Inglaterra, século XIX. Cinco irmãs precisam enfrentar a pressão sobre o casamento enquanto enfrentam a crescente epidemia de zumbis.
Todo mundo conhece o livro “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen, né? Publicado pela primeira vez em 1813, o livro conta a história de uma jovem que lida com problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do início do século XIX, na Inglaterra. Bem, nem todos sabem, mas em 2009 saiu uma versão do livro ambientada num universo de zumbis – a autoria foi creditada à própria Jane Austen e a Seth Grahame-Smith (que, em 2010, lançou “Abraham Lincoln Caçador de Vampiros”). Este novo livro acaba de ganhar uma versão para o cinema.
Claro que não podemos levar a sério uma trama romântica do séc XIX com zumbis no meio. Mas, dentro da proposta galhofa, Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride and Prejudice and Zombies, no original) poderia ser bom. Mas não é.
Orgulho e Preconceito e Zumbis começa bem. É explicado que a Europa sofre com uma epidemia de zumbis em vez da peste negra, e que jovens mulheres são mandadas ao oriente para aprenderem artes marciais. E na família da protagonista, são 5 irmãs, todas treinadas como guerreiras. E temos uma cena na primeira parte do filme que mostra uma festa interrompida por um ataque de zumbis, onde vemos as irmãs pegarem facas e espadas escondidas nos seus vestidos longos com muitas anáguas para detonar zumbis em câmera lenta. A cena é muito boa e mostra um caminho bem interessante.
Mas parece que resolveram focar mais no lado romântico da história, e deixar os zumbis de lado. A ponto de falarem mais de uma vez da personagem da Lena Headey, que seria “a melhor espadachim da Inglaterra”, e quando ela aparece, nunca a vemos em ação.
O elenco também não ajuda. Lily James (a Cinderela) nem atrapalha, mas seu par, Sam Riley, parece que tem carisma negativo. Ainda no elenco, Bella Heathcote, Charles Dance e Matt Smith, além da já citada Headey.
Ou seja, temos um filme romântico com lampejos de zumbi aqui e acolá. Um bom momento ou outro se salvam (Elizabeth discutindo com Darcy enquanto brigam é outra boa cena), mas, no geral, acho que não vai agradar muita gente – quem gosta de filmes de zumbi vai sentir falta de ação; quem gosta de filmes românticos vai reclamar da presença dos mortos vivos.
Não sou contra “mash ups”. Mas que o próximo seja mais bem feito.
Como Sobreviver a um Ataque Zumbi
Crítica – Como Sobreviver a um Ataque Zumbi
Três escoteiros, amigos de infância, vão descobrir o verdadeiro significado da amizade quando tentam salvar a cidade de uma epidemia de zumbis.
Escrito e dirigido por Christopher Landon, Como Sobreviver a um Ataque Zumbi (Scouts Guide to the Zombie Apocalypse, no original) é uma divertida bobagem – como já se prevê pelo título. Apesar de ser um cara intimamente ligado à franquia Atividade Paranormal (ele roteirizou o 2, o 3, o 4 e o spin off Marcados Pelo Mal, e também dirigiu este último), Landon fez uma comédia escrachada com nada do estilo “câmera encontrada”.
Claro que temos muitos clichês, claro que o filme é previsível. O trio de amigos que protagoniza o filme é o de sempre: um cara bonzinho com uma paixão platônica, um gordinho com problemas para se socializar e um metido a esperto com os hormônios a mil. O roteiro também traz algumas coisas que fogem à lógica, como a solução criada para salvar o trio. Tudo é uma grande bobagem, mas preciso admitir que gostei do humor do filme.
Sabe aquela perigosa linha entre o humor nonsense e a baixaria, onde vários filmes transitam, mas poucos conseguem ser bem sucedidos? (Tipo confundir esperma com gel de cabelo em Quem Vai Ficar Com Mary?) Tem uma cena aqui, na cama elástica, que está neste limite da baixaria – e que é muito engraçada! Aliás, mesmo tendo um humor “bobo”, Como Sobreviver a um Ataque Zumbi tem alguns momentos antológicos. Adorei os gatos zumbis! E as cenas da zumbi “policial gostosa” e do zumbi cantando Britney Spears são algumas das cenas mais engraçadas que já vi em filmes do estilo.
