Bandidos do Tempo

Bandidos do Tempo

Com a proximidade da estreia do Imaginário do Dr. Parnassus, resolvi rever alguns filmes viajantes do Terry Gilliam: As Aventuras do Barão Munchausen e este Bandidos do Tempo, que nunca foi lançado por aqui em dvd. Heu até tenho o vhs original, mas como não tenho mais videocassete, encomendei um dvd gringo pela internet. Quando chegou, coloquei no dvd player, e descobri que não existe a opção de ver com legendas! Poxa, heu esperava pelo menos legendas em inglês! Resultado: baixei o filme e assisti em formato avi… Depois reclamam da pirataria!

Bandidos do Tempo tem uma premissa genial: como Deus criou o mundo em apenas seis dias, ficaram espalhadas várias falhas, vários buracos. Seis anões, que ajudaram na criação do mundo, roubam o mapa onde estão esses buracos, e saem viajando pelo tempo roubando coisas. No caminho, caem dentro do quarto de Kevin, um garoto inglês de 11 anos, que, meio sem querer, acaba se juntando ao grupo.

A premissa é genial e o filme é muito divertido. Afinal, não é todo dia que viajamos pelo mundo e encontramos Napoleão, Robin Hood e o rei Agamemnon, e ainda viajamos no Titanic, isso tudo antes de entrar na “era das lendas”, onde gigantes usam navios como chapéus e “O Mal” em pessoa vive na sua Fortaleza das Trevas.

Os principais nomes do elenco – o garoto e os anões – não são muito conhecidos. Este foi o filme de estreia de Craig Warnock, que faz Kevin, o garoto. E Warnock nunca mais fez nada digno de nota. Entre os anões, heu só reconheci dois: Kenny Baker (que estava dentro do robô R2-D2, dos filmes clássicos da saga Guerra nas Estrelas) e Jack Purvis (que era um dos amigos do Barão Munchausen). Os outros anões são David Rappaport, Malcolm Dixon, Tiny Ross e Michael Edmonds.

Por outro lado, nos papéis secundários tem um monte de atores legais! Sean Connery é Agamemnon; John Cleese é Robin Hood; Ian Holm é Napoleão. Michael Palin e Shelley Duvall aparecem em duas breves cenas, David Warner é “O Mal”, e Ralph Richardson, o “Ser Supremo”. E ainda temos Peter Vaughan, Katherine Helmond, Charles McKeown e Jim Broadbent.

Como todos aqui sabem (ou deveriam saber), Terry Gilliam fazia parte do grupo Monty Python. Aqui temos outros dois ex-Pythons no elenco, John Cleese e Michael Palin. E, de quebra, o roteiro foi escrito por Gilliam e Palin. Não sei se existe outro filme tão “Pythoniano” como este, fora os feitos pelos seis juntos!

(Yellowbeard – O Pirata da Barba Amarela, também tinha três ex-Pythons: foi escrito por Graham Chapman e no elenco contava com Chapman, Eric Idle e John Cleese. Mas o diretor, Mel Damski, não era ex-Python!)

Enfim, Bandidos do Tempo é um filme divertidíssimo. Ok, concordo, é um pouco maluco também, mas mesmo assim, continua divertdíssimo!

Como curiosidade final: Bandidos do Tempo teve dois nomes diferentes no Brasil, afinal, quando passou nos cinemas, foi lançado como Os Aventureiros do Tempo!

Tron – Uma Odisseia Eletrônica

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Tron – Uma Odisseia Eletrônica

Outro dia comentei sobre alguns filmes mal lançados aqui no Brasil. Alguns filmes são dificílimos de se achar, enquanto outros ficam amontoados nas prateleiras de lojas como as Americanas. Tron é um desses. Por isso, quando vi anunciado num site, corri para comprar o meu dvd!

Aproveitei pra rever, ao lado da minha filha, este impressionante clássico da ficção científica dos ano 80. Por que impressionante? Porque, numa época onde computadores eram novidade, boa parte do filme se passa dentro de um computador!

Flynn (Jeff Bridges, o Lebowski!) é um revolucionário programador de jogos de videogame, que tem seu trabalho roubado por Dillinger (David Warner). Numa tentativa de conseguir provas que criou o jogo, acidentalmente Flynn acaba sendo jogado dentro do computador e forçado a jogar o próprio jogo. Mas o detalhe é que lá dentro as lutas são pra valer!

Ok, a história é um pouco inverossímel, mas, vamos lá, a gente releva pela época. O que importa aqui é que este foi o primeiro filme a usar computação gráfica junto com atores em carne e osso. Sim, hoje em dia é algo corriqueiro, mas na época foi um marco.

E como sobreviveu o filme hoje, quase três décadas depois? Continua legal, o visual usado para criar o mundo virtual ainda é bem interessante. Claro que hoje em dia fariam diferente, afinal, era 1982, ninguém falava de realidade virtual, internet, essas coisas do novo milênio. Mesmo assim, podemos dizer que esse filme “envelheceu” bem melhor que a maioria dos seus contemporâneos.

Fiquei com vontade de rever Jogos de Guerra