Claustrofobia

Crítica – Claustrofobia

Depois de A Espiã, mais um filme holandês! Desta vez, um mais recente, e sem nenhum nome conhecido envolvido.

Claustrofobia é daquele tipo de filme que o quanto menos você souber, melhor. Simplificando em uma frase: “A estudante de veterinária Eva acorda e se vê algemada a uma cama, sozinha num porão.”

Claustrofobia é uma agradável surpresa. Um filme simples com uma trama interessante, um suspense não tem nada de sobrenatural – o filme trata de um cara desequilibrado, que pode ser o seu vizinho. E com um roteiro eficiente em construir reviravoltas – quando você acha que “matou” a história, logo alguma coisa te direciona para outro caminho.

Li na internet que Bobby Boermans, o diretor de Claustrofobia, estreante em longas, optou por não lançar seu filme nos cinemas, e liberar o download gratuito. Por um lado é uma pena, já que o filme tem qualidades e é melhor que alguns títulos que são lançados no circuito. Por outro lado, isso deu uma visibilidade maior ao filme e ao seu realizador. Acho que ainda veremos o seu nome por aí.

(Tem mais: um filme de suspense holandês, sem nenhum nome conhecido, NUNCA ia ser lançado por aqui. Então, pra gente, tanto faz…)

O elenco, claro, não tem nenhum nome famoso. Alison Carroll e Dragan Bakema, os principais nomes na trama, cumprem bem seus papeis.

Fica a dica: uma boa opção off-Hollywood. E esse pode baixar que não é pirataria!

p.s.: Não entendi o poster. Até rola uma breve nudez, mas nada como sugere o poster…

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Kill List

Crítica – Kill List

Ex-militar, hoje Jay vive como matador de aluguel. Depois de uma missão que dá errado, ele fica meses sem trabalhar, até que aceita uma nova missão, onde tem que matar apenas três pessoas.

Produção inglesa independente, misto de ação e suspense com uma pitada de terror, Kill List tem um ritmo devagar, vamos descobrindo aos poucos os mistérios do protagonista Jay. A trama vai num crescente até a impactante parte final, onde os detalhes deixados ao longo da projeção são conectados. A violência gráfica rola em quantidade razoável ao longo do filme, e a cena final é bem forte – em certo aspecto, lembrou o polêmico A Serbian Movie (mas sem a parte sexual).

Kill List não tem nenhum nome conhecido envolvido, foi dirigido por Ben Wheatley e estrelado por Neil Maskell, MyAnna Buring, Michael Smiley e Emma Fryer (MyAnna Buring estava em Abismo do Medo, não conhecia nenhum dos outros). O elenco está ok, nenhum destaque positivo; tampouco nenhum negativo.

O fim do filme é bem confuso. Fui procurar explicações no fórum de leitores do imdb, vi que tem muita gente que não entendeu. Não acho que um filme precisa entrar em detalhes minuciosos sobre tudo, mas em alguns casos, explicar alguma coisa pode ajudar.

Filme “menor”, Kill List não vai mudar a vida de ninguém. Mas pode ser uma boa distração. Se você conseguir curtir o final, claro.

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Prometheus

Crítica – Prometheus

Finalmente, chegou um dos mais aguardados filmes de 2012!

Um grupo de arqueólogos descobre uma pista sobre a origem da humanidade na Terra. Uma grande corporação então organiza uma expedição a um planeta distante, onde vão procurar respostas para questões existenciais.

Antes de começar a falar de Prometheus, preciso avisar que NÃO é um filme da franquia Alien. “Ué, mas esse filme não era um prequel do primeiro Alien? Bem, mais ou menos. Explico.

