O Dublê

Crítica – O Dublê

Sinopse (imdb): Após um acidente que quase acabou com sua carreira, um dublê precisa descobrir o paradeiro de um astro de cinema desaparecido, desmascarar uma conspiração e tentar reconquistar o amor de sua vida enquanto ainda faz seu trabalho diário.

E vamos para mais um filme da minha lista de expectativas pra 2024!

Mas, antes de entrar no filme, quero reclamar do título nacional. O Dublê é uma versão do seriado Duro na Queda, do produtor Glen A Larson (o mesmo de Battlestar Galactica), sucesso na TV brasileira nos anos 80, que passou na Globo entre 1983 e 89. Heu descobri isso porque, como já comentei, minha memória guarda detalhes bizarros e inúteis relacionados a cinema, e me lembrava do nome do protagonista da série, Colt Seavers. Mas, fica a pergunta: por que não usar “Duro na Queda”? Se fosse pra repetir o nome gringo “Fall Guy”, até entendia, mas ter um nome brasileiro diferente???

Enfim, vamos ao filme. Achei perfeito uma nova versão de Duro na Queda ser feita por David Leitch e sua produtora 87North. Leitch era dublê, virou diretor, e fundou uma produtora que faz filmes onde as cenas que exigem dublês são valorizadas. A 87North é responsável por alguns dos melhores filmes de ação recentes, como Atômica, Trem Bala (ambos dirigidos por Leitch), Anônimo, Kate, Noite Infeliz e toda a franquia John Wick. Se tem alguém certo pra fazer um filme sobre os bastidores dos dublês, esse alguém é David Leitch! (Inclusive vemos o logo da 87North algumas vezes ao longo do filme).

(Na minha sessão, antes do filme, tem um videozinho com o David Leitch e o Ryan Gosling pra falar que não é pra usar celular durante o fime, e Leitch explica que foi dublê.)

O Dublê (Fall Guy, no original) mostra um dublê, que era um dos melhores do ramo, mas que se acidenta e se afasta da profissão, até que é chamado pra voltar, pra trabalhar no set do primeiro filme dirigido por sua ex namorada. E claro que existe uma trama maior de mistério por trás de tudo.

Tecnicamente, o filme é um deslumbre. A cena inicial, quando conhecemos os dois personagens principais e vemos o acidente, é em plano sequência! Assim como a sequência aonde conhecemos o set de filmagem da Emily Blunt! E são várias sequências bem coreografada e bem filmadas. Inclusive, na introdução vemos bastidores de sequências de dublês de outros filmes da 87North (uma sequência tão rápida que deu vontade de pausar e voltar); e durante os créditos vemos bastidores das filmagens deste filme. O cinema de hoje em dia muitas vezes prefere usar o cgi do que os dublês, inclusive essa discussão está presente no filme.

Além disso, temos inúmeras referências, algumas bem explícitas (como Miami Vice) e outras mais discretas (como o efeito sonoro de O Homem de Seis Milhões de Dólares, outra série estrelada pelo mesmo ator de Duro na Queda). Também temos citações a diálogos de filmes famosos, entre os personagens do Ryan Gosling e do Winston Duke, e uma cena de ação onde os dois repetem ações de dublês em cenas famosas de filmes de ação.

Queria falar de uma sequência que achei sensacional, a sequência do karaoke intercalada com a perseguição no caminhão. Enquanto estamos na perseguição, toda a edição da cena é sincronizada com I Was Made For Lovig You, do Kiss, e sempre quando alterna pro karaoke, não perde a sincronia. Aí a Emily Blunt começa a cantar Against All Odds, do Phil Collins, e enquanto está no karaoke é a voz dela, quando intercala com a perseguição muda pro Phil Collins, e tudo continua sincronizado com a música. Toda a sequência é muito boa!

(Só achei que faltaram legendas na letra da música, quem não entende inglês ou não conhece a música vai perder parte do significado.)

Aproveito pra falar da trilha sonora. I Was Made for Loving You abre o filme e volta algumas vezes durante o filme, mas O Dublê ainda tem outras músicas pop boas ao longo da projeção, incidindo ACDC, The Darkness e uma cena engraçadíssima com uma música da Taylor Swift – além do já citado ótimo momento com Phil Collins.

