Crítica – Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos
O reino pacífico de Azeroth está à beira da guerra quando sua civilização enfrenta temíveis invasores: orcs guerreiros que fogem do seu mundo que está morrendo para colonizar outro.
Antes de tudo, preciso falar que nunca joguei o videogame Warcraft, de onde este filme é baseado. Acredito que devem existir várias referências ao jogo ao longo do filme. A boa notícia é que pode-se ver o longa sem conhecer o jogo. Para estes, trata-se de mais um filme de fantasia medieval.
E aí temos um dos principais problemas de Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos (Warcraft, no original): a comparação inevitável com O Senhor dos Anéis – afinal, temos um mundo onde habitam anões e elfos e onde humanos brigam contra orcs. E, na comparação, Warcraft perde, mesmo tendo um concorrente lançado 15 anos antes.
Mesmo inferior a Senhor dos Anéis, acredito que Warcraft vai agradar os menos exigentes. Alguns cenários digitais são muito bem feitos, e a trilha sonora é muito boa! Mas, por outro lado, não vemos nenhuma batalha épica, nenhum momento “Abismo de Helm” (se é pra comparar com Senhor dos Anéis…). E o filme não precisava ter mais de duas horas, ficou cansativo.
Saber que este é o novo filme de Duncan Jones me causou surpresa. Jones chamou a atenção do mundo com seu primeiro filme, Lunar, uma ficção científica independente bem diferente do padrão. Seu segundo filme, Contra o Tempo, já era uma super produção, mas também não era nada convencional. Warcraft é seu terceiro filme. Não sei se foi culpa do estúdio ou falta de inspiração de Jones, mas ele agora parece estar no “modo genérico”. No futuro, Warcraft não entrará nas listas dos seus melhores filmes…
Tenho coisas boas e ruins pra falar sobre o cgi. Se por um lado é interessante termos quase uma animação por computador com alguns atores humanos inseridos, por outro lado o cgi soa artificial em algumas cenas. Mas apesar disso achei o resultado positivo. Seria inimaginável um filme desses sem o cgi!
O elenco não tem nenhum grande nome. O protagonista é Travis Fimmel, da série Vikings. Paula Patton faz uma orc fêmea com traços humanos, bem diferente de todas as outras orcs fêmeas do filme – será que vão explicar isso no(s) próximo(s) filme(s), ou será que é só pra gente simpatizar mais quando ela tem um flerte com um humano? Ainda no elenco, Ben Foster, Dominic Cooper e as vozes de Toby Kebbell, Clancy Brown e Daniel Wu.
No final do filme, em vez de uma conclusão da história, temos ganchos para a(s) continuação(ões). Muito chato isso, depois de duas horas arrastadas, o filme poderia ao menos terminar…