Crítica – Frankenstein – Entre Anjos e Demônios
Outro dia falei aqui de uma desnecessária nova versão de Hércules. Agora, vamos a uma desnecessária nova versão de Frankenstein…
Depois de matar seu criador, a criatura Frankenstein se vê no meio de uma briga secular entre gárgulas e demônios.
Assim como aconteceu com o “novo Hércules”, o “novo Frankenstein” não chega a ser um filme ruim, mas perde pontos pelo nome do filme. Se não se chamasse “Frankenstein”, não ia vender uma imagem errada. Principalmente porque o Frankenstein “certo” é feioso e tem problemas de relacionamento com as pessoas por causa disso, e este aqui é bonitão e até consegue uma namorada. E todo aquele papo de criador vs criatura e de homem brincando de Deus? Não, não é o foco deste filme. Aqui, parece que querem transformar o Frankenstein em um novo super herói.
Na verdade, Frankenstein – Entre Anjos e Demônios (I, Frankenstein, no original) parece mais um filme da franquia Anjos da Noite. Deve ser porque foi baseado nos quadrinhos de Kevin Grevioux, que foi o roteirista do primeiro Anjos da Noite. O estilo das lutas lembra muito as batalhas entre vampiros e lobisomens daquela franquia. E tem até o Bill Nighy num papel de vilão…
(Aliás, por que chamar de “Entre Anjos e Demônios”, se a briga aqui é entre demônios e gárgulas?)
Dirigido por Stuart Beattie (mais conhecido como roteirista de filmes como Piratas do Caribe e G.I. Joe), Frankenstein – Entre Anjos e Demônios fica neste limbo entre ação e ficção científica, com muito pouco de terror. As cenas de ação são bem coreografadas e os efeitos especiais são eficientes – comprovando que se não fosse um “filme de Frankenstein”, seria bem melhor recebido.
O papel principal ficou com Aaron Eckhardt, pelo menos é um bom ator. Além do já citado Nighy, o elenco ainda conta com Ivonne Strahovski e Miranda Otto.
O fim deixa um gancho para uma nova franquia. E fica a pergunta: precisa?