem exibição garantida no circuito.

Contágio

Crítica – Contágio

Beth volta aos EUA depois de uma viagem a Hong Kong e começa a passar mal. Ela não sabe, mas está carregando um perigoso e mortal vírus, que a mata dois dias depois. Aos poucos, novos casos aparecem pelo mundo, dando início a uma epidemia global.

Uma coisa interessante no novo filme de Steven Soderbergh é que este é um tipo de coisa que pode acontecer a qualquer momento. Um terror real! E com direito a falência da sociedade e o caos reinando nas ruas. Mas o clima do filme não é terror, nem ação (como o semelhante Epidemia, de 1995). É um drama com núcleos de personagens que não necessariamente se encontram, semelhante a Short Cuts, de Robert Altman.

A semelhança com Altman também rola por causa do excelente elenco multi estrelado, como também acontece de vez em quando em filmes de Soderbergh. Vários bons atores estão presentes, como Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Jude Law, Laurence Fishburne, Kate Winslet, Marion Cotillard, Elliot Gould e Jennifer Ehle.

Gostei da estrutura do filme, mostrando o dia a dia da epidemia. Gostei também do fim do filme, mas não falo aqui por causa de spoilers. E também da trilha sonora tensa, a cargo de Cliff Martinez, ajuda na dramaticidade dos acontecimentos.

No fim, podemos dizer que em pelo menos um aspecto Contágio é eficiente: um cara tossiu dentro do cinema, e heu fiquei bolado…

A previsão de estreia é no dia 28 de outubro, mas quem etiver ansioso, vai passar antes no Festival do Rio, que começa esta sexta.

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O Desinformante
Substitutos
Pulp Fiction

O Escritor Fantasma

Crítica – O Escritor Fantasma

Ewan McGregor é contratado para ser o ghost writer de um livro escrito pelo ex primeiro ministro inglês – ghost writer é aquele profissional que trabalha no texto de outra pessoa, mas não assina o trabalho. Aos poucos, ele descobre que o trabalho é mais perigoso do que parecia.

Trata-se do novo filme do grande Roman Polanski, concluído na época que ele estava em prisão domiciliar na Suíça, esperando ser extraditado ou não para os Estados Unidos pelo crime de pedofilia, cometido décadas antes. Coincidência ou não, o filme tem algo de autobiográfico, com o político em casa, esperando para saber se vai ser levado para um julgamento em outro país.

O Escritor Fantasma lembra Chinatown, onde um homem também vai descobrindo aos poucos que os problemas onde está envolvido. Não só na trama, como também no ritmo – assim como em Chinatown, o ritmo aqui é lento. Mas o talento de Polanski não deixa O Escritor Fantasma cair na monotonia e ser um filme chato.

O nome traduzido é curioso. A tradução está correta, mas aqui no Brasil ninguém usa a expressão “escritor fantasma”, usa-se o original “ghost writer”. Enfim, o personagem é tão fantasma / ghost, que nem tem nome!

O elenco está ok. Além de McGregor, o filme conta com Olivia Williams, Kim Cattrall, Pierce Brosnan, Tom Wilkinson e um quase irreconhecível James Belushi em um papel pequeno.

Polanski ganhou o Urso de Prata de Melhor Diretor no Festival de Berlim por este filme, mas não sei o quanto a sua situação pessoal ajudou a decisão do júri. Mesmo assim, O Escritor Fantasma não vai decepcionar os apreciadores do estilo.

Agnosia

Crítica – Agnosia

Não é de hoje que a Espanha nos apresenta bons filmes fantásticos, principalmente por causa de diretores como Guillermo Del Toro e Álex de la Iglesia. Então, quando soube de um filme escrito por Antonio Trashorras, o mesmo roteirista de A Espinha do Diabo (dirigido por Del Toro), corri para ver.

Espanha, 1899. Joana é uma bela jovem com uma doença que atrapalha a sua percepção e a impede de reconhecer alguns sons e imagens. Quando seu pai morre, ela vira vítima de um plano para descobrir um segredo industrial.

Como heu disse, tem um monte de filmes fantásticos bons feitos na Espanha. Mas Agnosia não é um deles – principalmente porque, de fantástico, o filme não tem nada!

Mas o pior de Agnosia não é ser um drama. O problema é o roteiro, lento demais, e com algumas situações forçadas demais. Para não entregar spoilers, vou me ater à cena inicial:
1- Se o pai de Joana fabricou uma lente para vender rifles, por que ficou chocado com pessoas que estavam usando o seu rifle para matar um animal? Será que ele achava que os rifles não matariam ninguém?
2- Este evento teve algo a ver com a doença de Joana? Ou foi só uma coincidência?
Resumindo: pra que esta cena inicial? Só para nos mostrar que o cara tinha um segredo industrial? E precisava de toda a papagaiada em volta da menina?

