Manos – The Hands of Fate

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Manos – The Hands of Fate

Outro dia heu estava vendo a série How I Met Your Mother (boa opção pra quem gosta de sitcoms!) e rolou uma discussão sonre qual seria o pior filme da história, se Plan 9 From Outter Space, clássico do Ed Wood; ou esse Manos – The Hands of Fate – que até então heu nunca tinha ouvido falar.

Como assim, um filme é candidato a pior filme da história e heu não o vi? Fui correndo baixá-lo!

Foi até difícil encontrá-lo. Antes de baixar a versão original, veio uma versão de um tal de Mistery Science Theatre 3000, que tem uns caras falando coisas sobre o filme durante a exibição. Não quero isso! Quero o filme! Original!

Bem, não sei se quem está lendo isso sabe o que realmente significa um filme ruim. Não falo de comédias bestas e sem graça, falo de filmes REALMENTE ruins. A história é ridícula, a atuação é patética, a edição é toda errada, e por aí vai.

Pesquisando pela internet, descobri que esse filme é resultado de uma aposta feita por Harold Warren, um vendedor de feritilizante de El Paso, em 1966. Warren escreveu, produziu, dirigiu e até protagonizou o filme! E, com sua experiência vendendo adubo, bem, não podemos dizer que ele nos decepcionou…

Um casal com uma criança se perde numa estrada, e resolve passar a noite num lugar esquisito, onde um cara ainda mais esquisito toma conta, e onde acontece uma espécie de culto também esquisito.

A história não faz nenhum sentido! Por que aquelas pessoas ficariam naquele lugar? Mas se heu for procurar todas as falhas de roteiro, esse post será interminável…

Tecnicamente também é tudo muito mal feito. A câmera só filmava 30 segundos, e sem som – o som foi todo dublado em estúdio por apenas três pessoas. E parece que eles não sabiam o que era corte de imagens, cada plano demora uma eternidade para entrar o próximo. Resumindo, um completo desastre.

Sabe quando um filme é tão ruim que transcende e fica bom? Um filme muito ruim muitas vezes é muito divertido…

Bem, Manos transcende duas vezes. Ele é tão ruim que fica bom, mas é TÃO RUIM que volta a ser ruim…

Na internet heu vi uma boa definição: Manos é que nem um acidente de trem ou um desastre natural: heu posso até explicar do que se trata, mas você só vai entender a intensidade do horror causado se você viver isso!

É, amigos, eis um verdadeiro concorrente pra Plan 9

O Bosque Maldito (Il bosco fuori)

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O Bosque Maldito (Il bosco fuori)

Um jovem casal é atacado numa estrada pouco movimentada por uma gangue. Uma família os salva, mas mal eles sabem que essa família é ainda pior que a gangue…

Com a produção do veterano Sergio Stivaletti (que trabalhou com Dario Argento, Lamberto Bava e outros), o jovem diretor Gabriele Albanesi nos traz um filme cheio de gore e humor negro, repleto de elementos que agradarão aos fãs dos filmes trash, como famílias de freaks sádicos e desmembramentos por serras elétricas. Isso, claro, aliado a muito, muito sangue cenográfico.

Despretensioso, pode render uma boa diversão!

Estrada para o Inferno (Zibahkhana)

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Estrada para o Inferno (Zibahkhana)

Um filme paquistanês sobre zumbis mutantes e que ainda inclui no roteiro uma família de assassinos sádicos? Não podia ser ruim!!!

Esse filme é vendido como “o primeiro filme gore paquistanês”!

A história é básica: um grupo de jovens mata aula pra ir para um concerto de uma banda de rock, mas se perdem no caminho. E a partir daí todos os clichês possíveis entram no roteiro! Temos zumbis, uma doença contagiosa, personagens sinistros, até um assassino de burca!

Infelizmente, o filme se perde ao colocar idéias demais. Seria melhor se focasse nos zumbis OU na família de sádicos. Um elemento acaba diminuindo o outro…

Mesmo assim, é diversão garantida!

Morram, Zumbis FDP!

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Morram, Zumbis FDP!

Um filme que o nome original é “Die, you zombie bastards!” já é motivo suficiente para uma ida ao cinema. Além do mais se no poster está escrito “The World’s First EVER Serial Killer Superhero Rock’n’Roll Road Movie Romance”. Promete, não?

Mas, é uma pena, foi um dos filmes trash mais fracos que já vi…

Ok, algumas cenas são sensacionais. A cena do piquenique onde um crânio humano é devorado de maneira romântica ao lado de uma família cheia de criancinhas é maravilhosa, assim como um momento aqui e outro ali. Mas, no geral, é um filme bobo, e longo…

Depois li no imdb que o filme foi resultado de uma aposta entre o diretor e o montador – um não gosta do outro. É, deu pra notar.