Prometheus é um prequel sim. Mostra o universo dos filmes Alien, antes do que aconteceu lá longe, no primeiro, Alien, o Oitavo Passageiro, dirigido pelo mesmo Ridley Scott em 1979. Mas não é um filme sobre a criatura “alien” – os xenomorfos e “face hughers”. Isso pode causar uma grande decepção em boa parte dos espectadores, que vão ao cinema para ver os bicharocos com sangue ácido e uma boca dentro da outra. Então, caro leitor, deixe-me avisá-lo logo: Prometheus NÃO é um filme sobre os aliens!

Dito isso, vamos ao filme. Prometheus não é Alien, mas é muito bom. Ridley Scott está de volta!

Prometheus entrega o “prometido” (desculpem, mas o trocadilho era inevitável…): misto de ficção científica com suspense e pitadas de terror, trama mostrando elementos do universo Alien, efeitos especiais excelentes e uma cenografia com um visual embasbacante – os cenários e alienígenas seguem o traço do pintor H. R. Giger, o criador do xenomorfo original.

O visual de Prometheus é realmente impressionante. Todos aqueles cenários devem ser digitais, mas a qualidade da imagem faz tudo parecer muito real. A fotografia do filme é belíssima!

O elenco é muito bom. Michael Fassbender está excelente como o androide “da vez” (não, não é spoiler). Noomi Rapace, da versão sueca de Os Homens que Não Amavam as Mulheres, manda bem com a sua “nova Ripley” (personagem de Sigourney Weaver nos quatro filmes da série Alien). Charlize Theron também está ótima com a fria chefe. Só não gostei de Guy Pearce mal maquiado como o idoso Weyland. Por que não contratar um ator veterano? Ou pelo menos fazer uma maquiagem bem feita? Ainda no elenco, Idris Elba, Logan Marshall-Green, Sean Harris, Rafe Spall e uma ponta de Patrick Wilson.

Prometheus é bom, mas não é perfeito. O roteiro tem algumas falhas (como é que logo o geólogo responsável pelo mapeamento do local é o cara que se perde?), e são muitos personagens mal desenvolvidos… E ainda tem outro problema: a responsabilidade de ser “a nova ficção científica dirigida por Ridley Scott”. Scott foi o diretor de dois dos maiores filmes da história da ficção científica: Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e Blade Runner, o Caçador de Androides (1982). Prometheus é bom, mas perde na inevitável comparação.

Mas, na minha humilde opinião, o pior defeito de Prometheus é não ser uma história fechada. O fim do filme deixa claro que teremos uma continuação em breve. E sabendo que um dos roteiristas é Damon Lindelof, que tem Lost no currículo, a gente fica com o pé atrás com relação a pontas soltas…

Mesmo assim, Prometheus é um grande filme, e merece ser visto no cinema – parte do visual deslumbrante vai se perder no lançamento em dvd / blu-ray. Vi a versão em 3D, mas não senti nada essencial, acredito que possa ser visto em 2D sem nenhum prejuízo.

Agora aguardamos a continuação. Que seja tão boa quanto a continuação do primeiro Alien!

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Identidade

Crítica – Identidade

Desde que fiz o Top 10 de finais surpreendentes, tenho vontade de rever Identidade. Tempo livre no fim de semana, revi!

Dez pessoas ficam presas em um motel de beira de estrada por causa de uma forte chuva. Mas, um a um eles começam a ser assassinados. Ao mesmo tempo que procuram o assassino, tentam descobrir o que têm em comum.

Identidade é daquele tipo de filme que o quanto menos você souber, melhor. Acredito que já foi visto por boa parte dos leitores daqui do Blog, mas, em respeito aos que não viram, vou tomar cuidado para não soltar spoilers.

A estrutura do filme parece o clássico “whodoneit”, tipo os filmes da série Pânico: em um grupo de pessoas, um a um é assassinado, e o filme vai dando pistas para descobrirmos quem é o assassino. O Caso dos Dez Negrinhos, livro de Agatha Christie, é citado por uma personagem.