E assim o filme segue, leeento… A parte dentro do quarto escuro é boa, mas isso acontece depois da metade do filme.

Pelo menos nem tudo é de se jogar fora. O diretor Eugenio Mira tem talento para criar belas cenas, como a cena inicial dos rifles e balões pretos, ou a cena final, na escadaria. Cinematograficamente, são cenas muito bonitas.

No elenco, só reconheci dois nomes: Eduardo Noriega, de Abra Los Ojos e A Espinha do Diabo; e Bárbara Goenaga, de Los Cronocrimenes (todos os três filmes são bons exemplos de filmes fantásticos espanhois…).

Enfim, Agnosia não é de todo ruim. Mas tem filme espanhol melhor por aí.

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Se você gostou de Agnosia, o Blog do Heu recomenda:
The Oxford Murders
O Orfanato
Los Ojos De Julia

Detenção

Crítica – Detenção

Um grupo de homens comuns se oferece como voluntários em uma experiência científica, onde, confinados em uma prisão abandonada, serão divididos em dois grupos, um de prisioneiros e outro de guardas.

Paul Scheuring, roteirista da série Prison Break, dirige aqui uma refilmagem do filme alemão A Experiência (Das Experiment, de 2001), que, por sua vez, foi inspirado em uma experiência real ocorrida em 1971 na prisão Stanford.

Detenção é uma produção simples. Às vezes parece até uma peça teatral filmada – poucos cenários, poucos efeitos especiais, quase tudo baseado em diálogos e ações entre os atores. O que realmente vale a pena aqui é a interpretação dos dois atores principais, Adrien Brody e Forest Whitaker, ambos ganhadores de Oscar (por O Pianista e O Último Rei da Escócia, respectivamente). Suas interpretações principalmente Whitaker – trazem a profundidade necessária para tornar o filme interessante do início ao fim.

Isso porque o roteiro, escrito pelo diretor Scheuring, acerta no crescente da tensão, mas falha em certos aspectos de desenvolvimento da trama e de alguns personagens, o que torna o filme uma boa ideia mal desenvolvida – fica aquela velha sensação de “poderia ter sido melhor”…

Enfim, pelo menos Brody e Whitaker salvam o filme.

Stake Land

Crítica – Stake Land

Filme de vampiro tem um monte por aí. Filme de futuro pós-apocalíptico também tem um monte. Mas filmes misturando os dois temas são mais raros…

Num futuro onde a sociedade foi devastada por um apocalipse de vampiros, o adolescente Martin se une ao caçador de vampiros Mister na luta pela sobrevivência.

O que é legal aqui neste filme dirigido pelo ainda desconhecido Jim Mickle é que, se a gente trocar o “vampiro” por, sei lá, um vírus, uma catástrofe natural ou algo semelhante (pode até ser os já “tradicionais” zumbis), o filme funciona direitinho – vira um drama pós-apocalíptico sério. O que não quer dizer que os vampiros sejam mal feitos – nada disso, são vampiros à moda antiga, assustadores como eram pra ser, antes da atual moda de vampiros galãs.

O elenco, liderado pelos pouco conhecidos Connor Paolo e Nick Damici, tem um nome famoso: Kelly McGillis, outrora a bonitona de Top Gun e A Testemunha, mas hoje cinquentona e sem nenhum glamour.

O roteiro, escrito pelo diretor e pelo protagonista Nick Damici, faz um bom trabalho na construção dos personagens e seus dramas. O filme prefere focar nas pessoas, mas achei que o conflito com a “Irmandade” poderia ser melhor explorado – aquele grupo de freaks podia render uma boa história.

Stake Land não se tornará um clássico, mas pode ser uma opção pra quem estiver cansado dos clichês comuns de vampiros.

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Se você gostou de Stake Land, o Blog do Heu recomenda:
Zombieland
Padre
O Livro de Eli

Alta Fidelidade

Crítica – Alta Fidelidade

Desde que comecei a fazer meus Top 10, tenho vontade de rever este Alta Fidelidade, de 2000, onde o protagonista também gosta de criar listas.

Adaptação do livro homônimo de Nick Hornby, Alta Fidelidade é um dos melhores filmes do diretor Stephen Frears. Rob Gordon (John Cusack), dono de uma loja de discos de vinil e com mania de fazer listas de Top 5, vive uma crise dos trinta ao se separar de mais uma namorada.

Os Top 5 de Alta Fidelidade são quase todos ligados à música. Mas um deles, o Top 5 de piores separações, é a linha que guia o filme. Acho que é isso o que torna tão interessante. Por um lado, é um filme delicioso para apreciadores de música de um modo geral e amantes de discos de vinil em particular; por outro lado, é a velha história do cara que gosta da garota.

