O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Crítica – O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Mais um “filme painel”, como os recentes Idas e Vindas do Amor e Noite de Ano Novo.

Cinco casais vivem experiências diversas ligadas à gravidez, em tramas paralelas que às vezes se encontram, explorando diferentes situações vividas por famílias que estão esperando bebês.

Dirigido por Kirk Jones, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando teoricamente é uma adaptação do livro homônimo. Mas não se trata exatamente de uma adaptação, já que é um livro “não ficção” de dicas sobre gravidez que virou uma comédia romântica.

Como toda boa comédia romântica, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando é raso, previsível e cheio de clichês. A vantagem é que aqui são vários núcleos, cada um com a sua trama independente, então temos diferentes opções para resolver as tramas. Quem curte o estilo vai gostar.

O roteiro é bem equilibrado entre os diversos núcleos – coisa que nem sempre acontece em “fillmes painel”. Os cinco casais têm aparentemente o mesmo tempo de tela e a mesma importância no filme. E ainda rola um divertido alívio cômico: os pais que levam os filhos para passear no parque, responsáveis por algumas das melhores cenas do longa.

O elenco, como era de se esperar, é o maior destaque de O Que Esperar Quando Você  Está Esperando. Afinal, não é todo dia que temos, juntos, Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Jennifer Lopez, Anna Kendrick, Brooklyn Decker, Dennis Quaid, Chris Rock, Rodrigo Santoro, Chace Crawford, Ben Falcone, Mathew Morrison, Thomas Lennon e Joe Manganiello

Rodrigo Santoro merece um parágrafo à parte. Não só ele está muito bem, como fala um inglês perfeito e fluente ao longo de todo o filme (ele foi criticado na época d’As Panteras, porque seu personagem era marrento e não falava nada). Além disso, ele conseguiu um certo destaque num filme onde a trama é dividida entre diversos núcleos, já que ele faz parte de dois deles (um dos casais e o grupo de pais que passeia no parque). E tem mais: ele “pega” a Jennifer Lopez…

O fim do filme força um pouco a barra, colocando todos os bebês nascendo no mesmo hospital e na mesma hora. Mas, ora, é uma comédia romântica, alguém imaginava um fim criativo? 😉 Pelo menos podemos dizer que o público sai do cinema feliz e de bem com a vida…

Battleship – A Batalha dos Mares

Crítica – Battleship – A Batalha dos Mares

Um filme baseado num brinquedo, com enormes estruturas metálicas que parecem robôs, vindas de outro planeta, causando destruição por aqui. Não, não estou falando de Transformers, e sim de Battleship – A Batalha dos Mares, novo blockbuster em cartaz nos cinemas.

Durante uma pacífica festa militar no Oceano Pacífico, alguns navios de guerra se vêem obrigados a confrontar perigosas naves alienígenas, que chegam de repente causando destruição e ameaçando a existência da raça humana.

Battleship – A Batalha dos Mares é um típico “blockbuster barulhento”. Muitas explosões, muito barulho, muito apuro visual nos efeitos especiais, tudo isso para disfarçar personagens unidimensionais em uma trama batida e cheia de clichês.

Dirigido por Peter Berg (que fez o divertido Hancock), o filme parece uma mistura do já citado Transformers e Independece Day, com uma pitada de propaganda militar americana desnecessária. Tudo aqui é previsível, todos os personagens estão a caminho de uma espécie de “redenção”: temos o rebelde que vai virar heroi, a mocinha bonitinha que vai ter uma participação essencial, o pai da mocinha que vai ser um empecilho até se render no fim do filme, um antagonista que vai virar o melhor amigo do mocinho, um ex-militar amargurado com um problema físico que vai se redimir… Rola até o cientista gênio atrapalhado que aparece na hora H. Tudo isso no meio de uma overdose de símbolos militares americanos.

O curioso é que o filme foi baseado em um jogo, aquele velho jogo batalha naval (“E5” – “água!”). Mas a trama não tem nada disso…

O elenco nem é ruim. Taylor Kitsch, o John Carter, estrela mais uma produção de grande porte – será que estamos diante de uma nova estrela? Ainda no elenco, Alexander Skarsgård (True Blood), a modelo Brooklyn Decker, a cantora Rihanna e um sub-aproveitado Liam Neeson.

O que funciona muito bem no filme é a parte técnica. Os efeitos especiais são muito bons, as batalhas navais são bastante “reais”, e os alienígenas são bem feitos. Prato cheio para quem gosta do estilo. Só não dá pra parar e pensar no roteiro, porque senão a gente descobre que os alienígenas deveriam ter destruído logo todos os navios em volta – e aí não teria filme… 😉

Enfim, Battleship – A Batalha dos Mares é divertido. Mas talvez seja melhor deixar o cérebro fora do cinema.

.

.

Se você gostou de Battleship – A Batalha dos Mares, o Blog do Heu recomenda:
Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles
Eu Sou o Número 4
Marte Ataca