Crítica – Matrix Revolutions
Tomei coragem e revi o terceiro Matrix.
Zion, a cidade de humanos, se defende de um grande ataque das máquinas, enquanto Neo luta em outra frente e também contra o agora rebelde Agente Smith.
Na época que passou no cinema, fiquei tão decepcionado com este terceiro filme da saga que quase o apaguei da minha memória. O primeiro Matrix é excepcional, uma das melhores ficções científicas dos últimos tempos; o segundo, Matrix Reloaded, é um pouco inferior, mas ainda é muito bom. Já este terceiro ficou devendo.
Agora, revendo o filme, mudei um pouco de opinião. Continua bem inferior aos outros dois, mas não é que tem coisa que se salva? O meio do filme, quando os robôs sentinelas estão atacando, é muito bom, tanto no ritmo quanto na parte técnica (efeitos especiais).
Os efeitos especiais são um “problema” para um filme destes. O primeiro Matrix foi um marco na história dos efeitos especiais, com o seu então inovador efeito bullet time. O segundo não foi uma revolução como o primeiro, mas pelo menos tivemos uma evolução do que foi apresentado. Este terceiro, por incrível que pareça, é o mais fraco da trilogia. Mas mesmo assim, traz cenas muito bem feitas, como este ataque de milhares de sentinelas citado no parágrafo anterior, ou a bela cena do soco cortando a água, na luta final.
Mas… Algumas boas cenas não salvam o filme, que também é escrito e dirigido pelos irmãos Wachowski e também é estrelado por Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Laurence Fishburne e Hugo Weaving.
Parece que o sucesso subiu à cabeça dos irmãos Wachowski e eles se esqueceram que o primeiro Matrix não era só efeitos especiais. Aquele lance das pílulas azul e vermelha, de se continuar na zona de conforto ou acordar para o mundo real, isso tudo funcionaria num filme sem efeitos especiais de ponta. Mas agora, toda a nova filosofia “matrixiana” foi jogada fora, e ficamos só com os efeitos, que já não eram mais novidade. E, pra piorar, resolveram dividir a continuação em duas partes, mesmo sem ter história para dois novos filmes. E, a cereja do bolo: não sabiam como terminar o filme.
Se um dia heu fizer um Top 10 de piores finais, Matrix Revolutions tem boas chances de figurar entre os primeiros. A jornada final de Neo não faz sentido, o adversário que ele encontra é mal construído, a proposta de paz é completamente ilógica, e a luta final é uma das mais sem graça da história. E, pra piorar, não explica como o vencedor conseguiu terminar a luta. Sobre este fim, o melhor é torcer para o seu dvd / blu-ray arranhar no meio do filme, logo depois do fim da sequência dos sentinelas. É mais ou menos que nem o fim de Lost, era melhor que a gente imaginasse um fim, por pior que fosse, certamente seria menos ruim do que o que ficou no filme.
Resumindo: Matrix Revolutions só vale para os fãs hardcore do primeiro filme. E dentre estes, só para os pouco exigentes.
Categorias: Carrie Ann Moss, Ficção Científica, Hugo Weaving, Irmãos Wachowski, Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Monica Belluci
Eu concordo totalmente que este e o Segundo filme não chegam perto do Original,mas eu odeio gente que diz que o Matrix tinha que parar no primeiro filme,porque a mitologia de Matrix é muito boa,não poderia ser desperdiçada só em uma única história.Mas não é por isso que precisavam cagar as duas sequencias,principalmente o final.
Se os Irmãos Wachowski,não tivessem se empolgado tanto com os efeitos especiais e tivessem dado mais atenção a história,talvez nós tivéssemos uma grande Trilogia de Ficção-Cientifica e Ação,mas fazer o que.