Esse aí ficou devendo…

The Rage

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The Rage

Não, não é uma refilmagem de A Fúria, clássico do Brian De Palma de 78. É um filme trash. E dos bons!

Um cientista russo louco faz experiências com cobaias humanas, injetando-nas um vírus de raiva, numa cabana isolada numa floresta. Até que a experiência foge do seu controle… Depois de um acidente no laboratório, surgem abutres mutantes (!), que começam a espalhar o vírus. Que, claro, atacam um grupo de jovens numa van (acho que já vi isso em algum lugar…).

O diretor Robert Kurztman trabalhou nos efeitos especiais e maquiagem em diversos filmes, como Era uma vez no México, Vanilla Sky, Pulp Fiction, O Albergue, Evil Dead (2 e 3), Rejeitados pelo Diabo, etc. Como diretor este é apenas o seu quarto filme, mas ele não é nenhum novato. Por isso, sabe bem mostrar o que interessa!

Andrew Divoff, o “russo caolho” de Lost, está perfeito como o cientista caricato (tem até flashback mostrando a infância dele!). O elenco também conta com uma participação pequena de Reggie Bannister, da série terror-bizarro Fantasma, de Don Coscarelli; além da bela Erin Brown, também conhecida por Misty Mundae estrela de inúmeras produções de terror B e softcores.

Muito gore, muito sangue, muitas vísceras. Filmão pra quem gosta do estilo!

Eu Sei Quem Me Matou

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Eu Sei Quem Me Matou

Filme fraco, mas tão fraquinho… Sabe quando você lê pela internet que um filme é ruinzinho, mas não acredita? Às vezes vale a pena acreditar…

Lindsay Lohan interpreta Aubrey, uma jovem “certinha”: vive numa boa casa, boa família, um namorado apaixonado, estuda piano e ainda escreve contos. Um dia ela é sequestrada, drogada e torturada. E, quando é encontrada, alguns dias depois, sem partes do braço e da perna, diz que seu nome é Dakota, é uma stripper filha de uma junkie, e que nunca ouviu falar de Aubrey nem de ninguém dos seus amigos e familiares.

A idéia nem é tão ruim. Talvez, se o roteiro fosse bem escrito, e o filme não tivesse tantos clichês mal utilizados, não fosse tão ruim. E o fim do filme acho que não convence ninguém…

Vou dar um exemplo de clichê: a idéia das cores saturadas – azul para Aubrey e vermelho para Dakota – ficou óbvia, previsível e sem graça…

Este filme é o recordista de prêmios “Framboesa de Ouro” – uma espécie de Oscar ao contrário, escolhendo os piores filmes do ano – ganhou 8 em 2008, batendo o recorde anterior de 7 prêmios que Showgirls teve!

Alguns ainda vão pensar “Lindsay Lohan como stripper talvez valha a pena…” Nem isso, a atriz bem comportada de Sexta Feira Muito Louca e do novo Herbie está vestida o tempo todo (bem comportada diante das câmeras, ela tem uma certa fama ruim longe das mesmas…).

Resumindo: use uma hora e meia com algo mais útil, como jogar paciência no computador, por exemplo…

Teeth

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Teeth

O argumento do filme era promissor: uma jovem descobre que tem dentes dentro da vagina! Podia ser um bom filme de terror, ou pelo menos um trash legal. Mas não, infelizmente. O filme é fraquinho…

Acompanhamos Dawn, uma jovem que faz parte de um grupo que prega a castidade até o casamento. E que, aos poucos, descobre que tem alguma coisa errada “lá embaixo”.

Mas o filme é leeento… A primeira vez que os “dentes” entram em ação só acontece lá pros 40 min de filme! E são poucas as ocasiões onde isso acontece…

Interpretações fracas (óbvio, né?) e roteiro preguiçoso tornam o filme num drama sonolento. Salvam-se uma ou duas cenas, apenas…

Fim dos Tempos

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Fim dos Tempos

Inexplicavelmente, pessoas nas grandes cidades perdem a vontade de viver e começam a cometer suicídio em massa. A princípio se pensa em atentados terroristas, mas logo se descobre que a natureza está se vingando dos maus-tratos.

Algum tempo, um trailer como o do Fim dos Tempos, seguido da informação “do mesmo diretor de O Sexto Sentido” poderia ser uma boa promessa. O trailer é muito legal, e ainda por cima o cartaz nos remete a Contatos Imediatos do Terceiro Grau.