No elenco, jovens pouco conhecidos, que funcionam para o que o filme pede: Tye Sheridan, Logan Miller, Joey Morgan, Sarah Dumont e Halston Sage. E um presente para os fãs de comédias mais antigas: uma participação especial, engraçadíssima, da veterana Cloris Leachman (a Frau Blücher de O Jovem Frankenstein). E também podemos falar da maquiagem e dos efeitos especiais, neste aspecto a produção é de primeira.
Como Sobreviver a um Ataque Zumbi não é tão bom quanto o genial Todo Mundo Quase Morto ou o subestimado Fido O Mascote. Mas é melhor que outras comédias de zumbi mais recentes como Meu Namorado é um Zumbi.
[REC] 4: Apocalipsis
Crítica – [REC] 4: Apocalipsis
Ficou pronto o esperado [REC] 4: Apocalipsis! Será tão ruim quanto o 3, ou será que a voltaram à qualidade dos primeiros filmes?
A repórter de tv Ángela é resgatada do prédio e levada a um navio para ser examinada. Contudo, as pessoas no navio não sabem que ela carrega a semente do vírus demoníaco.
Antes de tudo, analisemos a franquia [REC]. O primeiro filme, lançado em 2007, é, na minha humilde opinião, o melhor filme já feito usando o recurso de câmera encontrada, e figura fácil em listas de melhores filmes de terror dos anos 00. O segundo filme, de 2009, não é tão bom quanto o primeiro, mas em compensação traz um twist sensacional à história.
Os dois primeiros filmes foram dirigidos pela dupla Paco Plaza e Jaume Balagueró. Para concluir a saga, a dupla se separou – Plaza foi fazer o [REC] 3, que contaria a origem de tudo, enquanto Balagueró faria o 4, a conclusão. Como o 3 foi decepcionante, a expectativa para o 4 era grande.
Mas… Infelzmente, [REC] 4: Apocalipsis ([REC] 4: Apocalypse fora da Espanha) também decepciona…
Vejam bem, [REC] 4 não é exatamente um filme ruim. Se fosse um filme genérico de zumbis / monstros, seria um filme ok. Mas, com o nome “Rec” e com Balagueró na direção, a gente não esperava um filme apenas “ok”. Pô, este filme tem pedigree!
Outro problema: o subtítulo “apocalipse”. Com um subtítulo desses, a gente imaginava um novo Extermínio, uma devastação em um nível coerente com o nome do filme. Mas, que nada, [REC] 4 se passa num navio…
Assim como no terceiro filme, a idéia de câmera encontrada foi deixada de lado. Mas não achei ruim, na verdade me cansei do estilo “found footage”.
Resumindo, [REC] 4: Apocalipsis é apenas um filme mediano. Temos a volta de Manuela Velasco ao papel de Ángela Vidal, alguns sustos aqui e acolá e efeitos especiais eficientes, mas nada que chame a atenção. Muito pouco.
No fim rola um gancho para um possível quinto filme. Que heu sinceramente espero que não aconteça.
Zombeavers
Pára tudo! Castores zumbis!!!
Três amigas vão passar um fim de semana em uma cabana isolada ao lado de um lago – onde moram castores zumbis.
Em primeiro lugar, trata-se de um filme trash sobre castores zumbis. Então, neste texto, não cabe nenhum comentário do tipo “ah, mas isso é ridículo!”. CLARO que é ridículo! São CASTORES ZUMBIS!!!
Partindo do princípio de que estamos falando de um filme de castores zumbis, a gente aceita o roteiro absurdo. Porque, acreditem, um “castor zumbi” não é a coisa mais absurda que acontece ao longo do filme! Escrito e dirigido pelo estreante Jordan Rubin, Zombeavers me lembrou Black Sheep, filme neo zelandês com ovelhas assassinas…
Uma boa notícia: Zombeavers não abusa do cgi. Os efeitos especiais dos castores são à moda antiga: bonecos e animatronics. Mas… a má notícia agregada é que os castores parecem Muppets… Não dá pra ter medo de um Muppet, né?
Ah, claro, o roteiro tem seus furos, mas isso já era previsto, né? Tipo, eles acordam e vão nadar no lago, mas logo encontram os castores zumbis e voltam correndo para a cabana – e logo já está de noite… Mas os furos estão dentro de um limite, não são tantos furos bizarros como um Sharknado, por exemplo.
No elenco, claro que não tem ninguém conhecido. Mas isso pouco importa neste tipo de filme. As três meninas principais, Courtney Palm, Rachel Melvin e Lexi Atkins, são bonitinhas, pena que só a primeira tira a roupa (ofilme tem nudez e sexo,mas bem pouco). Os meninos são piores, Peter Gilroy não tem nenhum talento para artes dramáticas, e os outros dois não são muito melhores. Bem, pelo menos gostei das cenas com os entregadores no caminhão – não tem nada nos créditos, mas aquele de óculos e bigode não parece o Bill Hader?