Ah, O Dublê é um filme de ação, mas tem um pé na comédia romântica. Tem uma cena com uma DR usando metáforas do roteiro que está sendo filmado, na frente de toda a equipe, que é típica de comédias românticas!

Se tem uma crítica que posso fazer é que algumas coisas funcionavam décadas atrás, mas hoje não funcionam mais. Por exemplo: se criminosos armados entram num set de filmagem, “brincar de dublê” em volta deles fica forçado. Pior: os criminosos entram no set procurando por um personagem, e na cena seguinte este personagem está passeando em volta de todos, alegre e faceiro, e nada acontece. Essas paradas funcionavam nos anos 80, hoje em dia fica estranho. Mas, como o filme “quer ser anos 80”, a gente pode relevar.

Sobre o elenco, achei curioso ver Ryan Gosling e Emily Blunt juntos pouco depois do Oscar, onde os dois apresentaram um prêmio se alfinetando porque estavam “em lados opostos” (ele estava em Barbie, ela em Oppenheimer). Ambos estão muito bem juntos. Também no elenco, Aaron Taylor-Johnson, Hannah Waddingham, Winston Duke, Teresa Palmer, Stephanie Hsu, e uma divertida participação especial de Jason Momoa. Ah, na cena final, Lee Majors, que era o Colt Seavers na série, aparece como um policial, ao lado de Heather Thomas, sua parceira na série!

(E, depois de Anatomia de uma Queda, temos um novo cachorro ator: o Jean Claude é ótimo!)

Filmão. Estava na lista de Expectativas, boas chances de voltar na lista de Melhores do Ano.

Aviso operacional

Em primeiro lugar, preciso pedir desculpas aos meus leitores. Depois de mais de dez anos, passei alguns meses sem postar nada aqui no heuvi. Passei por alguns problemas pessoais, e deixei o site de lado.

Mas não deixei de ver filmes. Vou tentar alimentar o heuvi, fazendo posts menores, com datas retroativas. E assim que conseguir atualizar, pretendo voltar ao normal.

Mais uma vez, peço desculpas. Sem mais delongas, vamos aos filmes?

Caça-Fantasmas (2016)

Caça-fantasmasCrítica – Caça-Fantasmas (2016)

Eles estão de volta! Quer dizer, agora são elas! 🙂

Logo após uma uma invasão fantasma em Manhattan, as entusiastas do paranormal Erin Gilbert e Abby Yates, a engenheira nuclear Jillian Holtzmann, e a funcionária do metrô Patty Tolan se juntam para parar essa ameaça de outro mundo.

Alguns meses atrás começou uma grande polêmica na internet. Parte dos fãs do Caça-Fantasmas original, lançado em 1984, reclamou quando anunciaram que seria feito um novo filme da franquia, mas só com mulheres nos quatro papeis principais.

Bem, admito que, pra mim, a ideia não pareceu boa. Diferente de um Mad Max ou um Star Wars ep.7, onde as protagonistas femininas se mostraram naturalmente melhores do que seus pares masculinos, aqui soava meio forçado – não só as mulheres são as que mandam, como ainda por cima pegaram um grande astro de filmes de ação e o colocaram num papel de “louro burro”.

Mas quando a gente vê o filme, descobre que o receio era infundado. O roteiro desce redondinho, usando elementos do filme original, e as quatro atrizes têm boa química – todas vieram do Saturday Night Live (coincidência ou não, 30 anos atrás os atores também vieram do mesmo programa).

Não se trata de uma continuação, a história recomeça do zero. O roteiro, escrito pelo diretor Paul Feig e por Katie Dippold, sabe dosar de maneira inteligente as referências ao filme original – a história começa parecida, mas do meio para o final, o filme segue outro caminho.

As referências são um prato cheio para os fãs. Não só somos (re)apresentados aos props, como os uniformes, o endereço e o carro Ecto 1; como temos participações especiais de quase todo o elenco principal do filme anterior: Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Annie Potts e Sigourney Weaver fazem pontas, enquanto o falecido Harold Ramis aparece como uma estátua (Rick Moranis teve problemas pessoais e se afastou de Hollywood, ele é o único que não aparece).

O elenco novo é muito bom – Kristen Wiig, Melissa McCarthy e Leslie Jones estão bem, mas gostei mais da maluquinha Kate McKinnon. E Chris Hemsworth está hilário! E o filme ainda conta com paticipações de Charles Dance, Andy Garcia e Ozzy Osbourne.

