Dreamscape – A Morte nos Sonhos
Outro dia, no cinema, vi o trailer do novo Tarantino, Bastardos Inglórios, e lembrei que seu filme anterior, À Prova de Morte, nunca foi lançado aqui. É um bom exemplo de filme com inexplicáveis problemas no lançamento brasileiro. Outro exemplo é este Dreamscape – A Morte nos Sonhos, filme de 1984, que nunca passou nos cinemas brasileiros, e, até onde heu saiba, tampouco apareceu em vhs ou dvd.
A trama é boa: uma universidade faz pesquisas com jovens paranormais para usar a habilidade destes para entrar no subconsciente e manipular os sonhos de outras pessoas. Alex Gardner (Dennis Quaid) trabalha como um destes paranormais, até que descobre uma conspiração para matar o presidente dos Estados Unidos.
A premissa é parecida com o terror A Hora do Pesadelo, aquele do Freddy Krueger, onde pessoas também são abordadas durante os sonhos – e se você morre no sonho, isso também acontece na vida real. Mas este não só é do mesmo ano que o primeiro Pesadelo, como ainda foi lançado três meses antes. A diferença está no enfoque: Dreamscape está mais pro lado da ficção científica do que terror.
Por que será que nunca chegou aqui? O filme é bom, os efeitos especiais dos sonhos são bem feitos, mesmo vistos hoje, um quarto de século depois. Aliás, o visual dos sonhos é muito interessante! O elenco é ótimo, temos um Dennis Quaid pós Os Eleitos e uma Kate Capshaw pós Indiana Jones e o Templo da Perdição (quando ela virou sra. Steven Spielberg!), isso sem contar com os veteranos Max von Sydow e Christopher Plummer.
Outra coisa interessante é a trilha sonora eletrônica de Maurice Jarre. Os produtores queriam uma trilha orquestrada, mas Jarre insistiu nos temas eletrônicos, porque achou que tinha mais a ver com o tema. E ele estava certo!
Ah, sim, esqueça o cartaz à la Indiana Jones. O filme não é de aventura…