Mas só parece. A trama vai ficando mais complexa, incluindo até elementos que parecem sobrenaturais, até a sensacional reviravolta final. E é aí que a gente pára, porque é complicado falar mais sem comprometer a diversão de quem ainda não viu Identidade. Por mais que seja um filme de quase 10 anos atrás (foi lançado em 2003), tem gente que ainda não viu…

A direção estava nas mãos de James Mangold, que pouco antes fizera Garota Interrompida e Kate e Leopold, e recentemente dirigiu Encontro Explosivo. O elenco, liderado por John Cusack (competente como sempre), também conta com Amanda Peet, Ray Liotta, Rebecca DeMornay, Clea Duvall, Jake Busey, Alfred Molina, John C McGinley, John Hawkes e William Lee Scott. E, claro, Pruit Taylor Vince e seus olhos “nervosos” dão um toque extra especial ao filme.

Pra quem ainda não viu, fica aqui a recomendação. E pra quem viu, sugiro olhar o Top 10 de finais surpreendentes.

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12 Horas

Crítica – 12 Horas

Estreia de diretor brasileiro em Hollywood!

Quando sua irmã desaparece, Jill se convence que foi obra do mesmo serial killer que a sequestrou dois anos antes. O problema é que a polícia não acredita nela, acha que ela nunca foi sequestrada, que tudo foi fruto da sua imaginação.

Tem muita gente por aí criticando o diretor Heitor Dhalia (Nina, O Cheiro do Ralo, À Deriva) por causa de sua estreia hollywoodiana. Segundo estes críticos, Dhalia teria, “se vendido” ao esquema, já que não fez um projeto autoral, e sim um filme comercial. 12 Horas (Gone, no original) não é um filmaço, mas está longe de ser um filme ruim. Na minha humilde opinião, não foi um retrocesso na carreira de Dhalia.

Mas fica claro que 12 Horas é um “filme de produtor”. Dhalia deu entrevistas dizendo que tinha muito pouco controle sobre o filme, até para ensaiar com os atores, ele precisava da presença do produtor. Mas existem “filmes de produtor” ruins, e este não é um desses.

A trama é bem conduzida por Dhalia. O que é mais interessante aqui é que a gente não sabe se a história de Jill realmente aconteceu, ou se foi tudo dentro da sua cabeça – dúvida que persiste até o final do filme. Aliás, o final não agradou a todos, mas heu gostei.

Se tem algo que merece críticas é o roteiro de Allison Burnett, que força a barra de vez em quando. Tipo, todo mundo que fala com Jill se lembra de detalhes minuciosos sobre tudo. Mais: se o serial killer for real, por que a polícia não tem registros de outros casos?

Amanda Seyfried lidera um elenco sem nenhum destaque positivo, mas com alguns atores abaixo do esperado. Wes Bentley tem a mesma expressão durante todo o filme; Jennifer Carpenter pouco aparece; e Katherine Moennig parece que só está lá para mostrar o cabelo mal penteado. Ainda no elenco, Daniel Sunjata, Emily Wickersham, Sebastian Stan e Michael Paré, aquele mesmo, o canastrão de Ruas de Fogo, no papel de chefe de polícia.

Por último, só não entendi o título do filme em português, “12 Horas”. Esse intervalo de tempo nunca é mencionado ao longo do filme, e Jill usa mais horas na busca pela irmã. E é curioso que o diretor seja brasileiro, por que será que ele não palpitou no nome que o filme seria distribuído no próprio pais?

Vida longa a carreiras de brasileiros em Hollywood!

Absentia

Crítica – Absentia

As resenhas do imdb elogiam muito este filme obscuro. Fui ver qualé.

Sete anos depois de seu marido ter desaparecido, uma mulher está prestes a declará-lo morto e obter uma certidão de óbito. Sua irmã, que vem ajudá-la a superar este momento difícil, começa a desconfiar de estranhos acontecimentos ligados a um túnel de pedestres que tem por perto.