A parte técnica, como era de se esperar, é perfeita. Quem me acompanha sabe que não sou fã do 3D, mas aqui pelo menos os efeitos fazem algo diferente do óbvio. O filme se passa num retângulo dentro da tela, e os efeitos dos fantasmas saem deste retângulo. Taí, gostei da ideia.

Por fim, fiquem até o final do filme. Há cenas durante os créditos e também pós créditos!

A Era do Gelo – Big Bang

a-era-do-gelo-o-big-bangCrítica – A Era do Gelo – Big Bang

Ninguém pediu, mas vamos a mais um filme d’A Era do Gelo

Manny, Sid e Diego precisam descobrir como salvar o planeta, que está prestes a ser destruído pela queda de um meteoro.

Este já é o quinto longa de animação de uma franquia que começou muito bem mas já mostra sinais de cansaço. O brasileiro Carlos Saldanha, que dirigiu os três primeiros longas, só aparece na produção aqui, mas este novo filme continua na “família” – a direção ficou com a dupla  Mike Thurmeier (que dirigiu o quarto filme) e Galen T. Chu.

A Era do Gelo – Big Bang (Ice Age: Collision Course, no original) não chega a ser ruim. Mas tudo soa tão forçado que fica difícil de engolir.

Ok, sabemos que é um filme para crianças. Mas isso é razão para jogar a lógica fora? O esquilinho Scratch, que costuma ter as melhores piadas da franquia, agora está num disco voador, alterando a órbita de planetas! E isso tudo durante a trama que se passa aqui na Terra! Olha, gosto muito do Scratch, e suas cenas são engraçadas (a cena da gravidade alterada é hilária!), mas isso não combina com o que acontece no resto do filme.

Isso sem contar com alguns personagens que parecem perdidos, como Shira, a companheira de Diego – que ficou tão secundária que parece estar fazendo só uma ponta. E os vilões “dino-aves” são muito mal desenvolvidos.

Pra piorar, o título nacional traz uma referência que não tem nada a ver com nada. O filme não fala do Big Bang! Seria melhor traduzir o título original, “Rota de Colisão”.

A dublagem nacional é boa, como sempre – já nos acostumamos com as vozes de Tadeu Mello, Diogo Vilela e Márcio Garcia no trio principal. Mas sempre dá aquele gostinho amargo quando a gente lê o elenco original e vê os nomes da versão original – queria ter visto o Buck com a voz do Simon Pegg..

Apesar dos defeitos, A Era do Gelo – Big Bang vai agradar, porque os personagens são bons, a qualidade da animação é top, e é sempre agradável ver algumas novas piadas vindas de personagens já conhecidos. Mas que podia ser bem melhor, ah, podia.

Ash vs Evil Dead

Ash vs Evil DeadCrítica – Ash vs Evil Dead

Evil Dead está de volta!

Ash passou os últimos 30 anos evitando a responsabilidade e a maturidade, até que o livro volta a  libertar demônios que ameaçam destruir toda a humanidade. Ash se torna a única esperança de salvação!

Voltemos no tempo. Em 1981, Sam Raimi revolucionou o cinema de terror com Evil Dead – A Morte do Demônio, um filme engraçado e ao mesmo tempo assustador, que trazia travellings de câmera alucinados, ângulos fora do óbvio e efeitos especiais e de maquiagem criativos no limite entre o genial e o vagabundo – até hoje o filme está presente tanto em listas de melhores filmes de terror quanto em listas de filmes trash. Em 87, tivemos a continuação, tão genialquanto, apesar de parecer uma refilmagem com ênfase na comédia de humor negro. O terceiro filme, lançado em 92, foi mais fraco, mas não impediu que o nome de Raimi ficasse registrado entre os maiores nomes do terror contemporâneo.

Diz a lenda que Sam Raimi tinha planos de fazer um quarto filme da saga Evil Dead, e surgiu a oportunidade de transformar este filme numa série curta de 10 episódios de meia hora cada, pelo canal Starz (o mesmo da boa série Spartacus). Não sei se este foi o melhor caminho, afinal um “filme” de 5 horas tem suas “barrigas” – se tivesse os tradicionais 90 minutos seria mais enxuto. Mas, apesar dos pontos baixos, o resultado foi positivo!

