Crítica – Uma família feliz
Sinopse (imdb): Em um condomínio fechado no Rio de Janeiro, uma mãe é duramente acusada de machucar as filhas gêmeas e o bebê recém-nascido. No entanto, a verdade por trás das cercas pode revelar uma crueldade inesperada.
Olha que legal, semana passada falei de Evidências do Amor, uma comédia romântica nacional. E hoje é dia de falar de Uma Família Feliz, um suspense nacional. Dois filmes nacionais de gênero!
Escrito por Rafael Montes (Bom Dia Verônica) e dirigido por José Eduardo Belmonte (Carcereiros), Uma Família Feliz começa muito bem, somos jogados no meio de uma sequência tensa, onde não entendemos o que está acontecendo, e depois a linha temporal volta e a história realmente começa.
Conhecemos o casal Vicente e Eva. Vicente tem duas filhas do primeiro casamento, e Eva está grávida. Ricos e bonitos, aparentemente é a perfeita “família de comercial de margarina”. Mas, pouco depois, as crianças e o bebê começam a aparecer com machucados, e não sabemos quem é o responsável por isso. Eva está passando por depressão pós parto, e claro que todos começam a desconfiar dela.
Tem um detalhe que ajuda o clima a ficar esquisito: Eva trabalha fazendo bonecas realistas. São umas bonecas assustadoras!
Uma coisa curiosa e bem atual é que Eva é “julgada e condenada” pelos amigos e vizinhos, e sofre uma espécie de “cancelamento”, mesmo sem a gente saber se ela é culpada ou não.
Tecnicamente falando, o filme é muito bem feito. Os dois atores principais, Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera, estão muito bem – principalmente Grazi, que tem mais tempo de tela. O clima de suspense é bem construído. Mas… Achei o filme longo demais. Tem uma hora que cansa. Ok, já entendemos, podemos seguir em frente?
Não vou entrar em spoilers, mas não gostei do final. A sequência é bem filmada, bem conduzida, mas não entendi a motivação do personagem para agir daquele jeito. Mesmo assim, ainda recomendo o filme. Sempre defendo filme de gênero nacional!