Absentia tem uma característica que traz qualidades e também defeitos: é um filme quase amador, de orçamento minúsculo (70 mil dólares), parece um projeto feito por amigos do diretor / roteirista / editor. Por um lado, o produto final é melhor do que muito filme “grande”; por outro lado, a produção às vezes se mostra precária demais.

Mike Flanagan, o tal diretor / roteirista / editor, conseguiu um resultado impressionante com o seu Absentia. O roteiro é sólido e criativo, a trama é envolvente e o filme é melhor que a média atual de terror e suspense que temos por aí nos dias atuais. E ainda rolam alguns sustos não óbvios.

Mas… Penso que se tivesse uma produção mais, digamos, generosa, talvez o filme fosse melhor. Os atores são amadores demais, e a edição às vezes deixa vazios não intencionais. Só pra citar um exemplo sem spoilers: Tricia, a mulher que teve o marido desaparecido, é interpretada por Courtney Bell, esposa de Flanagan. O problema é que ela estava grávida de sete meses. Ora, uma mulher sofrendo com o desaparecimento do marido há sete anos não deveria estar grávida, né? 😉

Além disso, rola outro problema que nada tem a ver com orçamento. A solução final não convence, deixa muitas pontas soltas. Tá, não precisa deixar tudo didaticamente explicado, o clima do filme é legal mesmo sem a gente saber exatamente o que aconteceu. Mas mesmo assim, o lance poderia ser melhor explorado…

Apesar disso, Absentia é uma boa surpresa. Fiquemos de olho no nome de Mike Flanagan!

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O Corvo

Crítica – O Corvo

(Não, não se trata de uma refilmagem de O Corvo, de 1994, último filme estrelado por Brandon Lee!)

A ideia era boa: um thriller de suspense com John Cusack interpretando Edgar Alan Poe poucos dias antes de morrer (Poe morreu com 40 anos). Será que funcionaria?

Baltimore, 1849. Em seus últimos dias de vida, o escritor Edgar Allan Poe ajuda a polícia a desvendar o caso de um serial killer que se baseia em seus livros.

O Corvo (The Raven, no original), novo filme de James McTeigue (V de Vingança) acerta em vários aspectos. Pena que o roteiro deixa a desejar.

O roteiro é cheio de furos e de situações forçadas. Vou citar alguns exemplos, tomando cuidado pra não soltar spoilers. Determinado momento descobrimos que um personagem foi sequestrado, mas na cena anterior este personagem está no meio dos outros, e cercado de policiais. Detalhe: o bilhete do sequestro veio antes do ato em si! Mais: uma pessoa, dentro de um caixão, na horizontal, consegue espiar através de um furo, e consegue ver a parede em vez do teto!

Situações assim vão acontecendo ao logo da projeção, e isso vai minando a credibilidade do filme. A boa vontade que antes existia se transforma em má vontade, e O Corvo desperdiça uma boa premissa.

Mesmo assim, O Corvo tem alguns méritos, como uma boa trilha sonora e uma bem feita ambientação em Baltimore do sec 19. Além disso, o sempre eficiente John Cusack não decepciona e apresenta um Poe bem construído. Além de Cusack, o elenco ainda conta com Alice Eve, Luke Evans e Brendan Gleeson

O Corvo não é exatamente ruim. Mas é uma grande decepção…

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Armadilha / ATM

Crítica – Armadilha / ATM

Três colegas de trabalho param em um caixa eletrônico no meio da madrugada. Quando vão sair, reparam que um homem sinistro os espreita lá fora.

Longa de estreia de David Brooks, Armadilha é uma típica produção modesta, mas mesmo assim é quase um bom filme. O pequeno elenco está ok, e o clima de tensão funciona ao longo da curta hora e vinte de projeção. O que estraga é um roteiro cheio de furos e situações forçadas.