Logo de cara vemos que estamos diante de um legítimo Evil Dead – diferente da refilmagem que rolou alguns anos atrás, que era apenas mais um filme de terror ordinário. A direção do piloto é do próprio Raimi (também roteirista e produtor), que repete o mesmo estilo no limite entre o genial e o trash – temos mais efeitos especiais práticos do que cgi – efeitos geniais, diga-se de passagem. E de quebra, Bruce Campbell está de volta ao seu mais icônico papel

Bruce Campbell também é peça chave nesta série. Se a série é uma continuação dos filmes, precisávamos ter de volta o mesmo ator, o adorável canastrão, que está ótimo, preconceituoso e rabugento ao extremo. Campbell nunca foi um grande ator. Mas seu personagem Ash não caberia em outra pessoa! O outro rosto conhecido no elenco é Lucy Lawless, a Xena. Mas seu personagem não disse ao que veio, talvez numa segunda temporada…

Ash vs Evil Dead ainda tem outro atrativo: a trilha sonora traz vários clássicos do rock. Gostei de ouvir Deep Purple e Styxx, e confesso que achei o máximo ouvir Emerson Lake and Palmer (minha banda-favorita-que-ninguém-conhece) no segundo episódio – fica aqui minha homenagem ao grande tecladista Keith Emerson, falecido semana passada.

Um presente para os fãs da franquia. Que venha a segunda temporada!

Podcrastinadores.S04E05 – Sessão da Tarde 2: Filmes de escola nos anos 80

podcast escola anos 80Podcrastinadores.S04E05 – Sessão da Tarde 2: Filmes de escola nos anos 80

Em Agosto de 2014 o Podcrastinadores lançava um dos episódios mais ouvidos de sua história até hoje: Sessão da Tarde – Comédia nos Anos 80. E como foi prometido, chega agora a continuação desse episódio que reune as produções clássicas da Sessão da Tarde, mas agora focando nos filmes que se passam nos tempos de escola.

Ambientação muito usada em Hollywood, o High School é sempre o lugar onde tudo acontece: o primeiro beijo, a primeira transa, o primeiro porre ou a primeira briga depois da aula. Separando bem todos os estereótipos, dos nerds aos atletas, vamos relembrar os filmes que marcaram as tardes da nossa infância.

Com Gustavo GuimarãesFernando Caruso, Helvecio Parente, Tibério VelasquezDudu Sales e Renata Castro Barbosa.

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Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme

Peanuts, O FilmeCrítica – Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme

Charlie Brown se apaixona pela nova vizinha, uma garotinha ruiva que se mudou e agora está na mesma sala que ele na escola.

Nova produção da Blue Sky (A Era do Gelo, Rio), Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme (The Peanuts Movie, no original) é talvez o melhor desenho baseado na obra de Charles M. Schulz. Charlie Brown, Lucy, Linus e toda a turma estão de volta, numa bela homenagem aos quadrinhos – o filme foi escrito por Craig Schulz e Bryan Schulz, filho e neto do Schulz “original”.

Diferente das animações antigas, os personagens aqui têm volume, são tridimensionais. O resultado ficou muito bom, os personagens não perderam suas características, o desenho ficou mais rico. (Sei que isso é uma desculpa para vender o filme 3D, mas continuo achando desnecessário – desenho tridimensional não precisa ser em 3D!).

O título fala “Snoopy e Charlie Brown”, então existe uma subtrama protagonizada pelo Snoopy, onde ele é um piloto de avião na guerra e duela com o Barão Vermelho. Sei que existiam quadrinhos com esse tema, mas no filme isso foi um problema – a subtrama do Snoopy é arrastada e desinteressante, o filme perde o ritmo.

Apesar da subtrama, o resultado final é muito bom, tanto tecnicamente quanto na história. Ok, talvez o filme seja um pouco ingênuo e infantil demais, mas a Blue Sky não é Pixar, né?

Por fim, um protesto. A Garotinha Ruiva é um personagem importantíssimo para o filme, toda a motivação do Charlie Brown é ligada a ela. Cadê bonecas da Garotinha Ruiva nas lojas de brinquedo (e nas lanchonetes)?

Alvin e os Esquilos 4: Na Estrada

Alvin e os esquilos 4 - posterCrítica – Alvin e os Esquilos 4: Na Estrada

Mais um filme dos esquilinhos cantores. Precisava?