Por fim, aguarde o final dos créditos. Rolam alguns out takes antes dos créditos, mas ainda tem mais. Espere até o fim, por uma curta cena, talvez a melhor piada do filme!
Buriyng the Ex
Filme novo do Joe Dante!
Um jovem que trabalha em uma loja de artigos de filmes de horror tem medo de terminar com sua namorada, uma ecologista vegan que tenta condicioná-lo a seu estilo de vida. Entretanto, o destino age, e ela morre atropelada. O problema é que pouco depois ela volta como um zumbi para perturbar sua vida e interferir no novo relacionamento do rapaz.
Sabe qual o problema da frase “Filme novo do Joe Dante”? É a expectativa de ver “o novo filme do diretor de Gremlins. Burying the Ex é legal, mas, claro, perde na comparação.
Se não é genial, pelo menos Burying the Ex é leve e divertido, e sabe dosar bem entre a comédia e o terror, alem de recriar um delicioso clima oitentista (apesar de se passar nos dias de hoje).
Além disso, a gente tem que reconhecer que a carreira de Dante já viu melhores dias. Se nos anos 80 ele fez Um Grito de Horror, Gremlins, No Limite da Realidade, Viagem ao Mundo dos Sonhos, As Amazonas na Lua e Viagem Insólita; nos últimos 10 anos só fez um filme para o cinema, o mal lançado The Hole (além disso, ele dirigiu algumas produções para a tv).
Burying the Ex tem uma boa dose de humor negro, e várias referências a outros filmes de terror – não só nos diálogos (“tem um filme do Tim Burton na sua sala!”), como também em posters e em trechos de filmes que passam ao fundo – os “conosseurs” dos clássicos do terror vão se divertir! O roteiro tem seus bons momentos, mas às vezes tudo soa forçado demais. Acredito que um “viúvo” precisaria de um pouco mais de tempo de luto, não?
O elenco está bem. Anton Yelchin (o Tchekov do novo Star Trek) funciona bem como o protagonista, e Ashley Greene, auxiliada por um excelente trabalho de maquiagem, está ótima como a namorada obsessiva. Só achei que deveriam escolher outra atriz para o papel da nova namorada – Alexandra Daddario é boa atriz, mas ela me parece muito bonita para fazer uma mulher tão “disponível”. Fechando o elenco principal, Oliver Cooper, o filho de Hank Moody em Californication. Ah, temos Dick Miller numa ponta, ele mesmo, que acho que esteve em absolutamente todos os outros filmes de Dante.
No fim dos créditos, rola uma cena de bastidores. Preferia ver uma cena extra…
O Caçador de Zumbis / Zombie Hunter
Crítica – Caçadores de Zumbis
Gosto de filme trash. E heu estava procurando algo light e sem muita coisa pra pensar, pra poder ver na esteira da academia. Aí catei este filme pra ver pelo celular.
Num futuro pós apocalíptico onde uma nova droga transformou as pessoas em zumbis, um homem solitário se encontra com um grupo de sobreviventes.
Sabe quando um ator famoso é usado como chamariz? Tipo o Samuel L. Jackson, que, do nada, morre no meio de Do Fundo do Mar? Poizé, agora é a vez de Danny Trejo, que aparece em apenas duas ou três cenas aqui. Olha, admito que sou fã do Danny Trejo, mas reconheço que o cara não é bom ator. Ou seja, o resto do elenco é ainda inferior!
Mas o elenco não é a pior coisa de Caçadores de Zumbis (Zombie Hunter, no original), filme de estreia do diretor / produtor / roteirista Kevin King. Acho que o que mais me incomodou foi o roteiro preguiçoso. Os personagens são clichês unidimensionais, mas até aí isso era previsível. Tem uns monstrões que aparecem do nada, e ninguém explica o que são, mas ainda aceito isso. Mas, lá perto do terço final, aparece um novo tipo de vilão, fantasiado de palhaço, que achei que seria um zumbi inteligente – ele sabe manusear uma moto-serra, não pode ser um zumbi igual aos outros. Seria um excelente twist para a trama, que até então era mais do mesmo. Mas o palhaço entra e sai do filme sem justificar de onde veio nem para onde vai…
Ah, tem os efeitos especiais. Até gostei do efeito do sangue espirrando na tela, mas admito que repetiram tanto que cansou. E todo o sangue jorrado é em cgi mal feito, e, pra piorar, um sangue rosa. E ainda tem a maquiagem amadora dos zumbis. Efeitos especiais de baixo orçamento fazem parte do pacote, mas foi um pouco demais, na minha humilde opinião.
