De Volta À Ação

Crítica – De Volta À Ação

Sinopse (imdb): Quinze anos depois de abandonar a CIA para formar uma família, os ex-agentes de elite Matt e Emily voltam ao mundo da espionagem ao terem seus disfarces descobertos.

Dirigido por Seth Gordon, De Volta À Ação (Back in Action, no original) é mais um filme genérico de ação da Netflix. A fórmula parece ser: junte dois ou três grandes nomes de Hollywood, faça uma trama clichê e bem humorada, com muita correria, perseguições, tiroteios e explosões, coloque algumas cenas numa locação bonita, e torça pro carisma das suas estrelas garantir a audiência. Efeitos especiais são limitados, afinal o orçamento está direcionado pra pagar os cachês das estrelas.

Seguindo esta fórmula, tivemos Alerta Vermelho (com Dwayne Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds), O Agente Oculto (com Ryan Gosling, Ana de Armas e Chris Evans), Ghosted: Sem Resposta (com Ana de Armas e Chris Evans), dentre outros. São filmes ruins? Não. Mas são filmes que a gente se esquece pouco depois de ver…

E o mesmo aconteceu aqui em De Volta À Ação. Mas pelo menos posso dizer que me diverti com o casal principal.

Uma dupla de agentes da CIA trabalham juntos e têm um caso. Quando ela descobre que está grávida, eles resolvem sumir e tentar viver numa vida “normal”. Quinze anos depois, eles são descobertos e começam a ser perseguidos, tanto pela CIA e pelo MI6, como por criminosos internacionais.

Pelo menos pra mim, o que salva De Volta À Ação é o carisma da sua dupla de protagonistas. Jamie Foxx está bem, como sempre, e ele tem uma química muito boa com Cameron Diaz (que estava aposentada e heu nem sabia disso, seu último filme tinha sido Annie, de 2014, também com Jamie Foxx). Jamie e Cameron estão em forma, e funcionam bem juntos tanto nas partes cômicas quanto nas cenas de luta (provavelmente usaram dublês, mas isso faz parte das regras). O filme também tem algumas boas piadas usando diferenças entre gerações.

Agora, não dá pra pensar muito sobre o filme. O plot principal já é furado: alguém filmou o casal em ação, e isso despertou várias agências internacionais de espiões. Gente, nos dias de hoje, com reconhecimento facial em todos os lugares, eles já teriam sido descobertos há tempos!

E aí abre a porteira pras forçadas de barra no roteiro. Por exemplo: se passaram 15 anos, será aquele objeto escondido continua tão relevante? Será que em 15 anos ninguém pensou numa nova tecnologia que seria ainda melhor do que aquele aparelho? Vou além: um “controle remoto” de 15 anos atrás ainda funciona em equipamentos feitos com tecnologia mais avançada?

(Isso porque nem vou comentar sobre a idade da filha. Se eles ficaram escondidos 15 anos, a filha mais velha teria 14, mas parece ter 17 ou 18. Mas, Hollywood é cheia de casos assim, então esse vou deixar pra lá.)

Comentei sobre os efeitos especiais, né? Tem uma fuga na cena inicial que envolve montanhas e paraquedas. A cena é ok. Mas aí a gente lembra do Tom Cruise no último Missão Impossível e vê a diferença…

Enfim, De Volta À Ação vale pra distração efêmera. Porque você vai rir e se divertir, mas mês que vem você nem vai se lembrar do filme.

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