Mas… Depois do Sexto Sentido, veio Corpo Fechado, que é muito legal, mas apenas copia a idéia do filme anterior. E depois veio Sinais, que é um bom filme, mas com um fim péssimo. E depois tivemos A Vila, que poderia ser um episódio de Twilight Zone, mas não se sustentava como filme longa metragem. E depois veio Dama na Água, que é ruim, muito ruim, mas tão ruim que não vale nem como filme trash.

E aí ficamos com pé atrás: será que o cara conseguiu se recuperar?

Bem, infelizmente, não. O filme é bem fraquinho… Só não é tão ruim quanto o Dama na Água, afinal, se leva menos a sério. (O principal problema do Dama na Água é que o filme é pretensioso e se propõe a ser um filme sério! Se se assumisse trash, talvez fosse divertido…)

M Night Shyamalan, depois do fracasso de seu último filme, prometia aqui uma volta por cima. Mas agora fica uma dúvida no ar: será que ele é um bom diretor vivendo maus momentos, ou apenas um diretor tosco que teve apenas uma grande idéia para um grande filme – O Sexto Sentido?

As cenas são paupérrimas. Os diálogos são fracos, as atuações são fracas… Pouca coisa se salva no filme, talvez a trilha sonora de James Newton Howard.

O elenco todo está ruim. Mark Wahlberg interpreta Elliot Moore, um professor que traça teorias enquanto foge do inexplicado. Talvez se ele se assumisse um pouco mais vagabundo, fosse melhor. Afinal, existe até um monólogo dele com uma planta de plástico! Completam o elenco John Leguizamo e Zoey Deschanel, além da garotinha Ashlyn Sanchez.

Fica a dica: veja pensando que é um filme trash. Talvez você se divirta…

Aliens vs Predador – Requiem

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Aliens vs Predador – Requiem

Às vezes vale mais a pena ver um trailer do que um filme…

Quando surgiu na net o trailer de AVP2, fiquei surpreso com a quantidade de “mortes legais” que estavam na tela! Legal, esse filme prometia ser melhor que o primeiro Alien vs Predador (afinal, o primeiro é muito fraco, ia ser fácil ser melhor).

Que nada…

A idéia do “crossover” das franquias Alien e Predador era interessante. O Alien é um dos “monstros” mais legais criados pelo cinema, um ser alienígena que usa humanos como hospedeiros pra se reproduzir, e que tem ácido correndo nas veias. E o Predador é um caçador genial. Aliás, em uma das cenas de um dos filmes do Predador, aparece o interior da nave dele, onde vemos rapidamente um crânio de Alien!

O encontro dos dois prometia. Mas, parece que Hollywood não sabe fazer “crossovers”, o filme foi tão fraco quanto Freddy vs Jason!

Agora veio um segundo filme, que colocaria os dois seres alienígenas lutando em uma pequena cidade nos EUA. Legal, podemos ver várias situações nunca antes imaginadas nos filmes anteriores, sempre passados em ambientes diferentes.

Mas, infelizmente, a idéia foi jogada fora. As mortes não são tão bem feitas assim, mostra-se pouco o híbrido “alienpredador”. e a motivação do Predador não me convenceu – por que ele veio pra cá?

Veja o trailer pelo youtube, e não perca tempo com o longa – uma hora e meia que não vou ter de volta!

My Name is Bruce

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My Name is Bruce

Um filme para fãs do Bruce Campbell! Legal! Mas, claro, se você se perguntar “Bruce quem?”, esqueça este filme…

Bruce Campbell é um ator canastrão, famoso por ter feito Ash, personagem principal da trilogia Evil Dead, de Sam Raimi. Além de Evil Dead, fez alguns cult movies (como Bubba Ho Tep) e participações especiais em grandes produções (ele está nos três filmes do Homem Aranha, também dirigidos por Sam Raimi). Claro, também fez um monte de filmes ruins. Faz parte… E agora resolveu dirigir uma homenagem a si mesmo, cheio de auto-referências!

A história: um monstro chinês aparece em um cemitério em uma cidade pequena. Quem vamos chamar pra resolver isso? Que tal o próprio Ash? Bem, se não pode ser o Ash, que tal o próprio Bruce Campbell?

É isso que acontece. E Bruce vai, achando que é tudo uma grande brincadeira…

Às vezes o humor do filme é meio bobo, temos alguns momentos “didimocoanos” – por isso não é recomendado pra “não fãs”. Mas no geral, o filme é uma grande e deliciosa bobagem, pra ser visto com galera comendo pipoca e rindo das tosqueiras!

Detalhe interessante: Ted Raimi, irmão de Sam e amigo de infância de Bruce, faz três papéis diferentes!