Os esquilos Alvin, Simon e Theodore acham que seu “pai” vai se casar e vai abandoná-los, então viajam até Miami para tentar impedir esta suposta proposta de casamento, e no meio do caminho “aprontam muita confusão” (já adiantando a chamada da Sessão da Tarde).

Dirigido pelo pouco conhecido Walt Becker, Alvin e os Esquilos 4: Na Estrada (Alvin and the Chipmunks: The Road Chip, no original) é aquilo que a gente espera: previsível e cheio de clichês. Sabe aquele tipo de road movie que na verdade é uma metáfora para o desenvolvimento de relações entre os personagens? Pois é, já sabemos que o grupo que se recusa a se aceitar como família vai terminar a jornada como uma família super unida. E, falando em clichês, um vilão caricato como aquele agente aéreo não convence nem em reprises de Sessão da Tarde.

Mas aí a gente vê que mais da metade dos cinemas da cidade está com o novo Star Wars (imperdível, diga-se de passagem), e que é Natal, e que as crianças estão entediadas em casa, e aí a gente resolve levá-las ao cinema. Claro, como um bom pai, já levei meus filhos para ver o Ep. 7, mas os moleques querem algo novo, não é? Então, a gente entende a pergunta do primeiro parágrafo: sim, precisa ter um filme desses em cartaz. Porque é um filme essencialmente bobinho e infantil, mas a criançada curte.

Pensando por esse ângulo, Alvin e os Esquilos 4 não é ruim. É bobo, é clichê, mas não é ruim. Tecnicamente, os esquilos são muito bem feitos; a parte musical é bem cuidada; o elenco funciona (gosto do Jason Lee, que agora está acompanhado de Kimberly Williams-Paisley, do seriado According to Jim); e, admito, o filme tem alguns momentos bem engraçados – a cena da “dança da vitória” quando eles mostram que estão com o anel é muito boa!

Enfim, se você tem em casa crianças entediadas, e você já as levou para ver O Despertar da Força, tem outra opção em cartaz.

Podcrastinadores.S03E24 – Especial Halloween: Slashers do cinema

Podcrastinadores - SlashersPodcrastinadores.S03E24 – Especial Halloween: Slashers do cinema

No podcast especial de Halloween, conversamos sobre os filmes de Slasher, que é um sub-gênero de filmes de terror onde temos um serial killer, normalmente com uma máscara, que vai colecionando mortes bem explícitas ao longo do filme. :)

Revisitamos Michael MyersJason, Freddy Krueger, Pinhead, Chucky e outros assassinos que já tiraram muitas noites de sono nossas no passado.

Participaram deste episódio: Gustavo Guimarães, Helvecio Parente, Rodrigo MontaleãoTibério VelasquezAndré Moraes e Mariana Zani.

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Willow Creek

Willow_CreekCrítica – Willow Creek

Mais um filme de câmera encontrada, desta vez sobre um jovem casal que decide seguir o caminho pelo qual, segundo a lenda, teria passado o monstro conhecido como Pé Grande.

Willow Creek foi escrito e dirigido por Bobcat Goldwaith, que nos anos 80 ficou famoso por fazer o personagem Zed de Loucademia de Polícia, e que recentemente dirigiu o interessante God Bless America.

O formato é “quero ser Bruxa de Blair“. Galera vai pro mato atrás de uma lenda, e no fim encontra (ou não) algo que não deveria ter encontrado.

O problema aqui é que, mesmo sendo um filme curto (apenas 77 min), Willow Creek é muito arrastado. Parece que pegaram um curta metragem e resolveram esticá-lo, mesmo sem ter história para ser contada. São vários momentos desnecessários durante a projeção.

Uma momento em particular deu indícios que o filme ia “decolar”, que é quando eles encontram o cara que os expulsa da floresta. Aquela sequência é boa, parece que o filme ia engrenar a partir dali. Mas foi alarme falso, tudo volta à mesmice que era antes.

Tem uma cena que me deixou dividido: a longa cena dentro da barraca. Tecnicamente, estamos falando de um plano-sequência de mais de 20 minutos, o que sempre tem o seu valor. Mas, por outro lado, é uma câmera parada, filmando, dentro da barraca, o casal assustado com barulhos no mato. Ou seja, por mais que seja legal saber da existência de um longo plano sequência de 20 minutos, este, em particular, é interminavelmente chato.

Ou seja, só pra quem realmente curtir “found footage”…