Ameaça no Ar

Crítica – Ameaça no Ar

Sinopse (imdb): Um piloto é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea que acompanha um fugitivo até seu julgamento. À medida que atravessam o Alasca, a tensão aumenta e a confiança é testada já que nem todos a bordo são quem mostram ser.

Às vezes alguns grandes nomes de Hollywood fazem escolhas que me deixam intrigado. Mel Gibson, como diretor, fez poucos filmes. Depois da sua estreia em 1993 com O Homem sem Face, todos seus filmes seguintes foram projetos grandiosos e ousados: Coração Valente (95), A Paixão de Cristo (2004), Apocalypto (2006) e Até o Último Homem (2016). Aí chega aos cinemas seu novo filme como diretor, este Ameaça no Ar.

Vejam bem, não estou entrando no mérito se Ameaça no Ar é bom ou ruim. Mas é um filme “pequeno” – quase todo o filme só conta com três atores e apenas uma locação. Poderia ter sido dirigido por um diretor qualquer, de segunda linha, e poderia ter ido direto para o streaming. E a gente vê que é o novo filme do mesmo diretor de Coração Valente, A Paixão de Cristo, Apocalypto e Até o Último Homem. Caramba, Mel, por que diabos você escolheu este projeto?

Vamos ao filme. Um contador que trabalhou para um mafioso é preso e precisa ser levado como testemunha. A agente responsável pela sua captura pega um voo em um aviãozinho onde estão só os dois e mais o piloto. Mas este piloto pode ser alguém diferente do esperado.

Como falei, Ameaça no Ar é uma produção “pequena” – poucos atores e apenas uma locação. Quase todo o filme é baseado em diálogos e tensões envolvendo os três personagens. Em alguns momentos, preciso reconhecer que a tensão realmente funciona. Ok, tudo cheio de clichês, mas são clichês bem usados, pelo menos duas vezes fiquei na beirada da poltrona do cinema.

Sobre o elenco: gostei da personagem da Michelle Dockery (Magnatas do Crime), durona no ponto certo. Mark Wahlberg está ok, mas preciso reconhecer que achei a careca dele estranha e isso me tirava do filme – parece que ele raspou mal raspado o cabelo, por que fazer isso? Já Topher Grace (That’s 70 Show) achei um pouco exagerado, sei que é um alívio cômico, mas em alguns momentos saía do tom. Também queria citar o personagem Hassan, que fala pelo rádio com a personagem da Michelle Dockery. Se Topher Grace saiu do tom, achei Hassan perfeito. Um personagem carismático e engraçado, que só aparece em pontos eventuais da trama. O curioso é que são dois atores interpretando, Maaz Ali faz a voz que ouvimos ao longo do filme, mas quando o personagem finalmente aparece é interpretado por Monib Abhat.

No fim, Ameaça no Ar nem é ruim. Mas é um filme bem genérico. Sugiro baixar as expectativas!

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