Crítica – 13º Distrito (2014)
Um filme chamado “13º Distrito”, roteirizado por Luc Besson e estrelado por David Belle, um dos criadores do parkour – ué, já não fizeram este filme? Ah, é uma refilmagem…
Detroit. Ajudado por um ex-presidiário, um policial disfarçado é convocado para entrar em um perigoso bairro para tentar desativar uma bomba.
Vamulá. A dúvida é a mesma de sempre: pra que refilmar? Só porque o original é falado em outra língua? Não era melhor dublar? Porque não há nada nesta refilmagem que justifique um novo filme. A história é exatamente igual. A única diferença é que aqui temos mais cenas de perseguições de carros, já que o Paul Walker está no papel principal.
Ah, 13º Distrito (Brick Mansions, no original) foi o último filme do Paul Walker, rola até uma homenagem nos créditos. Diferente da maioria dos críticos não tenho nada contra o Paul Walker, nem contra outros atores que seguem o estilo “carinha bonitinho que faz bons filmes de ação apesar de ser limitado como ator” – acho que existe espaço no mercado pra gente assim, desde que o cara faça bons filmes dentro do que se propõe.
Voltando ao filme, que é o longa de estreia de Camille Delamarre (editor de filmes como Carga Explosiva 3 e Busca Implacável 2): tirando as perseguições de carro e um ou outro detalhe (tipo a mocinha era irmã e agora é namorada), temos o mesmo filme. Aliás, minto: tem uma diferença sim, pra pior. No original, existe um plot twist no fim que revela um plano sórdido do prefeito; na refilmagem, este plano é explicado logo no início do filme.
Sobre o roteiro, reparei em uma falha (que também estava no filme francês, mas escapou quando vi a primeira vez). Mas antes, avisos de spoilers.
SPOILERS!!!
SPOILERS!!!
SPOILERS!!!
O prefeito manda uma isca com uma bomba pra dentro do bairro. E um cara tem que ir lá ativar a bomba??? Por que não ativar remotamente e poupar todo o risco do cara não conseguir chegar lá?
FIM DOS SPOILERS!!!
Ainda tem a “redenção” do vilão interpretado por RZA, que soou beeem forçada…
No fim, 13º Distrito só vale mesmo pelas cenas de ação, mesmo que requentadas. O parkour de David Belle continua belo de se ver (tá dá tschh!).
Mas é pouco. Prefira o original.
p.s.: B13 teve uma continuação, B13 Ultimatum. Mas, com a morte de Paul Walker, acho difícil a versão americana ter uma parte 2…
Vou esperar chegar na locadora e conferir esse remake. Gostei do filme original: ação frenética, muito ritmo e alguns exageros típicos de Luc Besson… Longe de ser brilhante, mas consegue divertir bem.
abraço