No elenco, um inspirado John Cusack é o nome do filme. Fica difícil imaginar Rob Gordon sem o rosto de Cusack, que inclusive usa diversas vezes o artifício de “quebrar a quarta parede” para maior empatia com a sua audiência. Além dele, o elenco conta com um Jack Black um pouco menos exagerado que o atual, Tim Robbins, Catherine Zeta-Jones, Lisa Bonet, Joan Cusack, Lili Taylor e os desconhecidos Iben Hjejle e Todd Louiso.

Em nenhum momento Alta Fidelidade tem a pretensão de ser um filme grandioso. Assim, com clima intimista, o filme conquistou muitos fãs pelo mundo – incluindo este que vos escreve.

Pra fechar, vou montar a minha lista pessoal de Top 5 – de discos, afinal, sobre filmes, vocês podem ler diversos posts pelo blog…

Top 5 melhores discos do Heu
1- Brain Salad Surgery – ELP
2- A Night At The Opera – Queen
3- Machine Head – Deep Purple
4- Jardim Elétrico – Os Mutantes
5- Nós Vamos Invadir a Sua Praia – Ultraje a Rigor

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Se você gostou de Alta Fidelidade, o Blog do Heu recomenda:
500 Dias Com Ela
Quase Famosos
Escola do Rock
Across The Universe

A Árvore da Vida

Crítica – A Árvore da Vida

Mais uma polêmica em cartaz nos cinemas cariocas!

O novo filme do cultuado Terrence Malick conta a história de uma família com três irmãos nos anos 50. O filme foca no irmão mais velho, desde a infância até a perda da inocência.

Trata-se de uma polêmica bem diferente da última. Enquanto Srpski Film (A Serbian Film – Terror Sem Limites) foi censurado em vários países, A Árvore da Vida traz uma recomendação oposta: ganhou a Palma de Ouro no último Festival de Cannes. Se um chega cercado de coisas negativas, o outro vem super badalado.

Mas então por que a polêmica? Fácil. A Árvore da Vida é um filme cabeça, cheio de momentos “herméticos”. Mas o público “normal”, que vai ao cinema pra ver “um filme que tem o Brad Pitt e um bebê fofinho no cartaz”, não sabe que vai ver um filme de arte. E, muitas vezes, reclama em voz alta – na sessão que fui, no Unibanco Arteplex, teve discussão entre espectadores revoltados com o filme. E pelo que tenho lido por aí, discussões e brigas têm sido constantes nas salas de cinema!

O diretor Terrence Malick é um sujeiro esquisitão. Não gosta de aparecer em fotos (tinha isso no contrato dele em Além da Linha Vermelha), e faz filmes em um ritmo diferente da maioria. Este é apenas o seu quinto filme – e seu primeiro foi em 1973, 38 anos atrás! Bem, pelo menos admito que o cara tem talento ao capturar belas imagens.

Mas, na minha humilde opinião, Malick se perdeu. As cenas de planetas e dinossauros são completamente desnecessárias. São uns vinte minutos de imagens aleatórias, sem diálogos, só com música erudita ao fundo. Admito, imagens belíssimas. Mas dispensáveis.

(Posso estar enganado, mas a impressão que tive é que Malick queria evocar 2001, Uma Odisseia no Espaço. Imagens espaciais e música clássica. O problema é que Malick não é Kubrick…)

Outra coisa dispensável é a participação de Sean Penn. Sean Penn no escritório, Sean Penn no elevador, Sean Penn andando em uma grande cidade. Tire essas cenas, o filme não perde nada – na verdade, o filme ficaria menos cansativo. O mesmo digo sobre frases soltas, em off, espalhadas pelas cenas contemplativas.

Apesar disso tudo, A Árvore da Vida não é ruim. Acho que a única parte que achei realmente ruim foi o momento “Nosso Lar”, com todo o elenco junto na praia…

Vamos falar do que funciona. A parte do Brad Pitt e sua família é boa. Os personagens são bem construídos, os atores estão ótimos, e a reconstituição de época é perfeita.

Sobre o elenco, Brad Pitt está excelente – não sei se é cedo, mas não me espantarei se ele for um dos favoritos ao Oscar 2012. A mãe interpretada pela desconhecida Jessica Chastain traz o equilíbrio perfeito para o papel de Pitt. O garoto Hunter McCracken, estreante, também manda bem.

Além disso, o filme tem um visual realmente bonito. A gente vê o cuidado de Malik em cada cena, são vários os momentos belos e contemplativos ao longo das quase duas horas e vinte minutos de duração.

Mas, como disse antes, A Árvore da Vida não é para todos. Arrisco a dizer que a maioria não vai gostar. Heu não gostei, me cansei um pouco de filmes cabeça… Assista por sua conta e risco! Só não vale discutir no cinema, ok?