Ainda cabe falar mal de uma coisa? Dentre os poucos sobreviventes, tem uma boazuda gostosona que, do nada, resolve fazer uma pole dance pra tentar conquistar o mocinho. Aí ela começa um striptease – de costas!!! Caramba, se vai rolar nudez gratuita, faz direito! Não sabe brincar, não desce pro play!
Só não digo que foi uma perda total de tempo porque estava na esteira, queimando calorias…
Battle Of The Damned
Crítica – Battle Of The Damned
Zumbis + robôs + Dolph Lundgren? Sold!
Um vírus que transforma as pessoas em zumbis infectou um uma cidade, imediatamente isolada e posta em quarentena. Só que a filha de um figurão importante está lá dentro. O sujeito então manda o Dolph Lundgren pra resgatar a menina.
Antes que perguntem: não, Battle Of The Damned não é bom. Claro que não, né? Um filme com esta premissa não se propõe a ser bom. A boa notícia é que pelo menos o filme é divertido!
A trama é óbvia e previsível. Os zumbis não são exatamente zumbis, são infectados no estilo do Extermínio do Danny Boyle, então são “zumbis corredores”. Os robôs são jogados na trama sem muita lógica, mas ninguém tá reclamando. O cgi dos robôs e do sangue não é perfeito, mas já vi coisa bem pior por aí. A produção não tinha grana, mas conseguiu um bom resultado com o orçamento escasso. O fim da história traz um plot twist desnecessário, mas não chega a atrapalhar.
Li no imdb pessoas perguntando se estes eram os robôs de Robotropolis, filme anterior do diretor e roteirista Christopher Hatton. Nunca tinha ouvido falar em Robotropolis, mas achei legal a associação entre os filmes.
No elenco, o único nome conhecido é Dolph Lundgren, canastrão e carismático como sempre. Ele pode não estar como o Sylvester Stallone (que, mesmo 11 anos mais velho, ainda apresenta excelente forma física), mas mesmo assim ainda mostra boa forma aos 56 anos.
Enfim, quem curte a proposta zumbis + robôs + Dolph Lundgren vai se divertir. E quem não curte vai passar longe mesmo…
Dead Before Dawn
Crítica – Dead Before Dawn
Filme de zumbi, com Christopher Lloyd no elenco? Epa, quero ver!
Um grupo de amigos universitários acidentalmente libera uma maldição que faz as pessoas cometerem suicídio e voltarem como zumbis demônios, ou “zemons”.
A ideia era boa. Mistura de zumbis com demônios era um bom ponto de partida. Mas rolava uma dúvida: por que será que Dead Before Dawn nunca tinha sido lançado no Brasil? A explicação é simples: sabe quando um filme é ruim, muito ruim? Infelizmente é o caso.
Dead Before Dawn parece uma produção de tv. Mas não uma produção de um canal legal, nada de um HBO da vida. Produção vagaba de canal teen. Me senti como se heu estivesse vendo Nickelodeon com minha filha de 12 anos.
Por ser uma “produção de tv teen”, não rola violência, nem gore, nem nudez. Tudo é muito exagerado, muito caricato – no mau sentido. A trama é ridícula, as atuações são patéticas. E os zumbis são péssimos, são fortes candidatos ao posto de piores zumbis da história do cinema.
Ah, tem o Christopher Lloyd, verdade. Coitado, mal aparece, sua participação é muito pequena, não da pra salvar o filme.
Ainda é em 3D. Sorte que não passou aqui nos cinemas, tive que baixar pra ver, então vi em 2D mesmo.
Enfim, desnecessário. Tem muita coisa melhor por aí.
Mar Negro
Crítica – Mar Negro
Comecei o Festival do Rio 2013 em grande estilo! Filme novo do Rodrigo Aragão, com a presença do próprio!
Uma estranha contaminação atinge uma pequena vila de pescadores. Quando peixes e crustáceos se transformam em horrendas criaturas transmissoras de morte e destruição, o solitário Albino luta pelo grande amor da sua vida, arriscando a própria alma numa desesperada fuga pela sobrevivência.