Vamos ao que deu certo: a tensão em cima do misterioso vilão sem rosto é bem construída. E o trio de atores está bem, heu só conhecia Alice Eve, de Território Restrito e O Corvo, nunca tinha visto nada com os outros dois, Josh Peck e Brian Geraghty. Mas o filme não pede muito esforço deles…

Agora, o roteiro… Se heu fosse listar aqui as inconsistências, o post ia ser longo. Sem entregar spoilers, fico apenas com uma pergunta: por que eles não fugiram em algum momento de distração do vilão? Pior é que o roteirista é Chris Sparling, o mesmo do interessante Enterrado Vivo

E tem outra coisa que me incomodou muito, mas aí preciso dos aviso de spoiler.

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

A trama é construída para que pensemos na motivação do vilão – e no fim do filme, seguimos o vilão, mas não chegamos a nenhuma conclusão. Era melhor que o vilão continuasse misterioso e sem explicações…

FIM DOS SPOILERS!

Armadilha nem é ruim. Mas poderia ser melhor, ah, poderia…

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A Inquilina

Crítica – A Inquilina

Uma jovem médica, recém separada, encontra um ótimo apartamento a um preço incrivelmente barato. O que ela não sabe é que o seu senhorio desenvolverá uma certa obsessão por ela.

Produção da Hammer (que recentemente nos apresentou o bom A Mulher de Preto, A Inquilina parece um daqueles “filmes de apoio” que rolavam nas locadoras na época do vhs. Eram produções modestas, que acompanhavam os lançamentos de ponta. Não necessariamente um filme ruim, mas quase sempre um filme “menor”.

O que chama a atenção é o nome de Hilary Swank. Duas vezes ganhadora do Oscar de melhor atriz (por Garotos Não Choram e Menina de Ouro), Swank não só é a atriz principal como também produziu A Inquilina. Não que o filme seja ruim, mas acredito que os fãs da atriz esperavam mais.

Se a gente ignorar o laureado currículo da protagonista, o filme até funciona. Swank está bem em seu papel, assim como seu companheiro Jeffrey Dean Morgan. Só achei Christopher Lee desperdiçado em um papel besta.

Para não dizer que A Inquilina é igual a tudo o que tem por aí, rola uma interessante mudança de foco na narrativa com aproximadamente meia hora de projeção, justo quando o filme começava a ficar monótono e previsível. Boa sacada do diretor Antti Jokinen, finlandês com experiência em videoclipes mas estreando em longa metragens.

Pena que este momento de criatividade não continue ao longo do filme. O fim de A Inquilina é bastante óbvio…

No fim, A Inquilina só é recomendado àqueles que estão sem opção melhor para assistir. Ou então aos fãs dos atributos físicos de Hillary Swank, que aproveita para mostrar em detalhes o corpo malhado.

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O Despertar

Crítica – O Despertar

Inglaterra, 1921. Florence Cathcart, uma escritora especializada em desmascarar casos de falsos fantasmas, é contratada para investigar um colégio onde supostamente há um fantasma de uma criança.

Quando começou O Despertar, rolou uma sensação de “heu já vi isso antes”. Felizmente, a trama tem alguns “plot twists” interessantes. Se por um lado o filme não chega a ser muito original, pelo menos não é muito óbvio. E gostei do fim que abre espaço para duas diferentes interpretações.

Escrito e dirigido pelo estreante Nick Murphy, O Despertar ainda tem alguns trunfos, como as locações, num belo e enorme imóvel antigo (que tem cara de ser uma escola de verdade). Além disso, rola um susto aqui, outro acolá.

O nome principal do elenco é Rebecca Hall. Aqui ela tem oportunidade de ser a figura central do filme – já vi vários filme com ela, mas ela sempre é coadjuvante, como em Vicky Cristina Barcelona, O Grande Truque e Atração Perigosa. Ainda no elenco, Imelda Staunton (Harry Potter), Dominic West (300, John Carter) e o menino Isaac Hempstead Wright.

Pena que o resultado final é meia bomba. O Despertar pode ser uma diversão despretensiosa, mas está longe de ser um grande filme.

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