A Espinha do Diabo

el-espinazo-del-diabloCrítica – A Espinha do Diabo

Aproveitei o evento Sanguecine, no Cine Joia, pertinho da minha casa, pra revisitar A Espinha do Diabo, filme que heu queria rever há anos.

Espanha, 1939. Durante a guerra civil, um menino de dez anos de idade é levado a um orfanato isolado da cidade. Lá, ele aprende a conviver com adultos agressivos e crianças perturbadas pela atmosfera do lugar, e com o espírito de um ex-aluno que clama por vingança.

Apesar do nome remeter ao assunto, (El Espinazo del Diablo no original, The Devil’s Backbone em inglês) não tem nada de demoníaco. Sim, é terror, mas é uma história de fantasma.

O diretor Guillermo Del Toro (Hellboy, Círculo de Fogo), hoje um nome famoso mundialmente, era pouco conhecido na época, mas conseguiu chamar a atenção com este seu terceiro longa metragem, com um misto de terror, suspense e drama, e uma história sólida e com bons personagens (ele é um dos co-roteiristas). Anos depois ele voltaria ao ambiente da guerra civil espanhola em outro excelente filme fantástico, O Labirinto do Fauno. Muita gente considera estes dois os melhores filmes de Del Toro.

Gosto de ver filmes “off Hollywood”. Co-produção México e Espanha, A Espinha do Diabo tem um clima tenso e um estilo de violência que nunca seriam feitos pelos grandes estúdios americanos. O mesmo posso dizer sobre o uso de crianças no filme.

Falando nas crianças, o elenco infantil é bom, mas acho que nenhum dos meninos ficou famoso – Fernando Tielve (Carlos) e Íñigo Garcéz (Jaime) também estiveram em Labirinto do Fauno, mas em papeis menores. Entre os adultos, acho que o maior nome era o de Marisa Paredes, habitual colaboradora de Pedro Almodóvar (que foi produtor executivo aqui). Eduardo Noriega esteve recentemente em O Último Desafio, ao lado de Schwarzenegger e Rodrigo Santoro. Completam o quarteto Irene Visedo e Federico Luppi.

Diferente de alguns filmes de fantasmas por aí, a assombração de A Espinha do Diabo logo mostra a cara, o filme não esconde de ninguém o seu assustador fantasminha. Aliás, a caracterização do fantasma é muito boa, todos os efeitos especiais funcionam bem.

Até onde sei, A Espinha do Diabo nunca foi lançado em dvd ou blu-ray por aqui. Vi muito tempo atrás, ainda na época do vhs. Anos depois consegui comprar o dvd importado, mas estava com preguiça de ver com legendas em inglês. Viva o Sanguecine, viva o Cine Joia!

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