Provavelmente, a maioria dos leitores deve estar se perguntando “quem diabos é Rodrigo Aragão?” Bem, é o capixaba que fez Mangue Negro (2008) e A Noite do Chupacabras (2011), dois bons exemplares do terror / trash contemporâneo brasileiro. Rodrigo escreve, produz, dirige e edita seus filmes, e ainda trabalha na maquiagem e nos efeitos especiais. E já está no terceiro longa metragem. Tudo independente!
Curiosamente, Mar Negro entrou na Premiere Brasil – quando passou Morgue Story, do Paulo Biscaia Filho, foi na Midnight Movies, mostra que tem mais a ver com o estilo dos dois filmes. Acho que foi uma grande vitória, um filme independente de terror trash passando numa mostra de filmes” sérios”. Mas receio que isso pode “queimar” o filme. Pode ter algum espectador desavisado…
Agora, pra quem gosta, Mar Negro é um prato cheio. O filme é divertidíssimo!
Rodrigo Aragão mostra talento, usando ângulos pouco convencionais ao longo de todo o filme. O roteiro também foge do óbvio, várias soluções usadas na trama são surpreendentes, que fogem completamente à lógica hollywoodiana. E a parte final traz uma virada de roteiro realmente inesperada.
Pelo clima de galhofa pura, Mar Negro lembra mais A Noite do Chupacabras do que Mangue Negro. Situações absurdas geraram grandes gargalhadas na plateia – a parte da metralhadora é sensacional! E, claro, o gore é abundante. Além de diretor e roteirista, Rodrigo Aragão é um excelente maquiador. Toda a parte de maquiagem é caprichada, tanto com as criaturas, quanto com os 150 litros de sangue cenográfico usados ao longo da projeção.
O elenco só tem gente desconhecida – Mar Negro é uma produção quase amadora. Mas, quem viu os outros filmes vai reconhecer alguns rostos.
Por fim, uma boa notícia: Rodrigo falou que no fim do ano Mar Negro deve entrar em cartaz no circuitão. Notícia excelente não só para a produção do filme capixaba, mas para todos os fãs de filmes de terror brasileiros!
p.s.: Procurei pelo google uma imagem do poster, mas não achei…
Meu Namorado É Um Zumbi
Crítica – Meu Namorado É Um Zumbi
Uma comédia romântica de zumbis? Será que é uma boa ideia?
Depois de um apocalipse zumbi, um zumbi se apaixona por uma humana. O envolvimento entre os dois acaba despertando uma reação em cadeia que o transformará, assim como os outros mortos-vivos.
Respondendo à pergunta: não, não é uma boa ideia. Quer dizer, pelo menos não funcionou aqui. Meu Namorado É Um Zumbi (Warm Bodies, no original) fica devendo.
Trata-se de uma adaptação do livro Sangue Quente, escrito por Isaac Marion. A direção ficou a cargo de Jonathan Levine, famoso por 50% – esse heu ainda não vi, apesar de ter um elenco que chama a atenção (Joseph Gordon-Levitt, Seth Rogen e Anna Kendrick).
A comparação com a série Crepúsculo é inevitável, principalmente se a gente lembrar que são adaptações de livros direcionados ao público adolescente. Até a mocinha Teresa Palmer lembra fisicamente a atriz Kristen Stewart. Bem, Meu Namorado É Um Zumbi não é um bom filme, mas pelo menos não é tão ruim quanto Crepúsculo.
Na minha humilde opinião, Meu Namorado É Um Zumbi tem dois defeitos básicos. O primeiro é a previsibilidade – logo cedo a gente já consegue sacar como vai terminar a história. O outro é a conclusão, que foge de qualquer lógica de zumbis. É muita forçação de barra rolar uma “cura” daquele jeito, é muita necessidade de se ter um final feliz romântico – mesmo que isso não faça o menor sentido.
Tem outro problema, mas acho que é mais do lançamento brasileiro do que do filme em si. Meu Namorado É Um Zumbi foi lançado por aqui como uma comédia. E é um filme sem a menor graça… (Aliás, 50% também foi vendido como comédia, apesar de parecer um dramalhão dos brabos).
No elenco, dá pena de ver um John Malkovich completamente desperdiçado. Atores têm que pagar as contas, né? Ainda no elenco, Nicholas Hoult, Teresa Palmer, Dave Franco, Rob Corddry e Analeigh Tipton.
Dispensável. Se quiser ver comédia com zumbis, veja Fido – O Mascote ou Todo Mundo Quase Morto.